11/06/2025

APEOESP: NÃO ACEITAMOS ATRIBUIÇÃO DE AULAS EM DEZEMBRO!





Reunidos na Avenida Paulista, em frente ao MASP, em São Paulo, professoras e professores estaduais reafirmaram a mobilização permanente

na luta pelas reivindicações da categoria e definiram a participação no

ato unificado do funcionalismo público que se realizará em 27 de junho,

tendo como uma de suas pautas centrais a defesa dos serviços públicos

e luta contra as privatizações, entre outras.

Não aceitamos atribuição

de aulas em dezembro

Os professores afirmaram de forma categórica que não aceitam atribuição de aulas no mês de dezembro, como proposto pela Secretaria

Estadual da Educação (SEDUC) na comissão composta por técnicos da

SEDUC e APEOESP. Queremos atribuição de aulas presencial, justa e

transparente no final do mês de janeiro. Os professores e as professoras exigem respeito, têm direito a férias e recesso e não mais aceitarão

atribuição de aulas bagunçada e injusta como vem ocorrendo.

A classificação dos professores deve ser exclusivamente por tempo de

serviço e títulos, valorizando experiência e formação. Não admitiremos

que avaliação de desempenho punitiva seja usada como critério. Exigimos a revogação da Resolução SEDUC 83/2025. Atribuição deve se dar

por meio de uma lista única de classificação e, no caso dos professores

temporários, não deve haver qualquer divisão por situação funcional. A

APEOESP fiscalizará todo o processo, tanto nos polos das Diretorias de

Ensino, quanto na CGRH a exemplo do que ocorreu nas seções de escolhas

de vagas dos concursados. A discussão sobre a atribuição de aulas, doravante, será feita diretamente pela Diretoria do Sindicato com a SEDUC

Pelo envio imediato do projeto de lei do

complemento salarial de 1,27% à Alesp

A APEOESP, por meio de negociações conduzidas pela segunda

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Secretaria de Comunicação

presidenta da APEOESP e deputada estadual, Professora Bebel junto

ao governo do Estado, assegurou compromisso de encaminhamento

à Assembleia Legislativa de projeto de lei complementar que institui

mais 1,27,% de reajuste, além dos 5% já sancionados por meio da Lei

Complementar 1425/2025. Estamos, portanto, cobrando do governo

que envie imediatamente este PLC, de forma que o reajuste total

de 6,27%, com vigência a partir de 1° de julho, seja pago no início

de agosto.

Este reajuste é conquista da nossa luta, porém insuficiente. Nossa

perspectiva é o cumprimento correto e integral da lei do piso salarial

profissional nacional e um plano de recuperação do poder de compra

dos nossos salários, extremamente defasados em relação a todos os

indicadores.

O piso salarial nacional é base para a remuneração do Magistério

e não teto, como é interpretado de forma distorcida pelo governo do

Estado. Rejeitamos, portanto, a política de abono complementar e

lutamos para que o nosso salário base corresponda de fato ao piso

nacional.

Nossa carreira deve ser

única, aberta, justa e

atraente. Não ao subsídio

A mesa de valorização docente, para debate e fortalecimento da

nossa carreira e demais itens fundamentais da nossa profissão foi conquista nossa, porém, apesar de publicada em Diário Oficial, ainda não

foi convocada.

Nesta comissão, paritária entre o Sindicato e a SEDUC, exigiremos

mais uma vez o fim do subsídio e defenderemos formas de evolução e

progressão que unifiquem nossa categoria e signifiquem efetiva valorização, desde o ingresso até a aposentadoria, mantendo toda a categoria informada sobre o avanço das negociações, que serão trazidos para

deliberação.

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Secretaria de Comunicação

PEI é política imposta,

excludente e inaceitável

Escola de tempo integral não pode se resumir a manter estudantes

mais tempo na unidade escolar. Educação integral exige um projeto

pedagógico sólido, de qualidade, que articule ensino, tecnologias,

cultura, esportes, diversidade. Exige estrutura, espaços adequados,

alimentação para os estudantes e os profissionais da Educação e

uma série de outras condições que não estão presentes nas escolas

PEI no estado de São Paulo. O que existem são metas impostas, autoritarismo, assédio moral e nenhum avanço real na aprendizagem

dos estudantes.

Mais que isso, escolas de tempo integral não podem ser impostas,

nem ocasionar a exclusão dos estudantes trabalhadores. Ensino Integral

é para todos os estudantes, sobretudo para os filhos e filhas da classe

trabalhadora

Assim, não aceitamos de forma alguma a ampliação das escolas PEI

com base em consultas cuja ampla participação da comunidade é cerceada e muitas vezes manipuladas e, em muitos casos, ignoradas pelas

Diretorias de Ensino e SEDUC quando o resultado é contrário ao PEI.

Mais que isso, a política da SEDUC, não apenas no caso das escolas

PEI, ignora e marginaliza os Conselhos de Escola.

Encontro Estadual de Conselheiros

e Conselheiras de Escolas

Garantir o funcionamento efetivo e democrático dos Conselhos de

Escolas, com poder de decisão, é condição fundamental para a gestão

democrática na Educação. Por isso, a APEOESP aprofundará o diálogo com

os atuais conselheiros e conselheiras escolares (professores, estudantes,

pais e funcionários) por meio de um Encontro Estadual, incentivando

também novas participações nos Conselhos.

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Secretaria de Comunicação

Pela revogação das medidas

autoritárias de Tarcísio e Feder

O governo de Tarcísio e Feder é entreguista, privatista e autoritário.

Nas escolas estaduais o sistema é de ditadura e a aprendizagem

dos estudantes não evolui.

Para esconder seu fracasso, o governo busca culpabilizar os professores por meio de diversas medidas, entre elas a avaliação de desempenho

punitiva (Resolução SEDUC 83/2025). Outras Resoluções são igualmente

autoritárias, como a 4/2023, a 45/2025 e tantas outras.

É inaceitável que estudantes, sem formação e maturidade para tanto, avaliem seus professores. Também não podemos de forma alguma

concordar que dirigentes de ensino e a Secretaria da Educação possam

afastar diretores e diretoras das escolas com base nas metas impostas

pelo governo. Isso é a forma mais acabada de assédio e ditadura.

Esse autoritarismo mata, como vimos no caso das professoras Analu,

de Diadema, e Rosana, do Paraná, além de outras mortes decorrentes

da plataformização, do assédio, das cobranças indevidas.

Chega de desvalorização e perseguição, que prejudicam nossa

categoria e a qualidade da Educação.

Vamos publicar uma cartilha com nossas lutas, os direitos que

precisamos recuperar e que não podemos perder, com o objetivo

de conclamar a categoria à luta e também dialogar com os novos

professores, ampliando a representatividade do Sindicato.

Continuaremos exigindo, ao mesmo tempo, que o Estado convoque

44 mil professores concursados, conforme ação judicial do Ministério

Público Estadual com participação da APEOESP.

Exigimos condições
para atuação da CIPA
No dia 18 de junho, data da posse dos novos integrantes das CIPAs
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Secretaria de Comunicação
nas Diretorias de Ensino, as subsedes da APEOESP protocolarão documento cobrando da SEDUC condições e dispensas para a atuação dos
cipeiros, de forma que possam realizar inspeções nas escolas, realizar
reuniões ordinárias e extraordinárias, murais nas escolas, campanhas
de conscientização sobre assédio moral e prevenção ao adoecimento
e acidentes, entre outras.
Além disso, não deixaremos de lutar por uma CIPA em cada escola.
Também será realizada pela APEOESP atividades de formação de cipeiros, cobrando o mesmo do governo.
APEOESP PARTICIPA DO
PLEBISCITO POPULAR
NACIONAL 2025
Como informamos em boletim anterior, a APEOESP participará de forma intensa do Plebiscito Popular Nacional que consultará a população
sobre o apoio à isenção de Imposto de Renda para quem recebe até R$
5 mil mensais, taxação dos ricos, fim da escala 6x1, redução da jornada
de trabalho sem redução salarial. O Plebiscito se realizará de julho a
setembro e a APEOESP fez seu lançamento para a categoria nesta sexta-
-feira, 6 de junho.
As subsedes da APEOESP retiraram
material de divulgação e orientações.
Em cada subsede haverá um comitê do
Plebiscito. Particularmente a isenção
do IR beneficiará praticamente toda
a nossa categoria. Cada professor
e professora, com a isenção, poderá acumular em um ano o equivalente a
um 14° salário

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