CAMILLA HADDAD
Três famílias ficaram reféns e enfrentaram torturas psicológicas e agressões em roubos a residências, no período entre 19h30 e 22h de quarta-feira. Os crimes foram no Portal do Morumbi, Bosque da Saúde e Jabaquara, na zona sul da capital. Houve dois tiroteios e um policial civil foi baleado. Em um caso, ladrões ameaçaram cortar o dedo de um consultor tributário. Do dia 1º até quarta, foram 92 ocorrências dessa natureza, uma média nove casos por dia.
Três famílias ficaram reféns e enfrentaram torturas psicológicas e agressões em roubos a residências, no período entre 19h30 e 22h de quarta-feira. Os crimes foram no Portal do Morumbi, Bosque da Saúde e Jabaquara, na zona sul da capital. Houve dois tiroteios e um policial civil foi baleado. Em um caso, ladrões ameaçaram cortar o dedo de um consultor tributário. Do dia 1º até quarta, foram 92 ocorrências dessa natureza, uma média nove casos por dia.
O primeiro dos ataques de quarta foi ao imóvel de uma mulher de 67 anos, moradora da Rua Teodoro Maldonado, no Portal do Morumbi. Ela estacionou seu carro, um Toyota Corolla, na frente da casa e, ao colocar a chave no portão, um homem segurou sua mão. “Está lembrada de mim?”, perguntou o criminoso, ao lado de dois comparsas. O trio queria entrar, pedia joias e dinheiro. A mulher lutou com um deles, foi arranhada, teve os cabelos puxados e foi arremessada contra o asfalto.
Mesmo ferida, ela gritou por socorro. Um investigador de 40 anos, que atua no Grupo de Combate a Facções Criminosas do Deic, passou de carro e tentou ajudá-la. Ao render dois homens, ele acabou baleado no braço e na barriga por um terceiro, que dava cobertura ao assalto. O investigador também atirou, mas o trio fugiu em um Fiat Siena, levando a bolsa da moradora, que ainda se recuperava de uma cirurgia na perna. O policial está internado e não corre risco de morte (leia mais ao lado).
Às 22h, ladrões renderam a família de um engenheiro, de 44 anos, na Rua Oscar Bressani, Bosque da Saúde. Ele estava no carro com a mulher, também engenheira, e, ao descer para abrir o portão de casa foi surpreendido por três homens armados. Enquanto estive com as vítimas, o trio ordenou que ninguém olhasse para eles, para evitar serem identificados. Da casa foram levadas chaves, dinheiro, cartões, máquinas digitais, celulares e dinheiro.
Meia hora depois, mulher, filha e genro de um administrador de 47 anos viveram o mesmo terror. Temendo assaltos, ele sempre dá voltas no quarteirão antes de embicar na garagem de casa, na Rua Aprígio Rego Lopes, no Jabaquara. Depois da ronda, acionou o controle do portão e parou. Mas, em segundos, um carro Hyundai ix-35 parou logo atrás e quatro assaltantes o mandaram entrar.
A família o esperava para jantar, mas também acabou rendida, sob a mira de revólveres. Um vigia de rua também foi rendido com outro casal e levado para dentro do imóvel. Na saída, o bando encontrou uma viatura da Polícia Militar e trocaram tiros por cinco minutos. Três assaltantes fugiram e outro, baleado, acabou preso ao ir para um hospital do bairro. Ele foi identificado como Gerson dos Santos, professor, de 26 anos.
“Eram muito violentos, falaram que eram profissionais em roubos de mansão e que para matar um ali era muito fácil”, contou uma pedagoga, de 49 anos, dona da casa. “Uma hora disseram que se não mostrássemos o cofre iam cortar o dedo do meu genro com uma faca de cozinha, mas não tinha cofre nenhum.”
Policiais do 27.º Distrito Policial, do Campo Belo, onde o caso foi registrado, têm chamado outras vítimas para reconhecer pertences encontrados no ix-35, que foi abandonado pelos assaltantes na mesma região.
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