Preso ex-candidato acusado de mandar matar prefeito de Jandira




A Polícia Civil prendeu nesta quarta-feira o ex-candidato a vereador Anderson Luiz Elias Muniz, o Ganso, acusado de ser um dos mandantes do assassinato do prefeito de Jandira (SP) Walderi Braz Paschoalin, morto a tiros em dezembro de 2010.

Muniz foi localizado em Santa Cruz do Rio Pardo (346 km de SP), em cumprimento de mandado de prisão.
Ele havia sido denunciado (acusado formalmente) pelo Ministério Público em fevereiro como mandante do crime, com Sérgio Paraízo (ex-secretário de Governo de Jandira) e Wanderley Lemes de Aquino (ex-secretário de Habitação).
A Promotoria denunciou ainda Adilson Alves de Souza, o Alemão ou Dilsinho; Lázaro Teodoro Faustino, o Lazinho; Lauro de Souza, o Negão; e o ex-policial militar Robson da Silva Lobo.
O CRIME
O assassinato aconteceu quando o prefeito de Jandira chegava a uma rádio da cidade para participar de um programa semanal. Na ocasião, ele foi baleado por dois atiradores que o atingiram com ao menos 13 tiros de fuzil e submetralhadora. O motorista e segurança do prefeito também foi atingido.
Segundo a denúncia da Promotoria, o prefeito foi morto porque demitiu Paraízo, seu antigo colaborador, e por conta de desentendimento com Aquino, que também pretendia demitir do cargo.
O documento afirma ainda que havia vários esquemas de corrupção na Prefeitura de Jandira, envolvendo desvios de dinheiro público, licitações fraudulentas, superfaturamento e nomeação de funcionários fantasmas.
Na versão do Ministério Público, os ex-secretários tramaram a morte do prefeito a fim de assumir o controle desses esquemas e contrataram os outros quatro denunciados para executar o crime.
Robson, um ex-policial militar, ficou encarregado de conseguir as armas. Na véspera do assassinato, foi visto recebendo grande quantia em dinheiro e se encontrou com Alemão na mesma noite.
Segundo a Promotoria, as investigações apontaram que o carro onde estavam o prefeito e o motorista foi interceptado por um Polo ao chegar à emissora de rádio. Adilson e Lázaro desceram do carro e dispararam várias vezes, matando o prefeito e ferindo o motorista. Lauro de Souza lhes dava cobertura.
Seguidos por Lauro os dois fugiram até a estrada das Pitas e entregaram as armas para um homem em um carro prata. Adilson e Lázaro foram presos perto dali, e a polícia encontrou um veículo prata na estrada.
Todos foram denunciados por homicídio triplamente qualificado e por tentativa de homicídio.
O advogado de Paraízo, Ademar Gomes, afirma que não há consistência nas provas. "As provas contra ele são muito fracas. Pode ser que existam indícios muito frágeis, porque tudo pode ser indício para uma denúncia, mas não há consistência nas provas. Na minha convicção, ele é inocente", diz.
Apu Gomes/Folhapress
Imagem mostra marcas de tiros no carro onde estava Paschoalin
Imagem mostra marcas de tiros no carro onde estava Paschoalin

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