27/03/2011


Kassab não usa grana federal para creches

Fabiana Cambricoli
do Agora
Em evento realizado ontem na zona sul, o ministro da Educação, Fernando Haddad (PT), afirmou que a gestão Gilberto Kassab ainda não firmou convênio com o governo federal para a construção de creches e escolas de educação infantil na cidade. Desde 2007, o programa ProInfância destina verba aos municípios que apresentarem projetos.
Haddad participou de um seminário que discutiu a falta de vagas em creches e em pré-escolas em Cidade Ademar e Pedreira, ambos bairros da região. Na capital, o problema atinge, no total, mais de 120 mil crianças.
"Desde 2007, já conveniamos mais de 3.000 creches no país todo por meio do programa. Infelizmente nenhuma em São Paulo. Está dependendo única e exclusivamente do governo municipal aderir ao programa", disse.
 

Alckmin age para 'virar' voto em área petista

27 de março de 2011 | 9h 55
    ROBERTO ALMEIDA - Agência Estado
    Ao mesmo tempo que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva já entra nas articulações para ampliar o número de prefeitos do PT em São Paulo nas eleições de 2012, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) prepara uma ofensiva tucana. Ele tentará reverter, com atos cirúrgicos de governo, o histórico de derrotas para os petistas na área mais populosa do Estado, intitulada "Macrometrópole Paulista".
    Como ponto de partida, Alckmin será alçado na quarta-feira à presidência da Câmara de Desenvolvimento Metropolitano, novo braço da Secretaria de Desenvolvimento Metropolitano do governo estadual. Ele terá função de "autoridade metropolitana", com a missão de planejar as ações de governo do PSDB e coordenar sua execução.
    O tucano delimitou como foco de trabalho uma área de 44 mil km², englobando 153 municípios do Estado. Estão incluídas prefeituras comandadas pelo PT - o chamado "cinturão vermelho", com população superior à do cordão de municípios administrados por tucanos que se espalha pelo interior.
    Alckmin quer emplacar marcas de sua gestão nessas cidades. "Teremos uma articulação clara e um avanço institucional", disse o secretário de Desenvolvimento Metropolitano, Edson Aparecido, responsável pelo projeto.
    As regiões delimitadas para a ação tucana são cruciais no jogo eleitoral. Elas detêm cerca de 30 milhões de habitantes (72% da população paulista). O resultado nas urnas terá repercussão direta na sucessão de Alckmin, em 2014, e também na corrida presidencial do mesmo ano.
    Reservadamente, tucanos já demonstram preocupação com o cenário eleitoral paulista do ano que vem. Há, segundo eles, uma clara dificuldade em encontrar candidatos competitivos para o PSDB nessas áreas. A "autoridade metropolitana" seria capaz de impulsionar nomes da legenda para virar esse jogo.
    Alckmin quer que o primeiro resultado da operação seja marcante e, para isso, deu prioridade à criação do Bilhete Único Metropolitano, para mostrar integração das regiões que compõem a Macrometrópole.
    José Maria Tomazela
    O PSD, novo partido de Gilberto Kassab, começa a estruturar suas bases no interior de São Paulo. O prefeito de Itu, Herculano Júnior (PV), trabalha para cooptar prefeitos do PV e do DEM para a nova sigla. Ele quer formar comissões em 80 municípios das regiões de Sorocaba e Campinas que estão sob sua coordenação. Os quatro prefeitos do PV na região já foram sondados por Herculano. Ele aproveitou a crise interna causada pelo conflito entre a ex-candidata à presidência Marina Silva e a cúpula do partido para assediar os políticos da legenda.
    Ex-prefeitos e vereadores de outros partidos também estão na mira. Herculano tem mostrado o PSD como opção para os políticos que estão sem espaço nas legendas tradicionais, como PSDB, PMDB e PT. “Queremos formar uma base forte para dar respaldo a uma candidatura ao Governo do Estado em 2014″, disse o prefeito. Sua mulher, a deputada Rita Passos (PV), que também aderiu ao PSD, está envolvida na articulação. O casal assumiu o compromisso de recolher 50 mil assinaturas na região, 10% das adesões necessárias para dar o partido o registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
    De acordo com o prefeito de Itu, o fato de o PSD ter surgido como um partido independente ajuda na aproximação com os políticos do interior. “A ideia é apoiar tanto o governo estadual quanto o federal naquilo que é bom para o País”, discursou. Ele disse que o partido de Gilberto Kassab é a oportunidade para quem quer começar um novo projeto político. Ele se diz exemplo disso. “Estou há dez anos do PV e saio porque acredito que o meu ciclo no partido se encerrou e preciso de um projeto novo.” Em Sorocaba, o presidente do diretório municipal do DEM, vereador José Caldini Crespo, está de malas prontas para migrar para o PSD. Amigo pessoal de Kassab, o vereador e ex-deputado estadual espera o registro da nova sigla para pedir a filiação.

    Temer antecipa visita de apoio ao ingresso de Amary no partido

    Notícia publicada na edição de 27/03/2011 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 5 do caderno A - o conteúdo da edição impressa na internet é atualizado diariamente após as 12h.
    Maíra Fernandes
    Para declarar apoio à filiação do ex-deputado federal Renato Amary ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) e justificar sua ausência amanhã no ato de oficialização que ocorre no Shopping M, o vice-presidente da República, Michel Temer, esteve em Sorocaba no início da tarde de ontem, em uma breve visita. Temer tinha confirmado sua presença no evento que ocorre amanhã, a partir das 19h, mas precisou alterar a agenda pois assumirá amanhã, pela segunda vez, a Presidência da República, enquanto a presidente Dilma Roussef estará em Portugal. "Não poderemos vir na segunda, mas a reunião está mantida, vim para dar um abraço no Renato Amary", justificou-se.
    Temer reforçou ainda que está satisfeito com o ingresso de Amary (ao PMDB), que por 19 anos foi filiado ao Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). Para o vice-presidente, o sorocabano será um reforço nos quadros do partido, principalmente neste momento em que o PMDB faz "grande abertura" em São Paulo. A meta, explicou Temer, é "trazer ao partido gente do nível de Amary e ampliar enormemente o PMDB".
    "Venho para somar, com missão outorgada por Baleia Rossi (deputado estadual do PMDB) e Temer, de coordenar as cidades da região. De início serão 20 cidades, mas o objetivo é retornar aos bons tempos do Movimento Democrático Brasileiro", declarou Amary. O ex-deputado federal lembrou que o PMDB, partido ao qual filia-se amanhã, nasceu no extinto MDB e que o PSDB também surgiu de uma cisão do partido PMDB. "Somos ambos democratas. Não tenho nada contra o PSDB", declarou, enquanto aguardava a chegada do helicóptero que, pouco antes das 13h de ontem, trouxe Temer à Sorocaba.
    Além de Amary, outros políticos de Sorocaba e Votorantim, como o presidente da Câmara dos Vereadores de Sorocaba, Marinho Marte (PPS), além de afiliados ao partido como o vice-prefeito de Votorantim, Marco Mâncio, e o atual presidente do PMDB de Sorocaba, Oswaldo Duarte Filho, estiveram no Aeroporto.

    Eleição 2012
    Prestes a filiar-se ao partido do vice-presidente, Amary foi enfático quando perguntado sobre uma possível dobradinha entre PMDB e Partido dos Trabalhadores (PT) em Sorocaba, como no caso da presidência da República. "É difícil uma relação com o PT em Sorocaba. Não integralmente, mas com uma pequena facção", ponderou Amary, lembrando que tem uma boa relação com representantes locais do partido como o deputado estadual Hamilton Pereira, a ex-deputada federal Iara Bernardi e os vereadores França e Izídio de Brito. "Na política nada é impossível, mas é muito difícil que aconteça", adiantou.
    Mesmo respondendo a questões que remetem à próxima eleição municipal em 2012, Amary não afirmou se sairá como candidato a prefeito pelo PMDB. Mas reiterou que o partido "terá" que ter candidato.
    Essa afirmação foi confirmada por Temer, que não declarou abertamente apoio ao futuro colega de partido, deixando a escolha a cargo do diretório do PMDB, mas se mostrou feliz com a possibilidade. "Se for, eu aplaudo".
    Amary aproveitou para esclarecer sobre sua saída do PSDB, onde ficou por quase 20 anos. Segundo ele, no momento precisa ter condições regimentadas para concorrer, o que não aconteceria no PSDB. "Hoje eu tenho condições, estrutura. Eu escolhi o PMDB por ser parceiro de Temer, já votei nele e fomos parceiros", concluiu.
    A cerimônia de filiação de Amary ao PMDB acontece amanhã, às 19h, no salão de festas do Shopping M, localizado na avenida Antônio Carlos Comitre, no Campolim, e deve contar com a participação de aproximadamente 500 lideranças peemedebistas.
    http://portal.cruzeirodosul.inf.br/acessarmateria.jsf?id=281614
     

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