De São Paulo
A agência de classificação de risco
S&P (Standard & Poor's) elevou a perspectiva da nota soberana
("rating") do Brasil em moeda local de estável para positiva. Revisar
a perspectiva indica que, no curto prazo, a nota pode ser elevada.
O "rating" é uma opinião
sobre a capacidade de um país ou uma empresa saldar seus compromissos
financeiros.
Entenda o que é
"rating" ou nota de risco
Agência de classificação de risco eleva nota do Brasil
Moody's eleva nota do Brasil para 'Baa2'; perspectiva é positiva
Agência de classificação de risco eleva nota do Brasil
Moody's eleva nota do Brasil para 'Baa2'; perspectiva é positiva
A mudança na perspectiva da nota
representa o primeiro passo antes de uma elevação do "rating".
Atualmente, o Brasil possui "ratings" BBB-/A-3 em moeda estrangeira e
BBB+/A-2 em moeda local pela S&P.
Segundo a agência, a elevação reflete
as alterações adotadas em sua metodologia de avaliação de "ratings"
soberanos, adotadas a partir de 30 de junho. A perspectiva em moeda estrangeira
já havia sido elevada para positiva em 23 de maio.
Segundo o comunicado da agência, a
perspectiva positiva leva em consideração fatores que garantem a estabilidade
macroeconômica do país que darão continuidade ao fortalecimento da economia nos
próximos anos, como a redução gradual das limitações fiscais e do risco a
choques externos.
No dia 11 de agosto, a agência japonesa
R&I Japan elevou a nota do Brasil. A japonesa não é tida como uma das
principais classificadoras de risco, mas a mudança representou o primeiro sinal
de uma possível elevação da nota por outras agências depois de o país atingir grau de investimento,
em 2008.
| ||
|
CREDIBILIDADE
As agências de classificação de risco
passam por um momento de crise de credibilidade por não terem conseguido prever
os recentes problemas econômicos enfrentados por países como a Itália, Portugal
e os Estados Unidos. As agências mais tradicionais são Fitch, Moody's e S&P
(Standard & Poor's).
No dia 5, a S&P rebaixou a nota da dívida americana de
AAA para AA+ devido aos riscos políticos e ao peso da dívida americana em
relação ao PIB (Produto Interno Bruto).
Segundo o comunicado, o rebaixamento da
maior potência mundial reflete a opinião da S&P de "que o plano de
consolidação orçamentária que o Congresso aprovaou recentemente fica aquém do
que, na nossa visão, é necessário para estabilizar a dinâmica do débito do
governo a médio prazo".
A disputa entre os partidos --Democrata
e Republicano-- sobre a política fiscal americana também deixou a agência
pessimista sobre a capacidade dos EUA conter o deficit.
Nesta terça-feira (23), o presidente da
S&P deixou o cargo, encerrando duas semanas de controvérsias após o
rebaixamento da nota de crédito dos EUA pela agência, que gerou um impasse com
o Tesouro americano. Fontes do mercado financeiro acreditam que a queda do
executivo tenha relação com o rebaixamento da maior economia mundial.
O corte de um ponto no
"rating" do país, tirando-o do status "AAA", não foi
seguido por outras agências de risco e gerou a maior baixa em três anos nos
mercados globais de ações, sendo criticada por autoridades do Tesouro e do
governo do presidente Barack Obama, por conta da metodologia usada pela
S&P.
Nenhum comentário:
Postar um comentário