Mobilizados
desde a manhã desta terça-feira (19/4) nas proximidades do Palácio dos
Bandeirantes - sede do governo paulista - centenas de ativistas dos
movimentos sociais por moradias populares exigiam ser recebidos pelo
governador. Porém, insensível ao diálogo com os movimentos, designou ao
presidente da CDHU e secretário adjunto da secretaria de Habitação,
Marcos Penido, que recebesse uma comissão dos manifestantes, que foram
acompanhados pelos deputados do PT, Adriano Diogo, Luiz Claudio
Marcolino e Simão Pedro.
Na reunião, os representantes dos movimentos apresentaram uma extensa lista de reivindicações, tendo em vista a ausência de uma política habitacional consistente em nosso Estado.
Na reunião, os representantes dos movimentos apresentaram uma extensa lista de reivindicações, tendo em vista a ausência de uma política habitacional consistente em nosso Estado.
Os
manifestantes entregaram a pauta de reivindicações a Marcos Penido,
onde socilitam, entre outras, a retomada do Programa de Mutirão com
Autogestão; posse imediata do Conselho Estadual das Cidades;
funcionamento do Conselho e recursos para o Fundo Estadual de Habitação
com participação popular; programa de cortiços e áreas centrais com os
movimentos sociais; urbanização de favelas; recursos estaduais para
projetos do Minha Casa Minha Vida Entidades; criação de Banco de Terras
para habitação e protesto contra os despejos da Ecovias em Diadema e em
decorrência das obras do Trecho Norte do Rodoanel.
O
representante da UMM - União dos Movimentos por Moradia, Sidnei Antonio
Pita, explicou que Marcos Penido se comprometeu em manter o diálogo
aberto e sinalizou com a retomada dos programas de mutirão e gestão
compartilhada. Foi acordado a formação de uma comissão e nova reunião
com a CDHU será agendada nos próximos 40 dias.
Benedito
Roberto Barbosa, o Dito, um dos coordenadores da Central de Movimentos
Populares diz que o protesto desta terça-feira teve caráter indicativo
de como o movimento deverá atuar daqui em diante. "Queremos saber a
definição de política de habitação do governador”, explicou Dito.
Antes
da concentração em frente ao Palácio dos Bandeirantes, uma passeata
percorreu o trajeto entre a ponte Cidade Jardim (da Marginal do
Pinheiros, zona sul da capital) até a entrada principal do Palácio.
Segundo os organizadores do movimento, cerca de três mil pessoas participaram da caminhada.
Governos tucanos investem muito pouco em habitação
Levantamento da Bancada do PT aponta que os investimentos em habitação para 2010 – somados os recursos da secretaria de Habitação e da CDHU – foram de R$ 1,57 bilhão, ou seja, corte de R$ 318 milhões em relação ao previsto no Orçamento, que era de R$ 1,89 bilhão.
Na CDHU, deixaram de ser entregues 9.812 moradias, das já insuficientes 43.310 previstas.
Levantamento da Bancada do PT aponta que os investimentos em habitação para 2010 – somados os recursos da secretaria de Habitação e da CDHU – foram de R$ 1,57 bilhão, ou seja, corte de R$ 318 milhões em relação ao previsto no Orçamento, que era de R$ 1,89 bilhão.
Na CDHU, deixaram de ser entregues 9.812 moradias, das já insuficientes 43.310 previstas.
Em
2011, o governo Alckmin também começou segurando os recursos na
habitação e os investimentos diretos da secretaria sequer começaram.
Nos
100 primeiros dias da atual gestão, houve um congelamento de R$ 142
milhões (20%) dos repasses para investimentos da CDHU e mais R$ 46
milhões (10%) de investimentos diretos a serem aplicados pela secretaria
de Habitação. Também houve corte de R$ 6,2 milhões para concessão de
subsídios habitacionais (10%) e crédito para reforma de imóveis (R$ 1
milhão ou 20%). Os repasses para fundo de habitação de interesse social
tiveram R$ 5,3 milhões congelados (20%) e o mesmo ocorreu com o fundo
garantidor habitacional, com 10% dos recursos contingenciados.
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