Prefeito de São Paulo insinuou que irregularidades na lista de adesões do PSD podem ter sido produzidas por rivais políticos
Álvaro Campos e Daiene Cardoso, da Agência Estado
SÃO PAULO - O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, insinuou nesta quarta-feira, 29, que a existência de assinaturas de eleitores mortos na coleta de adesões para a criação do PSD pode ser obra de adversários políticos. O problema foi identificado pela Justiça Eleitoral em uma lista de apoio de eleitores de Santa Catarina.
Epitacio Pessoa/AE
Kassab e o governador paulista, Geraldo Alckmin (PSDB), no evento de entrega das obras da CPTM
"Não é o primeiro partido que é feito no País. Nós temos mais de 20. A homologação perante a Justiça Eleitoral é justamente para que sejam identificados esses problemas. Só falta imaginar que um partido de 500 mil assinaturas vai usar desse recurso. Às vezes é brincadeira, às vezes é adversário. É evidente que não tem por trás o objetivo do partido. Seria até infantilidade", disse Kassab, durante evento de entrega das obras de modernização da Estação Pinheiros da Linha 9 - Esmeralda, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).
O prefeito de São Paulo vem enfrentando resistência de outras siglas contra a criação do PSD, principalmente do DEM, partido que ele deixou em março. Recentemente, Kassab chegou a discutir com o secretário estadual de Desenvolvimento Social, Rodrigo Garcia (DEM), seu antigo aliado. O prefeito teria reclamado da interferência de Garcia na criação da nova sigla.
Na semana passada, o prefeito havia dito que as assinaturas de eleitores mortos eram fruto da "inocência" de seus correligionários, os quais têm uma missão difícil de coletar milhares de assinaturas. "Não é má-fé dos dirigentes do partido. Isso é imperfeição ou inocência de algum apoiador. É inocência não checar", afirmou, na ocasião. De acordo com Kassab, seu novo partido já conseguiu cerca de 1,2 milhão de assinaturas, mais que o dobro do necessário para dar entrada no registro da sigla junto à Justiça Eleitoral.
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