11/09/2025

ELE NUNCA MAIS

 


ELE NUNCA MAIS!

Grande dia.

A justiça, enfim, foi feita.
E não apenas por nós que resistimos até aqui, mas também por todos aqueles que já não estão mais entre nós e que foram vítimas diretas ou indiretas do projeto de morte de Bolsonaro.

Ele, condenado.
E quis o destino: com o voto de uma mulher — justamente a quem ele já ousou reduzir, chamar de “fraquejada”.
A história, com sua força implacável, hoje respondeu.
Nunca antes na política brasileira vimos algo igual.

No governo Bolsonaro, a fome voltou: famílias sobrevivendo sopa de osso, enquanto o “Bolso caro” fazia disparar os preços e tirava da mesa do povo o direito de se alimentar com dignidade.

A cada arminha feita no momento do voto, símbolo macabro de Bolsonaro, matavam-se famílias, sonhos, futuros. Era o gesto de um anti-Cristo, um falso Messias que pregava a morte em lugar da vida.

E apoiar  um genocida como Bolsonaro nunca foi uma questão de direita ou esquerda.
É questão de caráter.
É ser cúmplice de um projeto de ódio, que destruiu vidas e dividiu famílias.
É carregar nas mãos o sangue dos Yanomami, dos povos originários, dos mortos da pandemia, dos que tombaram vítimas da negligência criminosa.
É ser conivente com milícias.
É validar o racismo, a misoginia, a homofobia, a LGBTfobia, o machismo, o preconceito em todas as suas formas.
É escolher a barbárie, o pior da essência humana.

Eu perdi minha mãe na pandemia. Conheço essa dor da ausência!
E prometi a mim mesma que lutaria por justiça, para que essa história jamais se repita.
Quero poder olhar nos olhos dos meus netos e das futuras gerações sem carregar o peso da omissão.
Porque o voto tem consequências.
O voto pode matar.

Hoje, ao ver essa condenação, eu choro.
Choro de dor pelas perdas.
Choro de alívio pela justiça que começa a ser feita.
Choro por todos nós que sobrevivemos e resistimos para mostrar que a verdade sempre encontra seu caminho.

Bolsonaro não apenas matou Ele dividiu famílias que hoje não se falam, destruiu sonhos, alimentou o ódio, espalhou preconceito e validou a violência como forma de política.
Mas hoje, finalmente, um passo foi dado.
Aprendemos com a história e, com toda a força da nossa memória e da nossa luta, ecoa o grito que não se cala:

ELE NUNCA MAIS!

Profª Nelice Pompeu

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