As Organizações abaixo que assinam a presente nota repudiam com veemência as variadas manifestações de violência política de gênero que a ministra do Meio Ambiente e Mudança Climática, Marina Silva, sofreu no dia 16.10, em uma reunião na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, da Câmara dos deputados. Uma verdadeira sessão de horrores e ataques de uma extrema direita farsante empenhada em colocar a culpa na atual gestão dos crimes ambientais cometidos pelos desmandos dos quatro anos do governo Bolsonaro e Ricardo Salles em passar a boiada contra a floresta em todos os biomas do Brasil, com o desmonte de políticas públicas de prevenção às mudanças climáticas e enfrentamento ao desmatamento.
A ministra mostra com contundência que os resultados de hoje são frutos dos crimes cometidos de ontem.
Uma das falas mais desrespeitosas foi a do atual presidente da Comissão de Agricultura, o deputado Evair Vieira de Melo, que disse que repudiava a forma de vitimização da ministra e que dava os parabéns a quem a treinou e a adestrou. Inaceitável!
A ministra, durante a sessão, teve sua fala interrompida várias vezes, mas respondeu a todas as perguntas com firmeza e o preparo de sempre. Enfatizamos ao senhor presidente da Comissão de que ela não foi treinada por ninguém senão por sua própria história e seu espírito valente que há anos vem denunciando práticas desenvolvimentistas e antissustentáveis, a caça ilegal, a consequência do latifúndio, do agronegócio e suas práticas nefastas.
Como uma das personalidades mais respeitadas e reconhecidas em todo o mundo por liderar ações em defesa do meio ambiente e sobre a emergência climática, Marina Silva, filha da Amazônia, aprendeu, desde sempre, a ouvir a natureza e a conhecer as necessidades das florestas e dos povos originários. Ela não precisa de treinador ou adestramento para suas falas. Ela é uma professora gabaritada em alto nível para ensinar sobre políticas públicas em todos temas relacionados às questões ambientais e climáticas.
O cinismo, o machismo e o malabarismo teatral nas falas de verdadeiros capachos do agronegócio, como denunciou a própria ministra, não apequenarão uma das maiores lideranças ambientais do mundo.
Reiteramos enquanto Organizações do Movimento Social nosso compromisso em vigiar e denunciar todo ataque machista às nossas lideranças femininas. Aprendemos com Marina que o ódio sempre tenta destruir, já o amor que move utopias continuará guiando nossa maior liderança ambiental a seguir lutando por um ar mais puro, pelas florestas em pé, e um mundo socialmente justo e ambientalmente equilibrado.
Estamos com você Marina!
ASSINAM A NOTA:
IMA – Instituto Mulheres da Amazônia
CPI- Acre- Comissão Pró Indígenas do Acre
AMCJ – Associação Brasileira de Mulheres da Carreira Jurídica
Fórum Popular de Mulheres
MAMA – Movimento Articulado de Mulheres da Amazônia
Levante Feminista Acre
MNU Acre – Movimento Negro Unificado – Acre
AMN – Associação de Mulheres Negras
MMC Acre – Movimento de Mulheres Camponesas
AMA – Articulação das Mulheres do Amazonas
Associação Vitória Regia de Parintins/Amazonas
Sindicato das Trabalhadoras Domésticas
Comitê Chico Mendes
Observatório do Marajó
GTA Regional Alto Solimões
AMMAFLORSOL
Coletivo Flores de Munguba
CEDDHEP – Centro de Defesa de Direitos Humanos e Educação Popular do Acre
SITOAKORE – Organização das Mulheres Indígenas do Acre, Sul do Amazonas, Noroeste de Rondônia
MMT-Movimento de Mulheres do Tapanã – Pará.
Cia. Garatuja de Artes Cênicas -Acre
Levante Feminsta Rondônia
CUT/RO –
SEEB/RO –
SINTEL –
UBM – União Brasileira de Mulheres
Coletivo Pró Mulher
Associação Filhas do Boto
Coletivo Mulheres PT
SINTERO
COMCIL Comunidade Cidadã Livre
Levante Popular da Juventude
MAB/RO
CMP/RO
FETAGRO
UNEGRO
COLETIVO JUNTAS/RO
COLETIVO TRANSFORMA/RO
Coletivo Popular Direito à Cidade
SOMAR
CPT/RO
MNU /RO
Associação de Defesa Etnoambiental Kanindé- Txaí Suruí
SINDUR
Grupo Mulheres Raízes de Rondônia
AAR – Associação Agroecológica de Rondônia
Grucon
CPPT Cunia
Cuida de Mim/RO
Coletivo Artístico-Cultutal Mulheres Nortistas
Associação de Mulheres Madre Tereza de Calcutá da Amazônia Ocidental
Associação AAPIHGU
Movimento Seres e Saberes da Amazônia
Elo Mulheres Em Rede
IDARIS – Instituto de Desenvolvimento Ambiental Raimundo Irineu Serra
OPIAC
GTA Regional Alto Solimões
AMMAFLORSOL
ABIX -Associação dos Brigadistas Xerente
União dos Povos Indígenas de Coari AM (UICAM)
GAE – Guardiães de Águas Emendadas
Observatório do Marajó
REMUT – Rede de Mulheres de Tarauacá
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