Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Previsto para ser lançado em junho, o Plano Brasil sem
Miséria está sendo apresentado pelo governo a integrantes de movimentos
sociais. Ao longo dessa semana, os representantes de trabalhadores
rurais e de movimentos sociais urbanos foram os primeiros a conhecer as
diretrizes da política que tem a meta de retirar 16 milhões de pessoas
da extrema pobreza até 2014.
Na próxima segunda-feira (23) as diretrizes da nova política do governo
serão apresentadas a representantes de organizações não governamentais e
de movimentos de jovens, negros e mulheres.
Até o final do mês, a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à
Fome, Tereza Campello, e o ministro da Secretaria-Geral da Presidência,
Gilberto Carvalho, se reunirão ainda com representantes de sindicatos,
do setor industrial, agronegócio e de igrejas.
Nesses encontros, as demandas e sugestões de cada área são ouvidas e
poderão ser incluídas no plano. Os representantes de movimentos sociais
urbanos, como os de moradia popular, recebidos na última quinta-feira
(19), enfatizaram a necessidade de que a construção de casas para
famílias pobres ocorra de forma coordenada com a implementação de
políticas sociais para atender essas famílias.
“É importante atrelar o combate à pobreza à urbanização das favelas, à
construção de moradias, mas não adianta construir casa e não ter ações
de combate à miséria junto como a capacitação profissional e ações nas
áreas de saúde e educação”, disse em entrevista à Agência Brasil a
coordenadora da União Nacional por Moradia Popular, Ivaniza Rodrigues,
que participou do encontro.
Para Ivaniza, ouvir os movimentos sociais é fundamental para que as
medidas sejam bem direcionadas, já que cada segmento tem características
específicas. “É importante conversar com os diversos setores. Combater a
pobreza não é uma ação isolada do governo. Precisa de participação dos
movimentos sociais”, afirmou.
Primeiros a discutir com o governo as linhas gerais do Plano de
Erradicação da Miséria, os trabalhadores rurais pediram que o tema do
acesso à terra seja central para o combate à pobreza no campo e querem
que o texto contemple a necessidade de acelerar o processo de reforma
agrária.
Após as reuniões, a ministra Tereza Campello disse que não será difícil
acolher as reivindicações recebidas por que a maior parte delas já está
contemplada no plano. “A maior parte das questões colocadas têm uma
grande aderência com o que nós já estamos propondo”.
O Plano Brasil sem Miséria tem entre as principais metas elevar a renda
familiar per capita das famílias que vivem com renda mensal de R$ 70,
ampliar o acesso aos serviços públicos, às ações de cidadania e às
oportunidades geradas por políticas e projetos públicos.
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