Funcionários de Etecs e Fatecs entram em greve por tempo indeterminado


Decisão de servidores do Centro Paula Souza vem um dia após reajuste de 11% dado pelo governo


Estadão.edu
Um dia depois de receber reajuste de 11% do governo, funcionários das escolas e faculdades técnicas do Estado de São Paulo (as Etecs e Fatecs) decidiram nesta sexta-feira entrar em greve, por tempo indeterminado. Os servidores do Centro Paula Souza querem 58% de aumento para professores e 71% para funcionários. Além disso, pretendem reajuste de 15% do ano passado até este mês, que é a data-base da categoria.

"Decidimos pela greve na quarta-feira. Hoje (em assembleia no Centro Paula Souza) foi só um ato público para confirmar", afirma Silvia Helena de Lima, membro do sindicato.
"Nossa perda acumulada é tão imensa. Estamos sem reajuste salarial desde 2005", diz Silvia.

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Professores das Etecs recebem R$ 10 por hora-aula; os da Fatec, cerca de R$ 18.
"Esses valores estão equivocados em relação ao mercado que atendemos. Formamos técnicos. Um aluno meu, se dá aula no Senai, pode ganhar até R$ 21 hora-aula", afirma a professora.
A greve é por tempo indeterminado e, de acordo com Silvia, atingiu 70 unidades no interior. O Centro Paula Souza diz ter feito contato com as 247 unidades - entre Fatecs e Etecs -, e teve resposta de 239. Dessas, 204 informaram que não vão aderir à greve e 13, que vão aderir parcialmente.
Na Etec Basilides de Godoy, na Vila Leopoldina, zona oeste de São Paulo, professores já anunciaram que não vão dar aulas segunda-feira e terça-feira.
A última greve dos funcionários das Fatecs e Etecs foi em 2004.

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