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do Jornal do Brasil
A Polícia Civil de Minas Gerais prendeu nesta terça-feira todos os nove vereadores da cidade de
Fronteira (MG), na divisa com São Paulo. Os vereadores, que respondem
por peculato e formação de quadrilha em processo por desvio de verbas,
se preparavam para prestar depoimento na manhã de hoje, no fórum da
Comarca de Frutal (MG), cidade vizinha, quando foram comunicados da
prisão e levados para a Cadeia Pública da cidade.
Os parlamentares estavam afastados dos seus cargos desde
o dia 8 de fevereiro, substituídos por suplentes devido a uma
determinação do Ministério Público Estadual, que abriu ação para
investigar indícios de fraudes de mais de R$ 570 mil na Câmara de
Fronteira.
A prisão preventiva, segundo a assessoria de imprensa do MP de Minas, foi pedida pelo promotor Alan Baena, que não quis dar entrevistas.
O órgão informou que vai divulgar nota oficial sobre as prisões. O
delegado de Frutal, Rodolfo Rosa Domingos, também não quis se manifestar
por enquanto, mas confirmou que os vereadores seguem detidos.
Segundo
o MP, os parlamentares deram prejuízo de mais de R$ 500 mil ao fazer
uso irregular de verbas entre janeiro de 2009 e setembro de 2010. Neste
período, eles teriam feito uso de uma lei para desviar de forma
fraudulenta verbas indenizatórias. A lei, criada em 2008, autoriza os
vereadores a reembolsar até R$ 3 mil por mês como indenização por
atividade parlamentar, mas eles teriam usado despesas particulares para justificar os gastos.
Em
uma das despesas, o MP constatou gasto com 169 mil litros de
combustível no período. De acordo com o órgão, o que mais irritou os
promotores foi o fato de os vereadores terem ignorado alertas das
autoridades, continuando a adotar o mesmo procedimento. Nesta semana, o
MP identificou movimentação dos vereadores para atrapalhar as
investigações, o que gerou os pedidos de prisão. |
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