Folha de S.Paulo
Documentos usados pelo PSD para formalizar a criação de diretórios municipais em pelo menos três Estados reproduzem o mesmo texto para descrever diferentes reuniões que teriam sido realizadas por militantes do novo partido, repetindo até erros de português.
A criação da nova sigla é bancada pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab.
A reportagem obteve cópias das atas que descrevem a formação dos diretórios do PSD em 11 cidades, espalhadas pelas regiões Nordeste, Centro-Oeste e Sul do país.
Os documentos deveriam relatar encontros para a eleição de dirigentes da legenda, mas são todos idênticos, inclusive no relato de intervenções elogiosas à sigla atribuídas a diversas pessoas. Só o que difere as atas são os nomes dos participantes da reunião, a data e o endereço.
A constituição de diretórios municipais é uma exigência para a formalização do novo partido. Resolução do Tribunal Superior Eleitoral prevê que, após a coleta de assinaturas, o PSD deve formalizar diretórios em pelo menos 5% dos municípios de nove Estados.
Esses Estados terão de formalizar a escolha de dirigentes. A sigla, então, entregará as assinaturas e a prova da constituição dos diretórios --as atas-- ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral), que, após conferência, decidirá sobre o registro estadual. Só quando finalizar esse processo em pelo menos nove unidades da federação, o PSD poderá pedir o registro definitivo ao TSE.
Procurado pela reportagem, o ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral Carlos Velloso explicou que, ao assinar as atas, os participantes validam o registro da reunião.
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