Por Jodie Ginsberg e Stefano Ambrogi
LONDRES (Reuters) - Jovens confrontaram a polícia na madrugada de quarta-feira em várias cidades inglesas, mas Londres, ocupada por milhares de policiais, esteve tranquila, após três noites turbulentas.
Manchester, Liverpool (ambas no noroeste inglês) e Birmingham (no centro) registraram os piores incidentes. Em Birmingham, a polícia abriu inquérito para investigar a morte de três muçulmanos atropelados em meio aos distúrbios.
Um amigo dos homens disse à rádio BBC que eles participavam de um grupo anglo-asiático que se dispôs a proteger seu bairro contra saqueadores. "O carro avançou contra eles, foi um homicídio a sangue frio", disse o amigo.
Os distúrbios começaram no sábado na zona norte de Londres, depois de um protesto pacífico contra um incidente em que um homem foi baleado por policiais dois dias antes.
As autoridades colocaram 16 mil policiais nas ruas - 10 mil a mais do que na véspera -, numa demonstração de força contra os grupos de jovens mascarados que saquearam lojas e queimaram carros e edifícios nas três noites anteriores.
Stephen Kavanagh, subcomissário-assistente da Polícia Metropolitana de Londres, disse que a mobilização irá se repetir na quarta-feira. "Esta noite vamos nos planejar para o pior outra vez, é isso que Londres merece", disse ele à rádio BBC.
O primeiro-ministro David Cameron, que interrompeu suas férias na Itália por causa dos incidentes, vai comandar na quarta-feira uma segunda reunião do Cobra, comitê governamental de reação a crises. Ele convocou o Parlamento a interromper seu recesso de verão, o que é raro.
Em Manchester, jovens encapuzados confrontaram a polícia, quebrando vidraças, saqueando estabelecimentos comerciais e incendiando uma loja de roupas. Na vizinha Salford, desordeiros atiraram tijolos na polícia e incendiaram prédios. Um cinegrafista da BBC foi atacado. Imagens de TV mostraram carros e lojas em chamas. Continuação...
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