16/03/2025

CUT e demais centrais convocam população a se manifestar contra os juros altos

 



Da CUT

Para o presidente da CUT Sergio Nobre e a vice-presidenta Juvandia Moreira é importante que todos se manifestem pela redução dos juros do BC , que encarecem o crédito e impedem a geração de emprego e renda

 Publicado: 14 Março, 2025 - 13h18 | Última modificação: 14 Março, 2025 - 17h07

Escrito por: Rosely Rocha

O presidente da CUT Sergio Nobre ressalta a importância da participação, não somente da classe trabalhadora, mas da população em geral nos atos, porque os juros altos tiram recursos financeiros da produção e vão para a especulação.

Nenhuma empresa, de nenhum porte, de grande a pequena, consegue um ganho real de 10%, como ganha quem investe em papéis que remuneram de acordo com a taxa Selic. Isso faz com que o dinheiro não vá para investimentos e para a construção de novas fábricas e empresas que gerem empregos e façam a economia crescer, o dinheiro circular e chegar às mãos do trabalhador
- Sergio Nobre

A vice-presidenta da CUT e presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), Juvandia Moreira, ressalta que o mercado financeiro faz muita pressão para manter os juros altos sobre o Banco Central, além de ter  aliados na imprensa, que divulga esses interesses.

"É importante que o povo brasileiro se mobilize para cobrar a redução dos juros e, que a sociedade exija essa redução no dia 18",diz.

É dia da gente se manifestar, ir aos atos, participar nas redes sociais, cobrar a redução dos juros, fazer um grande  envolvimento pelo Brasil, pelo povo brasileiro e, é por isso que a CUT está nessa luta, sempre teve, e chama os sindicatos para participarem 
- Juvandia Moreira

Quem não puder ir pessoalmente aos atos programados, o presidente da CUT, Sérgio Nobre, reforça o pedido para que façam algum tipo de manifestação.

"É importante que todas as pessoas se manifestem na terça-feira contra os juros altos, de alguma forma. Se não puder ser presencialmente, que seja em suas redes sociais", diz. 

Use a tag #MenosJurosMaisEmpregos #JurosBaixosJá

Juros podem subir ainda mais

Além da redução da taxa Selic que hoje está em 13,25%, uma das mais altas do mundo, os atos convocados são um protesto à possibilidade de os juros subirem ainda mais, chegando a 15% até o final do ano

A data para os atos foi escolhida por ser à véspera da decisão Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, que deve definir a nova taxa de juros em os 19 de março. A expectativa do mercado financeiro é que os juros aumentem 1,0%, subindo para 14,25%. Um novo aumento de 1,0% viria no mês de maio. O Copom se reúne a cada 45 dias.

Desde que o Banco Central se tornou independente, em fevereiro de 2021, com Jair Bolsonaro (PL), que a taxa de juros do país passou a ser utilizada como forma de pressionar o governo federal a manter suas contas dentro do arcabouço fiscal, impedindo investimentos e o crescimento de benefícios sociais.

Juros e a dívida pública

Se por um lado o BC diz que os juros seguram a inflação, impedindo o consumo da população, por outro lado, o governo federal se endivida mais. O último reajuste da Selic de 1,0%, fez aumentar a dívida pública em torno de R$ 50 bilhões. Em janeiro deste ano, em nota, a CUT já havia repudiado o aumento dos juros no Brasil.

Leia mais: Novo aumento dos juros vai inflar a dívida bruta em R$ 50 bi e causar desemprego

Embora o mercado financeiro apoie o aumento dos juros, que segundo eles, impede o crescimento da inflação, alguns economistas são críticos a essa ideia.

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Além da redução dos juros os atos são em apoio à isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil.

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