23/08/2011

Banheiro de Cumbica é o 3º pior entre 15 terminais



Nataly Costa - O Estado de São Paulo


Consultoria avaliou itens como manutenção e limpeza em aeroportos de cidades-sede da Copa de 2014; Congonhas aparece como o mais limpo, mas instalações sanitárias são insuficientes. 

A qualidade dos banheiros do Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, é a terceira pior entre os 15 aeroportos das cidades-sede da Copa de 2014. É o que diz um estudo divulgado ontem pela consultoria H2C, que avaliou itens como manutenção, limpeza, conforto e o potencial de economia de água em cada um.
Cumbica. Item 'limpeza' foi o mais mal avaliado no aeroporto - Tiago Queiroz/AE
Tiago Queiroz/AE
Cumbica. Item 'limpeza' foi o mais mal avaliado no aeroporto
Cumbica tem 401 sanitários e ganhou nota 5,08 na avaliação geral - o item limpeza ficou com 3,5. Vazamentos, falta de manutenção corretiva, cabines pequenas, sanitários interditados e filas constantes na área de desembarque foram os principais problemas apontados.
Os piores banheiros entre os aeroportos das 12 cidades-sede são os do Aeroporto Marechal Rondon, em Cuiabá, que ficou com nota 4,08, e o Eduardo Gomes, em Manaus, com 4,83. Congonhas, na zona sul de São Paulo, aparece no topo do ranking como o mais limpo e mais sustentável. Mesmo assim, a análise constatou que o número de torneiras, bacias e mictórios é insuficiente para a demanda.
Movimentados, os banheiros dos dois aeroportos da Região Metropolitana de São Paulo também são por onde transita mais gente: mais de 34 usuários por minuto em Cumbica e quase 20 por minuto em Congonhas, que tem 77 sanitários.
A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) diz que as obras em andamento nos aeroportos das cidades-sede já contemplam reformas nos banheiros e instalação de novos sanitários.
A estatal diz ainda que a fiscalização da manutenção e da limpeza dos banheiros já é feita de maneira sistemática. "O que irrita não são as filas, mas sempre tem uma ou duas cabines interditadas por falta de manutenção. Até tem banheiro suficiente, mas falta limpeza", diz o estudante de Administração Jader Ferreira, de 24 anos, que viaja com frequência pelos Aeroportos de Cumbica e de Congonhas.
Acessibilidade. Outro ponto analisado foi a questão da acessibilidade, no que os aeroportos se saíram bem: apenas o de Confins, na região metropolitana de Belo Horizonte, não tem banheiros acessíveis.
Segundo a análise, a maioria dos aeroportos visitados não tem torneiras nem mictórios eletrônicos, que seriam mais sustentáveis e higiênicos. A nota diz que o quesito higiene é preocupante: "além de lixeiras danificadas, ausência de papel higiênico e papel para secagem de mãos, observamos assentos de bacias com marcas de ferrugem e restos de fezes".
No quesito sustentabilidade, o Tom Jobim, no Rio, saiu à frente: é o único dos 15 a contar com um sistema de aproveitamento de águas pluviais. Para Paulo Costa, especialista em uso racional da água e autor do estudo, é preciso uma gestão mais eficiente dessa área. "Minha visão foi de usuário, um olhar crítico de quem usa esses aeroportos."

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