23/08/2011

Justiça manda soltar três acusados pelo assassinato do prefeito de Jandira


por Bruno Siffredi
Marcelo Godoy e Fausto Macedo, de O Estado de S.Paulo
A Justiça mandou soltar três dos acusados pelo assassinato do prefeito de Jandira (SP) Braz Paschoalin (PSDB), entre eles o ex-secretário municipal da Habitação, Wanderlei Lemes de Aquino – apontado como um dos mandantes da execução.
Aquino só não será solto porque contra ele existem outras duas ordens de prisão preventiva, decretadas em outros casos investigados pelo Ministério Público Estadual.
Mas serão colocados em liberdade os outros dois acusados, Sérgio Paraízo, ex-secretário municipal de Governo em Jandira, e Anderson Muniz, tidos como intermediários entre os mandantes e os pistoleiros.
Paschoalin foi assassinado em 10 de dezembro de 2010, uma sexta feira, em frente a uma emissora de rádio.
A polícia e o Ministério Público concluíram que ele foi vítima de uma briga pelo poder – o tucano teria decidido afastar da administração secretários que detinham orçamentos alentados e que estariam envolvidos em atos de corrupção.
A decisão de soltar os acusados e revogar a prisão de Aquino foi tomada depois que uma testemunha recuou no depoimento em que acusava os três.
Essa testemunha negou que tivesse prestado depoimento na polícia contra os réus.
O problema é que sumiu do processo o depoimento com a assinatura da testemunha e a dos delegados que investigaram o caso.
Não havia, portanto, como provar que a testemunha havia dito, daí a decisão da Justiça, com a qual o Ministério Público Estadual concordou.
“Mas eu mandei duas cópias dos depoimentos com as assinaturas para o fórum e ambas extraviaram”, afirmou o delegado Zacarias Katzer Tadros.
A polícia indiciou 12 suspeitos pela morte do prefeito.
Somente os três acusados de atirarem contra o prefeito continuam presos – um quarto acusado está foragido.
Os outros respondem à acusação em liberdade. O delegado abriu um novo inquérito no caso. Desta vez, para apurar o sumiço dos depoimentos

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