Novo parque em Barueri vai receber lama do fundo do Tietê
Folha de S.Paulo
A lama que será retirada do fundo do Tietê na próxima fase de rebaixamento da calha do rio tem destino: uma lagoa artificial, nas margens da rodovia Castello Branco e do Rodoanel, em Barueri (Grande São Paulo).
O governo Geraldo Alckmin (PSDB) não pagará nada para jogar o material no local, que ainda deve virar um parque a partir de 2014. Hoje, a lama vai quase toda para aterros privados.
"A economia para os cofres públicos será de R$ 150 milhões. São quatro milhões de metros cúbicos de material de dragagem dos rios Tietê e Pinheiros [que vão para a área]", diz Ricardo Borsari, diretor de Obras do DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica), responsável pelo projeto.
A lagoa, na prática, será aterrada. Não haverá revitalização. O espelho d'água vai continuar a existir, mais raso e apenas para fins contemplativos. O que descontenta os ambientalistas, que gostariam de ver a lagoa ser usada pela população.
O governo diz que o ganho ambiental será grande. A área está hoje muito degradada, com favela e um lixão irregular. Com o parque, ela também será mais bem utilizada. Um canto do terreno (com o tamanho do parque Ibirapuera) será destinado a um terminal de carga.
O dinheiro obtido pela iniciativa privada com essas atividades é que vai manter o funcionamento do parque.
A Cetesb emitiu parecer favorável ao projeto.

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