Iniciativa do Ministério do Empreendedorismo já atendeu cerca de 130 mil MEI's, micros e pequenos negócios. Os juros são até 50% mais baratos do que os oferecidos pelo mercado. O Governo do Brasil atua como uma espécie de fiador, com fundo específico para esse fim, o que agiliza e barateia o crédito produtivo
Os pequenos empreendedores contam, desde o ano passado, com uma linha de crédito exclusiva, com juros 50% menores do que os praticados atualmente pelo mercado. É o ProCred 360, programa criado para oferecer empréstimos para MEIs e empresas com faturamento anual de até R$ 360 mil, e que atingiu a marca de R$ 4 bilhões em financiamentos, beneficiando 127 mil pequenos negócios em todo o Brasil.
O funcionamento do ProCred 360 é possível graças aos R$ 1,5 bilhão em garantias destinados pelo Governo Federal aos bancos, recursos remanescentes do FGO utilizado no Desenrola. Com essa garantia inicial, o governo viabiliza R$ 5 bilhões em crédito barato para quem empreende — e novos aportes devem ampliar ainda mais o alcance da linha. O programa foi lançado em julho de 2024.
No ProCred 360, a taxa de juros é Selic + 5% ao ano, o que significa aproximadamente 1,5% ao mês, menos da metade das taxas normalmente cobradas pelos bancos para esse público. Historicamente, MEIs e microempresas enfrentam grandes dificuldades de acesso a crédito, justamente porque não possuem garantias para oferecer às instituições financeiras, que acabam aplicando juros muito mais altos do que os oferecidos a grandes empresas.
Saiba mais sobre o ProCred 360
O ProCred 360 faz parte do Acredita, conjunto de ações lançado pelo Governo do Brasil para ampliar o acesso ao crédito produtivo e fortalecer quem movimenta a economia real. O programa é coordenado pelos ministérios da Fazenda; Empreendedorismo; e Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome.
Para o ministro do Empreendedorismo, Márcio França, o ProCred 360 corrige uma desigualdade histórica no sistema financeiro brasileiro.
“Com esse programa, criamos uma barreira de proteção para MEIs e microempresas. Antes, os pequenos competiam pelo mesmo crédito com os grandes. E os bancos geralmente preferem emprestar para os grandes, pois consideram um cliente de menor risco.” M inistro do Empreendedorismo, Márcio França.
O ministro destaca que o crédito barato tem impacto direto na economia real:
“Esse crédito é para aquele pequeno comércio que precisa contratar mais um funcionário, para a lanchonete que precisa de um equipamento novo, para o entregador que precisa trocar a moto. Enfim, é para a imensa maioria dos CNPJs do país.”

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