17/12/2025

Lula quer reunião do Conselho de Participação Social a cada 2 meses: 'Orgulho das conquistas sociais'

 



Reuniões ordinárias do Conselho que reúne representantes da sociedade civil e movimentos sociais vão discutir a conjuntura política do país e trazer as demandas da população para dentro do Palácio do Planalto.

Agência Gov | Via Secretaria-Geral/PR
16/12/2025 20:42
Lula quer reunião do Conselho de Participação Social a cada 2 meses: 'Orgulho das conquistas sociais'
Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou, nesta terça-feira, 16 de dezembro, da 10ª Reunião do Conselho de Participação Social (CPS), no Palácio do Planalto, em Brasília (DF). Durante o encontro, foi assinada a portaria de recondução dos membros do Conselho – em sua totalidade oriundos da sociedade civil –, e conduzidos o balanço das atividades do ano de 2025, análise de conjuntura política e planejamento para 2026.

Um dos pedidos do presidente aos integrantes do Conselho de Participação Social foi o de reduzir o intervalo entre as reuniões, especificamente no próximo ano. "Em 2026 a gente vai fazer um calendário, de a cada dois meses, ter pelo menos uma manhã de reunião ou uma tarde de reunião, para que a gente possa discutir, não apenas as pautas que têm que ser discutidas, aprimoradas, mas para que a gente possa discutir a conjuntura nacional", sugeriu o presidente.

Nesses três anos, nós fizemos coisas que pareciam impossíveis de ser feitas nesse país. Eu tenho orgulho, muito orgulho, de ter conseguido chegar aqui numa situação altamente confortável do ponto de vista da economia, do ponto de vista das conquistas sociais e do ponto de vista dos avanços democráticos.”

O Conselho, criado em 2003, assessora a Presidência da República no diálogo com setores organizados da sociedade civil. O objetivo é incentivar e promover a participação social nas políticas públicas, aproximando o governo da população. O órgão reúne representantes de 68 entidades.

Basta de violência

Além disso, Lula falou sobre a importância do combate à violência contra as mulheres e afirmou que o tema deve ser abordado nas escolas. É um processo educacional que tem que ser levado para a escola. Estar dentro do ensino fundamental. O menino não pode achar que é melhor do que a menina, que é mais forte que a menina, que tem mais poder do que a menina, que pode tudo. Nós temos que nos reciclar enquanto espécie humana.”

“É importante que a gente tenha claro: é preciso a gente purificar a cabeça do ser humano macho, chamado homem. É ele que é violento. É ele que pratica a violência”, disse.

Conexão direta

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Guilherme Boulos lembrou que “apenas um governo que prioriza trabalhadores e trabalhadoras” torna possível a existência de um conselho como esse. Para o ministro, o Conselho de Participação Social representa a conexão direta entre os movimentos sociais, que estão conversando com o povo no dia a dia, e o governo federal. O ministro assinou a portaria que reconduz os membros do Conselho de Participação Social para o biênio 2025-2027. E destacou a importância da participação social para garantir a democracia.

“Esse Conselho representa a conexão direta entre os movimentos sociais que estão na rua, que estão na ponta, que estão conversando com o povo no dia a dia, com o Governo do Brasil e com o presidente da República. E tem feito um papel fundamental de trazer as suas demandas aqui para o Palácio. Tem feito também um papel essencial de mobilização e diálogo com o nosso povo na ponta. Numa democracia verdadeira, a relação com o povo passa por aprofundar os canais de participação social e popular. A relação do povo tem que ser de escuta constante e de construção conjunta”, observou.

A conselheira Ceres Hadich, dirigente do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra, disse que a tarde desta terça-feira foi um momento histórico. “Digo histórico porque aqui estão presentes 67 organizações sociais do Brasil que têm história, representatividade, capilaridade entre os diversos setores da classe trabalhadora e do povo no Brasil. E mais que isso, representam coletivamente a cara, o jeito, os sonhos e as lutas do povo brasileiro”, disse Ceres sobre a 9ª Reunião do Conselho de Participação Social.

DEMANDAS — Os conselheiros trouxeram pautas relacionadas ao trabalho e aos direitos humanos. Milton dos Santos, por exemplo, defendeu o fim da escala 6 por 1. “Queremos trazer um tema que dialoga diretamente com a vida da classe trabalhadora desse país, que é a necessidade do fim da escala 6 por 1 e da redução da jornada de trabalho sem redução salarial. Trata-se de recolocar o tempo de vida do trabalhador e da trabalhadora no centro do projeto de desenvolvimento desse país. Em 2025, agora, o plebiscito popular ouviu mais de 2 milhões de brasileiros e brasileiras em todo o país, e a resposta foi bastante objetiva: a maioria quer o fim da escala 6 por 1 e a redução da jornada de trabalho”, detalhou.

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