Vereadores e sociedade debatem hoje problemas de atendimento
Leandro Nogueira
leandro.nogueira@jcruzeiro.com.br
Até as 21 horas de ontem o interventor do Conjunto Hospitalar de Sorocaba (CHS), Luís Cláudio de Azevedo Silva, não havia respondido se comparecerá ou não à Câmara Municipal, às 9h30 de hoje, para dar explicações aos vereadores e sociedade sobre o funcionamento e atendimento no complexo hospitalar depois da intervenção. O convite por ofício foi entregue ontem à tarde e em mãos ao interventor, pelo presidente da Câmara, Mário Marte Marinho Júnior (PPS), no CHS.
A imprensa foi proibida pelo interventor de acompanhar o encontro que ocorreu por volta das 15 horas e durou cerca de 20 minutos. Além do convite por escrito o vereador diz que argumentou sobre a importância do interventor manifestar-se publicamente na Câmara. Luís Azevedo Silva comprometeu-se em informar até o início da tarde se iria, já que precisava da autorização da Secretaria de Estado para falar publicamente sobre o assunto. Mas segundo a assessoria de comunicação da Câmara, a única informação que chegou até o início da noite foi a de que o ofício havia sido entregue ao secretário estadual de Saúde.
"Estamos fazendo o que é possível para resguardar os direitos da população em relação ao atendimento no Conjunto Hospitalar", divulgou em nota à imprensa por volta das 19h40 de ontem, o presidente da Câmara que afirmava estar confiante na visita. A secretaria de Estado da Saúde também foi consultada pelo Cruzeiro do Sul se houve autorização para o interventor Luís Cláudio de Azevedo Silva comparecer à Câmara, mas deixou de responder a esse questionamento.
Problemas continuam
Faz cerca de 40 dias que teve início a intervenção, mas bastaram alguns minutos nas imediações do Hospital Regional para que surgissem pessoas reclamando do atendimento. Entre elas, até mesmo uma funcionária do hospital, Maria Aparecida Pinto, 70 anos. Chorando, ela abordou o presidente da Câmara na rua, pedia ajuda e dizia que estava muito mal, com a pressão sanguínea constantemente em 22 ou 23 e só recebe remédio, porque não consegue agendar o exame de ecocardiograma pedido pelo médico há quatro meses.
Declara ter tentado o agendamento tanto no setor de diagnósticos como no ambulatório, mas sequer haveria uma lista de espera. "Eu que sou funcionária há 48 anos estou passando por isso, imagina uma pessoa que mora no mato e chega aqui?"", reclamava a atendente administrativa do CHS. A versão da Secretaria de Estado da Saúde, por meio da assessoria de imprensa, foi que Maria Aparecida faz acompanhamento ambulatorial para controle de hipertensão, foi indicada a realização de ecocardiograma, porém a paciente não compareceu no serviço para agendar o exame. "O Conjunto Hospitalar de Sorocaba irá entrar em contato com a paciente para orientá-la com relação ao procedimento", informou por meio de nota.
Na tarde fria de ontem, os pacientes continuavam sendo levados de maca até a rua para embarcar nas ambulâncias. Por volta das 16 horas, logo após a chuva, uma mulher que havia feito cirurgia de fêmur após acidente foi levada de maca pelo seu acompanhante, uma policial militar do Corpo de Bombeiros e motorista da ambulância de Araçariguama. Ela gemia e chegou a chorar com a trepidação da maca na calçada. "Não pôde entrar com a ambulância para retirar ela, a situação é precária", disse o autônomo que acompanhava a paciente, Ademir Ramos Cardoso, 35 anos.
Por meio da Secretaria de Estado da Saúde a direção do Hospital Regional de Sorocaba informou que o embarque e desembarque dos pacientes em atendimento no ambulatório continuam a acontecer no recuo localizado na rua Líbero Badaró, espaço sinalizado para tal procedimento e preparado para evitar que o paciente circule longos trajetos até o ambulatório do Conjunto Hospitalar. Informa que a direção do hospital orienta para que as ambulâncias deixem os pacientes na área de embarque e desembarque, e estacionem os veículos em outro local. "Nos últimos dias, entretanto, motoristas das ambulâncias municipais insistiram em deixar os carros estacionados no hospital, se dirigindo para outra entrada diferente da indicada para embarque e desembarque dos pacientes". Comprometeu-se a enviar ofício aos municípios da região reforçando procedimentos de embarque e de desembarque dos pacientes.
leandro.nogueira@jcruzeiro.com.br
Até as 21 horas de ontem o interventor do Conjunto Hospitalar de Sorocaba (CHS), Luís Cláudio de Azevedo Silva, não havia respondido se comparecerá ou não à Câmara Municipal, às 9h30 de hoje, para dar explicações aos vereadores e sociedade sobre o funcionamento e atendimento no complexo hospitalar depois da intervenção. O convite por ofício foi entregue ontem à tarde e em mãos ao interventor, pelo presidente da Câmara, Mário Marte Marinho Júnior (PPS), no CHS.
A imprensa foi proibida pelo interventor de acompanhar o encontro que ocorreu por volta das 15 horas e durou cerca de 20 minutos. Além do convite por escrito o vereador diz que argumentou sobre a importância do interventor manifestar-se publicamente na Câmara. Luís Azevedo Silva comprometeu-se em informar até o início da tarde se iria, já que precisava da autorização da Secretaria de Estado para falar publicamente sobre o assunto. Mas segundo a assessoria de comunicação da Câmara, a única informação que chegou até o início da noite foi a de que o ofício havia sido entregue ao secretário estadual de Saúde.
"Estamos fazendo o que é possível para resguardar os direitos da população em relação ao atendimento no Conjunto Hospitalar", divulgou em nota à imprensa por volta das 19h40 de ontem, o presidente da Câmara que afirmava estar confiante na visita. A secretaria de Estado da Saúde também foi consultada pelo Cruzeiro do Sul se houve autorização para o interventor Luís Cláudio de Azevedo Silva comparecer à Câmara, mas deixou de responder a esse questionamento.
Problemas continuam
Faz cerca de 40 dias que teve início a intervenção, mas bastaram alguns minutos nas imediações do Hospital Regional para que surgissem pessoas reclamando do atendimento. Entre elas, até mesmo uma funcionária do hospital, Maria Aparecida Pinto, 70 anos. Chorando, ela abordou o presidente da Câmara na rua, pedia ajuda e dizia que estava muito mal, com a pressão sanguínea constantemente em 22 ou 23 e só recebe remédio, porque não consegue agendar o exame de ecocardiograma pedido pelo médico há quatro meses.
Declara ter tentado o agendamento tanto no setor de diagnósticos como no ambulatório, mas sequer haveria uma lista de espera. "Eu que sou funcionária há 48 anos estou passando por isso, imagina uma pessoa que mora no mato e chega aqui?"", reclamava a atendente administrativa do CHS. A versão da Secretaria de Estado da Saúde, por meio da assessoria de imprensa, foi que Maria Aparecida faz acompanhamento ambulatorial para controle de hipertensão, foi indicada a realização de ecocardiograma, porém a paciente não compareceu no serviço para agendar o exame. "O Conjunto Hospitalar de Sorocaba irá entrar em contato com a paciente para orientá-la com relação ao procedimento", informou por meio de nota.
Na tarde fria de ontem, os pacientes continuavam sendo levados de maca até a rua para embarcar nas ambulâncias. Por volta das 16 horas, logo após a chuva, uma mulher que havia feito cirurgia de fêmur após acidente foi levada de maca pelo seu acompanhante, uma policial militar do Corpo de Bombeiros e motorista da ambulância de Araçariguama. Ela gemia e chegou a chorar com a trepidação da maca na calçada. "Não pôde entrar com a ambulância para retirar ela, a situação é precária", disse o autônomo que acompanhava a paciente, Ademir Ramos Cardoso, 35 anos.
Por meio da Secretaria de Estado da Saúde a direção do Hospital Regional de Sorocaba informou que o embarque e desembarque dos pacientes em atendimento no ambulatório continuam a acontecer no recuo localizado na rua Líbero Badaró, espaço sinalizado para tal procedimento e preparado para evitar que o paciente circule longos trajetos até o ambulatório do Conjunto Hospitalar. Informa que a direção do hospital orienta para que as ambulâncias deixem os pacientes na área de embarque e desembarque, e estacionem os veículos em outro local. "Nos últimos dias, entretanto, motoristas das ambulâncias municipais insistiram em deixar os carros estacionados no hospital, se dirigindo para outra entrada diferente da indicada para embarque e desembarque dos pacientes". Comprometeu-se a enviar ofício aos municípios da região reforçando procedimentos de embarque e de desembarque dos pacientes.
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