Luis Guilherme é pré-candidato pelo PSOL

do jornal da estância

             

Continuando a série de entrevistas com os pré-candidatos a sucessão do Prefeito Efaneu, fomos ou vir Luis Guilherme Campos de Oliveira, 48 anos, Engenheiro de Alimentos, Diretor de Turismo e Desenvolvimento Econômico no Governo Efaneu 2005 e filho do ex-prefeito Mario Luis Campos de Oliveira.  Luis Guilherme é o pré-candidato do PSOL.

JE – Você é pré-candidato a sucessão do Prefeito Efaneu?

Luis Guilherme – Sim sou pré-candidato pelo Psol (Partido do Socialismo e Liberdade),

JE – Qual a avaliação que você faz do governo Efaneu?

Luis Guilherme – A avaliação que eu faço do atual governo é mais ou menos como a locomotiva que foi adquirida, a Maria Fumaça, não tem projeto, não sabe para onde ir, não existe uma linha ligada ao desenvolvimento, é isso que a gente vê em todas as áreas.

JE – O que você faria diferente?

Luis Guilherme – Quase tudo.  A primeira questão é participação popular, transparência na administração pública, São Roque precisa ser desenvolvimentista, a arrecadação municipal é muito baixa, a renda per capita é muito baixa, temos que trazer indústrias não poluentes, melhorar todo o sistema de saúde, educação.  O esporte e a cultura estão totalmente abandonados.  Nós faríamos muitas modificações em todas as áreas, principalmente no setor de obras.  São Roque hoje para realizar qualquer obra por menor que seja, acaba contratando empresas de fora que acabam levando nosso dinheiro embora, não gerando empregos e muito menos fomentando nossa economia.  A cidade tem que ser administrada como se fosse uma “cidade estado”.  O Produto Interno Bruto é de R$ 1 bilhão e cem milhões, a Prefeitura é responsável por cerca de 15% desse número.  Cada vez que ela faz uma aquisição de qualquer produto de fora você está deixando de colocar dinheiro na cadeia produtiva o que é fundamental para quem já tem uma arrecadação baixa.  No setor de educação, todo mundo sabe do problema grave que está acontecendo com as licitações, tanto que o Ministério Público está apurando.  E ainda 30% do que está sendo consumido na merenda escolar deve ser comprado da cadeia produtiva local.

JE – Em edição anterior o prefeito Efaneu afirmou que seria necessário de 20 a 30 anos para se consolidar o desenvolvimento da cidade.  Como você analisa essa questão?

Luis Guilherme – Talvez nós precisássemos de um pouco menos de tempo.  Provavelmente algo em torno de 12 anos para você fazer uma transformação, isso se não houver uma interrupção do trabalho.

JE – Quais seriam os seus principais projetos numa eventual vitória nas eleições 2012?

Luis Guilherme – O principal projeto é trazer indústrias não poluentes.  Não adianta trazer uma série de pequenas indústrias.  Nós precisamos gerar receita, receita com ICMS que depois retorna ao município com o Fundo de Participação Municipal, para aumentar a renda e a receita da Prefeitura, com isso você pode realizar mais obras.  Nas margens da Rodovia Catello Branco, do km 58 ao 63, onde foi feito alteração recentemente do Plano Diretor para que pudesse ser instalado bairros residenciais no sentido São Paulo a Sorocaba, e no oposto implantação de empresas de serviços, nós vamos estar promovendo uma grande revolução no setor de serviços e tentando colocar São Roque no cenário nacional e internacional com a vinda de Universidades, e também construindo um grande centro de eventos.

JE – Como você vê o direcionamento do turismo para determinadas áreas da cidade em detrimento do centro?

Luis Guilherme – Existem hoje em São Paulo 67 municípios que são Estâncias Turísticas ou Balneárias, algumas das quais só optaram por tal situação para captar recursos do DADE.  São Roque recebe cerca de três milhões por ano desses recursos, e eles não tem sido destinados a área do Turismo, Se todo esse dinheiro fosse canalizado para o Turismo nós estaríamos numa posição melhor.  A indústria do vinho não precisa de recursos, pois ela já está bem encaminhado.  No centro nós precisamos fazer uma transformação grande, a Brasital está abandonada, ela precisa ser revitalizada.  No centro nós deparamos com uma reforma grande na Praça da Matriz realizada há alguns anos pelo mesmo prefeito.  E agora está se estudando uma nova reforma, sem participação popular, São Roque perdeu toda a história do município, essa reforma foi feita sem o menor estudo urbanístico, sem a participação de arquitetos, colocou-se árvores inadequadas na Praça da Matriz, existe um grande problema de poluição visual que precisa ser resolvido a médio prazo.

Nós precisamos criar uma área de turismo com os pontos de visitação onde o turista possa encontrar o comércio aberto nos finais de semana, porque nós temos bons restaurantes, bons locais o que precisamos é melhorar nossa infra-estrutura, e um problema grande também é a falta de vaga para estacinamento.

JE – Como você avalia as coligações dentro do processo eleitoral?

Luis Guilherme – Olha, nós estamos conversando com PT, também com outros partidos, inclusive o PMDB, porém há algumas indicações de que será proibido coligações ao menos para vereadores e vai ficar somente no cargo majoritário.  Então, nós trabalhamos com a possibilidade de estar eventualmente coligados com o PT, ou irmos de chapa pura.

JE – Qual mensagem que você deixa para o eleitor de São Roque?

Luis Guilherme – A mensagem principal é que eu venho para fazer grandes transformações, estamos saindo candidato a prefeito porque os candidatos que estão por aí não tem condições de fazer estas grandes transformações.  Evidentemente que quatro anos não seria suficiente para redirecionar o desenvolvimento da cidade.  São Roque está estagnada e nós precisamos sair desta situação.