Primavera da Democracia

 

🌻 Primavera da Democracia 🌻

As ruas do Brasil floresceram antes do tempo.
Não era apenas a espera da estação,
mas o sopro da democracia que se levantava
com a força de muitas vozes.

Caetano nos lembrava: “A gente não quer só viver de ilusão”,
Chico Buarque entoava que a história não pode ser calada,
Gilberto Gil trazia o canto da liberdade,
Djavan pintava o céu com cor de esperança.

Daniela Mercury girava como um carnaval de luta,
Chico César reafirmava: “Respeitem os nossos corpos,
respeitem os nossos sonhos”.
MC Pepita dançava no compasso da resistência,
Marina Lima dizia que o amor também é um ato político.

Leoni trazia versos de coragem,
Otto lembrava o Brasil profundo,
Renegado ergueu a palavra do povo,
Rafael Ventura e Júlia Rocha ecoaram
a medicina da voz coletiva.
Fernanda Takai, suave, mas firme,
e Wagner Moura, com o grito que vem do cinema
e alcança a vida real.

Maria Gadú embalou a multidão como uma reza,
Jorge Vercillo cantou que o amanhã é sempre possível,
João Suplicy trouxe o balanço da canção de raiz,
e Emicida, com sua palavra afiada,
fez da rima uma espada contra a anistia,
contra a cegueira, contra o silêncio.

O povo quando está  nas  ruas  é para mudar a história.
E neste 21 de setembro,
o povo de norte a sul ocupou as ruas de todo o Brasil
em um só grito: Democracia!

Neste dia histórico,
as ruas foram palco,
foram arena,
foram altar.

Em defesa da democracia.
Por um Brasil soberano.
Sem anistia.
Contra a PEC da Blindagem.
Pela prisão de Bolsonaro.

E enquanto a primavera esperava no calendário,
a esperança já florescia em cada canto do país.
Recuperamos nossos símbolos,
o verde que pulsa nas florestas,
o amarelo que brilha no sol do sertão,
o canto que ecoa das periferias às praças,
a bandeira que tremula de norte a sul.

Porque o Brasil é do povo, o país é nosso , e  estamos aqui para defendê-lo dos fascistas!

Paulista lotada contra PEC da bandidagem e a anistia