A gente já sabia: Tucanos deixaram de limpar o rio Tietê por três anos
por Conceição Lemes
Em 27 de dezembro de 2009, esta repórter denunciou aqui no
Viomundo: Governo paulista ficou três anos sem limpar o Tietê
. Mais precisamente 2006, 2007 e 2008 (de janeiro a outubro).
A Secretaria de Energia e Saneamento (SSE) e o Departamento de Águas e
Energia do Estado (DAEE), obviamente, não responderam aos nossos
questionamentos. Bateram na tecla de que o desassoreamento havia sido feito
normalmente nesses períodos.
Na época, o governador era José Serra (PSDB) e a secretária de Energia e
Saneamento, Dilma Pena, hoje na Sabesp. A “grande” imprensa, claro, ficou na
moita. Ignorou solenemente a nossa denúncia, apesar dos transbordamentos do rio
Tietê. Afinal, à mídia cabia blindar Serra, ” fazendo as obras” que o então
governador não havia feito.
Curiosamente, hoje leio na capa do UOL: Rio Tietê ficou quase três anos sem limpeza em
SP.
Ou seja, quase 1 ano e três meses depois o UOL “descobriu” o que o
Viomundo já havia denunciado e os nossos leitores sabiam.
Por que será que lá atrás o UOL se calou? Será por que Serra era
governador e no ano seguinte seria candidato do grupo Folha à presidência da
República?
O que será que a Dilma Pena, hoje na presidência da Sabesp, tem a dizer
por ter faltado com a verdade à população de São Paulo em 2009?
Será mais um round das disputas entre Serra e o atual governador
Geraldo Alckmin (PSDB)?
Ah, mais uma pergunta: Por que o UOl não disse que em 27 de dezembro de
2009 o Viomundo havia denunciado o não desassoreamento do
Tietê?
Coisa feia não dar crédito, concordam? Jornalismo se faz com base na
fidelidade canina à verdade factual durante os 365 dias do ano, haja ou não
eleição no caminho.
Exclusivo: A pesquisadora que descobriu veneno no leite materno
A repórter Manuela Azenha esteve em
Cuiabá, Mato Grosso, onde assistiu à defesa de tese da
pesquisadora Danielly Palma. A ela coube pesquisar o impacto
dos agrotóxicos em mães que estavam amamentando na cidade de Lucas do Rio Verde.
A seguir, o relato:
Lucas do Rio Verde é um dos maiores produtores de grãos do Mato Grosso,
estado vitrine do agronegócio no Brasil. Apesar de apresentar alto IDH (índice
de desenvolvimento humano), a exposição de um morador a agrotóxicos no município
durante um ano é de aproximadamente 136 litros por habitante, quase 45 vezes
maior que a média nacional — de 3,66 litros.
Desde 2006, ano em que ocorreu um acidente por pulverização aérea que
contaminou toda a cidade, Lucas do Rio Verde passou a fazer parte de um projeto
de pesquisa coordenado pelo médico e doutor em toxicologia, Wanderlei Pignatti,
em parceria com a Fiocruz. A pesquisa avaliou os resíduos de agrotóxicos em
amostras de água de chuva, de poços artesianos, de sangue e urina humanos, de
anfíbios, e do leite materno de 62 mães. A pesquisa referente às mães coube à
mestranda da Universidade Federal do Mato Grosso, Danielly Palma.
A pesquisa revelou que 100% das amostras indicam a contaminação do leite
por pelo menos um agrotóxico. Em todas as mães foram encontrados resíduos de
DDE, um metabólico do DDT, agrotóxico proibido no Brasil há mais de dez anos.
Dos resíduos encontrados, a maioria são organoclorados, substâncias de alta
toxicidade, capacidade de dispersão e resistência tanto no ambiente quanto no
corpo humano.
No dia seguinte à defesa de sua tese, Danielly concedeu uma entrevista ao
Viomundo.
Viomundo – A sua pesquisa faz parte de um projeto
maior?
Danielly Palma – Minha pesquisa foi um subprojeto de uma
avaliação que foi realizada em Lucas do Rio Verde e eu fiquei responsável pelo
indicador leite materno. Mas a pesquisa maior analisou o ar, água de chuva,
sedimentos, água de poço artesiano, água superficial, sangue e urina humanos,
alguns dados epidemológicos, má formação em anfíbios.
Viomundo – E essas pesquisas começaram quando e por
que?
Danielly Palma – Começamos em 2007. A minha parte foi no
ano passado, de fevereiro a junho. Lucas do Rio Verde foi escolhido porque é um
dos grandes municípios produtores matogrossenses, tanto de soja quanto de milho
e, consequentemente, também é um dos maiores consumidores de agrotóxicos. Em
2006, quando houve um acidente com um desses aviões que fazem pulverização aérea
em Lucas, o professor Pignati, que foi o coordenador regional do projeto, foi
chamado para fazer uma perícia no local junto com outros professores aqui da
Universidade Federal do Mato Grosso. Então, começaram a entrar em contato com o
pessoal e viram a necessidade de desenvolver projetos para ver a que nível
estava a contaminação do ambiente e da população de Lucas.
Viomundo – E qual é o nível de contaminação que a população de
Lucas se encontra hoje? O que sua pesquisa aponta?
Danielly Palma – Quanto ao leite materno, 100% das
amostras indicaram contaminação por pelo menos um tipo de substância. O DDE, que
é um metabólico do DDT, esteve presente em 100%, mas isso indica uma exposição
passada porque o DDT não é utilizada desde 1998, quando teve seu uso proibido.
Mas 44% das amostras indicaram o beta-endossulfam, que é um isômero do
agrotóxico endossulfam, ainda hoje utilizado. Ele teve seu uso cassado, mas até
2013 tem que ir diminuindo, que é quando a proibição será definitiva. É
preocupante, porque é um organoclorado que ainda está sendo utilizado e está
sendo excretado no leite materno.
Viomundo – Foram essas duas substâncias as
registradas?
Danielly Palma – Não, tem mais. Foi o DDE em 100% das mães
[que estão amamentando]; beta-endossulfam em 44%; deltametrina, que é um
piretróide, em 37%; o aldrin em 32%; o alpha-endossulfam, que é outro isômero do
endossulfam, em 32%; alpha-HCH, em 18% das mães, o DDT em 13%; trifularina, que
é um herbicida, em 11%; o lindano, em 6%.
Viomundo – E o que essas susbstâncias podem causar no corpo humano?
Viomundo – E o que essas susbstâncias podem causar no corpo humano?
Danielly Palma – Todas essas substâncias tem o potencial
de causar má formação fetal, indução ao aborto, desregulamento do sistema
endócrino — que é o sistema que controla todos os hormônios do corpo — então
pode induzir a vários distúrbios. Podem causar câncer, também. Esses são os
piores problemas.
Viomundo – Você disse que as mães foram expostas há mais de dez
anos. As substâncias permanecem no corpo por muito tempo?
Danielly Palma – Permanecem. No caso dos organoclorados,
de todas as substâncias analisadas, o endossulfam é o único que ainda está sendo
utilizado. Desde 1998 os organoclorados foram proibidos, a pesquisa foi
realizada em 2010, e a gente encontrou níveis que podem ser considerados altos.
Mesmo tendo sido uma exposição passada, como as substâncias ficam muito tempo no
corpo, esses sintomas podem vir a longo prazo.
Viomundo – Durante a sua defesa de mestrado, em que essa pesquisa
foi apresentada, os membros da banca ressaltaram o quanto você sofreu para
realizar a pesquisa. Quais foram as maiores dificuldades?
Danielly Palma – A minha maior dificuldade foi em relação
à validação do método. Porque, quando você vai pesquisar agrotóxicos, tem de ter
uma precisão muito grande. Como são dez substâncias com características
diferentes, quando acertava a validação para uma, não dava certo para outra.
Então, para ter um método com precisão suficiente para a gente confiar nos
resultados, para todas as substâncias, foi um trabalho que exigiu muita força de
vontade e tempo. Foi praticamente um ano só para validar o método.
Viomundo – Essas mães que foram contaminadas exercem ou exerceram
que tipo de atividade? Como elas foram expostas ao agrotóxico?
Danielly Palma – Das 62 mulheres que eu entrevistei,
apenas uma declarou ter contato direto com o agrotóxico. Ela é engenheira
agrônoma e é responsável por um armazém de grãos. Três mães residem na zona
rural, trabalhando como domésticas nas casas dos donos das fazendas. É difícil
dizer que quem está longe da lavoura não está exposto em Lucas do Rio Verde,
pela localização da cidade, com as lavouras ao redor. Mas a maioria das
entrevistadas trabalham com comércio, são professoras do município, algumas
donas de casa, mas não são expostas ocupacionalmente. A questão é o ambiente do
município.
Viomundo – Mas a contaminação se dá pelo ar, pela alimentação?
Viomundo – Mas a contaminação se dá pelo ar, pela alimentação?
Danielly Palma - A alimentação é uma das principais vias
de exposição. Mas, por se tratar de clorados, que já tiveram seu uso proibido,
então eu posso dizer que o ambiente é o que está expondo, porque também se
acumulam no ambiente. No caso da deltametrina e do endossulfam, que ainda são
utilizados, o uso atual deles é que está causando a contaminação. Mas, nos usos
passados [dos agrotóxicos agora proibidos], a causa provavelmente foi a
exposição à alimentação — na época em que eram utilizados — e o próprio meio
ambiente contaminado.
Viomundo – Quais são as principais propriedades dessas substâncias encontradas?
Viomundo – Quais são as principais propriedades dessas substâncias encontradas?
Danielly Palma – Os organoclorados têm em comum entre si
os átomos de cloro na sua estrutura, o que dá uma grande toxicidade a eles. Eles
têm alta capacidade de se armazenar na gordura, alta pressão no vapor e o tempo
de meia-vida deles é muito longo, por isso que para se degradar demora muito
tempo. São altamente persistentes no ambiente, tanto nos sedimentos, solo, corpo
humano, e têm a capacidade de se dispersar. Tanto que no Ártico, onde eles nunca
foram aplicados, são encontrados resíduos de organoclorados.
Viomundo – O professor Pignati comentou que a Secretaria da Saúde
dificultou um pouco a pesquisa de vocês, mas que vocês fizeram questão da
participação do governo. Por que?
Danielly Palma – Nós vimos a importância da participação
deles porque, quando a exposição da população está num nível elevado e está
tendo uma incidência maior de certas doenças, é lá na ponta que isso vai
estourar, é no PSF (Programa Saúde da Família). Então, a gente queria que a
Secretaria da Saúde acompanhasse para ver em que nível de exposição essa
população está e para que tome medidas. Para que recebam essas pessoas com
algum problema de saúde e saibam diagnosticar, saibam de onde está vindo e o
porquê de tantas incidências de doenças no município.
Viomundo – Se a maioria dessas substâncias não está mais sendo
utilizada, o que pode ser feito daqui para frente para diminuir o impacto delas
sobre o ambiente e a saúde?
Danielly Palma – Em relação a essas substâncias que não
estão sendo mais utilizadas, infelizmente, não temos mais nada a fazer. Já foram
lançadas no ambiente e nos organismos das pessoas. A gente pode parar e pensar
no modelo de desenvolvimento que está sendo posto, com esse alto consumo de
agrotóxico e devemos tomar cuidado com as substâncias que ainda estão sendo
utilizadas para tentar evitar um mal maior.
Viomundo – Como que o agrotóxico pode afetar o bebê?
Danielly Palma – Esses agrotóxicos são lipofílicos e se
acumulam no tecido gorduroso, então ficam no organismo e passam para o sangue da
mãe. Através da placenta, como há troca de sangue entre mãe e feto, acaba
atingindo o feto. E alguns tem a capacidade de passar a barreira da placenta e
atingir o feto. Durante a lactação, o agrotóxico acaba sendo excretado pelo
leite humano.
Viomundo – Então, mesmo que não amamente o filho, ele pode nascer
com resíduo de agrotóxico?
Danielly Palma – Sim, isso se a contaminação da mãe for
muito elevada.
Viomundo – Foi o caso nas mães [pesquisadas] de Lucas do Rio
Verde?
Danielly Palma – Alguns níveis [encontrados] consideramos
altos, até porque o leite humano deveria ser isento de todas essas substâncias.
Deveria ser o alimento mais puro do mundo. E a gente vê que isso não ocorre,
tanto nos meus resultados quanto em trabalhos realizados no mundo inteiro que
evidenciaram essa contaminação. A criança acaba sendo afetada desde a vida
uterina e depois na amamentação é mais uma quantidade de agrotóxicos que ela vai
receber. Mas é sempre bom lembrar do risco-benefício do aleitamento materno.
Nunca se deve incentivar a mãe a parar de amamentar porque seu leite está
contaminado. As vantagens do aleitamento materno são muito maiores do que os
riscos da carga contaminante que o leite pode vir a ter.
Viomundo – Quais os riscos dessa
contaminação?
Danielly Palma – Os riscos saberemos somente com um acompanhamento a longo prazo dessas crianças. O que pode acontecer são problemas no desenvolvimento cognitivo e, dependendo da carga que o bebê receba desde a gestação, pode causar má formação, que pode só ser percebida mais tarde.
Danielly Palma – Os riscos saberemos somente com um acompanhamento a longo prazo dessas crianças. O que pode acontecer são problemas no desenvolvimento cognitivo e, dependendo da carga que o bebê receba desde a gestação, pode causar má formação, que pode só ser percebida mais tarde.
Viomundo – Essa acompanhamento dos efeitos dos agrotóxicos no corpo
humano já foi feito ou ainda é uma coisa a fazer?
Danielly Palma – Quanto ao sistema endócrino, existem
evidências. Estudos comprovaram a interferência dos agrotóxicos. Quanto a
câncer, má formação e ações teratogênicas (anomalias e malformações ligadas a
uma perturbação do desenvolvimento embrionário ou fetal), estudos realizados em
animais apontam para uma possivel ação dos agrotóxicos nesse sentido. Mas no ser
humano não tem como você testar uma única substância. Quando fazem pesquisas,
sempre são encontradas mais de uma substância no organismo e, portanto, não se
sabe se é uma ação conjunta dessas substâncias que elevou aquele efeito ou se
foi a ação de uma substância apenas.
Viomundo – Os resultados da pesquisa são alarmentes?
Viomundo – Os resultados da pesquisa são alarmentes?
Danielly Palma – Foram alarmantes, mas ao mesmo tempo já
esperávamos por esse resultado, até porque já tínhamos em mãos resutados da
parte ambiental. Vimos que a exposição da população estava muito alta. Com o
ambiente contaminado daquela forma, já era esperado encontrar a contaminação do
leite, uma vez que o ambiente influencia na contaminação humana
também.
Viomundo – O que será feito com esses resultados?
Danielly Palma – Os resultados já foram encaminhados para as mães e, no início do projeto, assumimos o compromisso de, no final, nos reunirmos com elas e explicarmos os resultados. Esperamos que as autoridades do município e de todas as regiões produtoras acordem para o modelo de desenvolvimento que eles estão adotando, porque não adianta ter um IDH alto, ter boa educação e sistema de saúde, se a qualidade de vida em termos de exposição ambiental é péssima.
Viomundo – O que será feito com esses resultados?
Danielly Palma – Os resultados já foram encaminhados para as mães e, no início do projeto, assumimos o compromisso de, no final, nos reunirmos com elas e explicarmos os resultados. Esperamos que as autoridades do município e de todas as regiões produtoras acordem para o modelo de desenvolvimento que eles estão adotando, porque não adianta ter um IDH alto, ter boa educação e sistema de saúde, se a qualidade de vida em termos de exposição ambiental é péssima.
Para ler entrevista com o professor Wanderlei Pignati, que
coordenou toda a pesquisa, clique
aqui.
Para ler entrevista com a professora Raquel Rigotto, que pesquisa
o mesmo assunto no Ceará, clique aqui.
Cerra só limpa
o Tietê no PiG
O Conversa Afiada reproduz o twitter do José de Abreu e o Blog da Cidadania, a propósito do tema “Não foi Deus. Cerra alagou os rios, casas e destruiu a vida de famílias em São Paulo”.
Aqui se confirma a tese: não fosse o PiG, esses tucanos de Sao Paulo não passavam de Resende.
Agora, o nosso Putin em ação:
realjosedeabreu:
Serra faz ameaças e detém escândalo do Tietê | Blog da Cidadania http://bit.ly/ieiw1K
Serra faz ameaças
e detém escândalo do Tietê
Na manhã da última sexta-feira, segundo
informações apuradas por este blog, as redações da imprensa paulista teriam
voltado a ser bombardeadas por telefonemas de emissários ligados ao
ex-governador José Serra. Esses telefonemas teriam exigido que o escândalo do
Tietê sumisse das pautas.
Pouco após o alvorecer de 26 de março
último, o portal UOL publicou reportagem dando conta de que foram jogados no
lixo 2 bilhões de reais gastos durante 2005 e 2006 para pôr fim aos constantes
transbordamentos do rio Tietê, pois a limpeza do rio foi interrompida por Serra,
sucessor de Geraldo Alckmin, que fez a bilionária obra de rebaixamento da calha
do rio.
A reportagem do UOL teria sido produto
de uma revolta que, segundo as fontes, cresce nas redações da imprensa paulista.
Em cursos de jornalismo de todo país, o acobertamento do escândalo do Tietê já
teria se tornado referência de promiscuidade entre o poder público e a
imprensa.
A dimensão do escândalo é tão ampla que
se esperava que, com o UOL repercutindo, houvesse maior veiculação nacional das
denúncias contra Serra, sobretudo no Jornal Nacional. Apesar de algumas
veiculações no rádio e amplamente disseminadas na internet, nas tevês e nos
jornais deste sábado a repercussão foi pífia ou inexistente.
Estaria correndo intramuros, na imprensa
paulista, que a pouca repercussão de uma notícia antiga, a despeito das perdas
imensas – patrimoniais e de vidas humanas – que causou, dever-se-ia a ameaça que
Serra estaria fazendo de que, se o escândalo provocar investigação séria por
pressão da imprensa, fará “revelações”.
O grande temor de Serra seria a
comparação entre o aumento exponencial dos gastos com publicidade oficial
durante o período de redução dos gastos com a limpeza do rio Tietê. Acredita-se
que, para não estourar o orçamento, Serra retirou de vários investimentos do
Estado os recursos usados para se promover visando a eleição de 2010.
Segundo o UOL, “(…) a bancada
oposicionista da Assembleia Legislativa anunciou (…) que irá fazer um
requerimento para que o secretário estadual de Saneamento e Recursos Hídricos, o
deputado estadual Edson Giriboni, compareça ao Legislativo para explicar os
motivos que levaram as autoridades a suspender o trabalho de desassoreamento em
2006, 2007 e 2008”.
Todavia, a oposição paulista tem dúvidas
de que o convite ao secretário será atendido, pois, na forma como será feito o
tal requerimento, o convidado poderá comparecer ou não. Ainda segundo a
oposição, se houvesse convocação a bancada governista a derrubaria, como já vez
várias vezes valendo-se da maioria que tem.
Vereador da Câmara Municipal de São
Paulo ouvido por este blog afirma que a única possibilidade de se apurar
responsabilidades pelas tragédias geradas pela drástica redução da limpeza do
rio Tietê será através de pressão da imprensa.
Se as denúncias do UOL ficarem restritas
à internet, portanto, várias fontes afirmam que nem o Ministério Público de São
Paulo, nem o Poder Legislativo tomarão qualquer medida no sentido de esclarecer
o caso, restando à população paulistana a impunidade do crime de redução de
obras que redundou em tragédias que todos conhecem.
A única possibilidade de o Ministério
Público Estadual pelo menos se pronunciar sobre o assunto será através da
provocação. Qualquer parlamentar paulista ou paulistano – ou qualquer outro
cidadão – pode provocar o MPE. Resta saber se alguém se habilitará a fazê-lo,
pois Serra estaria disposto a retaliar quem tente.
http://www.conversaafiada.com.br/pig/2011/03/26/cerra-so-limpa-o-tiete-no-pig/
Não foi Deus. Cerra alagou São Paulo
- Publicado em 25/03/2011
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O Conversa Afiada se curva à
importante sugestão dos seguintes amigos navegantes:
Marcos
Serra não mandou limpar o Rio Tietê:
http://noticias.uol.com.br/cotidiano/2011/03/25/governo-de-sp-deixou-de-limpar-o-rio-tiete-por-quase-tres-anos.jhtm
Paulo
Depois de tantas enchentes em São Paulo, até o Uol acusa o ex-gernador do Estado de não limpar o rio Tietê. Se manca Zé! Será que você não vê que até o otavinho mandou lhe fritar?
Dóri Edson
VEJAM ESSA:
RIO TIETÊ FICOU QUASE TRES ANOS SEM LIMPEZA. CONDIÇÃO QUE CONTRIBUIU PARA OS ALAGAMENTOS NA CAPITAL
http://noticias.uol.com.br/cotidiano/2011/03/25/governo-de-sp-deixou-de-limpar-o-rio-tiete-por-quase-tres-anos.jhtm
Cerra atribuiu os alagamentos que afundaram São Paulo à
obra de Deus.
Deve ser o Deus do Antigo Testamento.
O fundador do
Partido Anti-Cerra atribuiu os alagamentos à chuva.
Agora se vê que a culpa é do jenio:
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