do Blog miguelimigrante.blogspot.com
Um relatório até agora secreto sobre a operação de caça a nazistas por parte do governo dos Estados Unidos concluiu que funcionários de inteligência ofereceram refúgio no país a integrantes do regime e seus colaboradores após a Segunda Guerra Mundial. A informação foi divulgada pelo jornal The New York Times, que obteve uma cópia do relatório.
"Os EUA, que se vangloriavam de ser um refúgio seguro para os perseguidos, se transformou em pequena escala em um refúgio seguro também para os perseguidores", afirma o relatório de 600 páginas vazado para a imprensa. O documento aparece também publicado no site do National Security Archive, um grupo de investigação independente situado na Universidade George Washington, na capital americana.
A análise avalia tanto os sucessos como os fracassos dos advogados, historiadores e investigadores do Escritório de Pesquisas Especiais do Departamento de Justiça (OSI, na sigla em inglês), criado no ano de 1979 para deportar nazistas. O relatório documenta como funcionários americanos que receberam a incumbência de recrutar cientistas após a Segunda Guerra Mundial fizeram caso omisso da ordem do presidente Harry Truman para que não se recrutasse nazistas ou pessoas filiadas a eles.
Os pesquisadores do OSI assinalam no relatório que a alguns nazistas "foi garantida certamente a entrada nos EUA" apesar de os funcionários do governo conhecerem seu passado.
Arthur Rudolph, um das centenas de cientistas estrangeiros recrutados para trabalhar nos EUA após a guerra, disse aos pesquisadores em 1947 ser o diretor de uma unidade que fabricava foguetes na qual se utilizava trabalhos forçados. O relatório assegura que os funcionários de imigração sabiam que Rudolph tinha sido membro do partido Nazista, mas mesmo assim o deixaram entrar nos EUA por causa de seu conhecimento sobre foguetes.
Outro dos casos que se menciona é o de Otto Von Bolschwing, que trabalhou com Adolf Eichmann, um dos arquitetos do Holocausto, e que atuou como agente da CIA nos EUA após a Segunda Guerra Mundial. O documento detalha como a agência de espionagem debateu, em uma série de relatórios internos, o que fazer se o passado de Bolschwing fosse descoberto. A CIA o contratou, segundo o documento, durante a Guerra Fria por suas conexões com alemães e romenos.
O Departamento de Justiça tentou deportar Bolschwing em 1981, após averiguar seu passado, mas o ex-nazista morreu naquele mesmo ano. Desde a criação da OSI, os EUA deportaram mais de 300 integrantes do regime.
O The New York Times afirmou que o relatório sobre a caça de nazistas é obra de Mark Richard, um advogado do Departamento de Justiça. Em 1999, ele convenceu a procuradora-geral dos EUA Janet Reno para que começasse uma apuração detalhada do que ele considerava uma peça crucial da história e encarregou o trabalho à promotora Judith Feigin. Após editar a versão final no ano 2006, pediu a altos funcionários do Departamento de Justiça que publicassem o relatório, mas sua solicitação foi negada.
O jornal afirmou que, quando descobriu que tinha câncer, Richard disse a um grupo de amigos que um de seus desejos antes de morrer era ver o relatório publicado. Mas ele faleceu em 2009 sem ver seu sonho realizado
"Os EUA, que se vangloriavam de ser um refúgio seguro para os perseguidos, se transformou em pequena escala em um refúgio seguro também para os perseguidores", afirma o relatório de 600 páginas vazado para a imprensa. O documento aparece também publicado no site do National Security Archive, um grupo de investigação independente situado na Universidade George Washington, na capital americana.
A análise avalia tanto os sucessos como os fracassos dos advogados, historiadores e investigadores do Escritório de Pesquisas Especiais do Departamento de Justiça (OSI, na sigla em inglês), criado no ano de 1979 para deportar nazistas. O relatório documenta como funcionários americanos que receberam a incumbência de recrutar cientistas após a Segunda Guerra Mundial fizeram caso omisso da ordem do presidente Harry Truman para que não se recrutasse nazistas ou pessoas filiadas a eles.
Os pesquisadores do OSI assinalam no relatório que a alguns nazistas "foi garantida certamente a entrada nos EUA" apesar de os funcionários do governo conhecerem seu passado.
Arthur Rudolph, um das centenas de cientistas estrangeiros recrutados para trabalhar nos EUA após a guerra, disse aos pesquisadores em 1947 ser o diretor de uma unidade que fabricava foguetes na qual se utilizava trabalhos forçados. O relatório assegura que os funcionários de imigração sabiam que Rudolph tinha sido membro do partido Nazista, mas mesmo assim o deixaram entrar nos EUA por causa de seu conhecimento sobre foguetes.
Outro dos casos que se menciona é o de Otto Von Bolschwing, que trabalhou com Adolf Eichmann, um dos arquitetos do Holocausto, e que atuou como agente da CIA nos EUA após a Segunda Guerra Mundial. O documento detalha como a agência de espionagem debateu, em uma série de relatórios internos, o que fazer se o passado de Bolschwing fosse descoberto. A CIA o contratou, segundo o documento, durante a Guerra Fria por suas conexões com alemães e romenos.
O Departamento de Justiça tentou deportar Bolschwing em 1981, após averiguar seu passado, mas o ex-nazista morreu naquele mesmo ano. Desde a criação da OSI, os EUA deportaram mais de 300 integrantes do regime.
O The New York Times afirmou que o relatório sobre a caça de nazistas é obra de Mark Richard, um advogado do Departamento de Justiça. Em 1999, ele convenceu a procuradora-geral dos EUA Janet Reno para que começasse uma apuração detalhada do que ele considerava uma peça crucial da história e encarregou o trabalho à promotora Judith Feigin. Após editar a versão final no ano 2006, pediu a altos funcionários do Departamento de Justiça que publicassem o relatório, mas sua solicitação foi negada.
O jornal afirmou que, quando descobriu que tinha câncer, Richard disse a um grupo de amigos que um de seus desejos antes de morrer era ver o relatório publicado. Mas ele faleceu em 2009 sem ver seu sonho realizado
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