Elvis Pereira / JORNAL DA TARDE - O Estado de S.Paulo
O publicitário Guilherme, de 23 anos, esperava o trem na Estação Jabaquara do Metrô, no dia 10, quando um homem dizendo estar armado se aproximou e exigiu seu celular. O ladrão tomou o aparelho e fugiu. Como ele, outros passageiros têm sido assaltados nos trens da capital. Entre janeiro e maio, a polícia registrou 106 roubos em linhas do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), média de cinco por semana.
Os crimes na rede metroferroviária se concentram nos acessos e corredores das estações - não há um ponto de maior incidência nem horário específico. Não há notícia de casos dentro dos vagões. Afirmando estar armados, os assaltantes, sozinhos ou em grupo, pedem celular, dinheiro e carteira. E fogem na direção da rua.
Na maioria das vezes, o criminoso diz estar armado, mas não chega a exibir a arma. Mesmo assim, policiais recomendam às vítimas que não reajam.
Segundo dados da Secretaria da Segurança Pública, houve 18 assaltos em janeiro, 28 em fevereiro, 20 em março, 24 em abril e 16 em maio. Seis desses roubos foram cometidos contra farmácias de estações. Os demais são ataques a passageiros. Vinte e dois adultos foram presos e 8 adolescentes, apreendidos.
Para a polícia, o número é baixo, considerando que 5,1 milhões de pessoas circulam diariamente pelas cinco linhas do Metrô e seis da CPTM. O mesmo é alegado pela assessoria do Metrô, uma vez que "houve o registro de um ocorrência de segurança pública para cada um milhão de passageiros transportados". Não é possível comparar os dados com igual período do ano passado, pois, à época, o governo do Estado não divulgava estatísticas por delegacias, como hoje.
Mortes. Nos primeiros cinco meses do ano, as linhas de trem também registraram 118 casos de lesão corporal dolosa (quando há intenção), 1 estupro e 2 homicídios. As mortes aconteceram entre janeiro e fevereiro.
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