Karina Trevizan
Cerca de 2.500 moradores do Morumbi, zona sul, e também de outras áreas da capital fizeram um protesto na manhã deste domingo em frente ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, contra os frequentes assaltos no bairro. Eles pediram a criação de uma base da Polícia Militar dentro da favela de Paraisópolis e o aumento do número de policiais da corporação no Morumbi. Na semana passada, um morador foi atingido por um tiro de fuzil durante um roubo a residência.
Vestindo camisetas brancas com a inscrição “SOS Morumbi”, os moradores fizeram um abraço simbólico na Praça Vinícius de Moraes, um apitaço e soltaram bexigas brancas. De janeiro a julho deste ano, 21 casos de assaltos e furtos foram registrados pela Polícia Civil no Morumbi.
O capitão Emerson Massera Ribeiro, porta-voz da PM, disse ontem que a corporação já tem estudos na região para organizar um policiamento comunitário na Favela de Paraisópolis. “Há outros recursos, como base móvel ou aumento da utilização de viaturas. Precisamos analisar com cautela para ver se a base fixa é mesmo a medida mais adequada”, explica. Com relação ao efetivo da PM no Morumbi, o oficial afirma que há mais policiais circulando no bairro, sem citar números.
A manifestação começou a ser organizada há dois meses pela internet, no site de relacionamentos Facebook. Uma corretora de imóveis de 46 anos, que preferiu não se identificar, criou a página após seu filho, de 20, ser assaltado com um grupo de amigos em frente a um prédio no Real Parque.
Durante o evento, os organizadores distribuíram camisetas e água mineral aos participantes. O protesto foi patrocinado por 24 empresas, entre elas escolas, uma padaria, salão de beleza, imobiliárias e uma seguradora.
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