Dos 85 crimes cometidos no primeiro semestre, 74 são de autoria conhecida, em que os acusados estão presos ou respondem ao processo em liberdade
Marcelo Roma
marcelo.roma@jcruzeiro.com.br
A cada mês entre 10 e 15 pessoas são vítimas de violência sexual em Sorocaba. A maioria é de crianças e adolescentes, suscetíveis aos abusos dentro de casa. No ambiente doméstico, o autor está próximo. Geralmente é padrasto, vizinho, pai ou outro parente, como indicam os inquéritos instaurados este ano pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), que trata de crimes sexuais. Nem sempre a vítima sofre lesão. Com a mudança na legislação, em agosto de 2009, o que antes era atentado violento ao pudor passou a ser classificado também como estupro. A vítima portanto pode ser do sexo feminino ou masculino.
No primeiro semestre houve 85 casos de estupro na cidade, conforme a Secretaria da Segurança Pública (SSP). Em julho, que ainda será acrescentado à estatística pela DDM, foram sete vítimas adultas e sete adolescentes ou crianças. Mas considerando o semestre (janeiro a junho), foram 50 vítimas menores de 18 anos e 35 maiores, conforme dados da DDM. Dos 85 crimes, 74 são de autoria conhecida, em que os acusados estão presos ou respondem ao processo em liberdade.
A delegada Ana Luiza Salomone ressalta que nem todos os casos de violência sexual são denunciados à polícia, por meio de boletim de ocorrência. Para ela, ainda há uma "subnotificação". Por ignorância, medo ou outros motivos, as vítimas (ou mães no caso de menores de 18 anos) preferem não procurar a polícia. "É uma questão cultural e educacional." Ana Luiza lembra que muitas vezes os estupros em vulneráveis (crianças e adolescentes) chegam ao conhecimento da polícia por intermédio de professores, vizinhos ou por parentes mais distantes, como tios, avós ou primos. "A mãe prefere não acreditar no que a criança diz. Com isso, a violência sexual continua. É um ciclo que precisa ser interrompido", observa a delegada.
A criança ou adolescente muda o comportamento. Pode ficar quieta, retraída, chorar ou, por outro lado, apresentar-se agressiva, agitada. Não são apenas homens os autores de abusos sexuais. De acordo com a delegada, é raro, mas mulheres também praticam esse tipo de crime. Já houve caso de uma madrasta que molestou um menino. A quantidade de crimes sexuais não é alarmante em Sorocaba, considerando a população e em relação a outros municípios, diz Ana Luiza. Nos últimos três meses, a reportagem não teve acesso aos boletins de ocorrência de estupros registrados nos dois plantões policiais - por critério da Polícia Civil - e portanto não pôde noticiá-los, mesmo preservando nome, endereço e outras informações para não identificar a vítima.
marcelo.roma@jcruzeiro.com.br
A cada mês entre 10 e 15 pessoas são vítimas de violência sexual em Sorocaba. A maioria é de crianças e adolescentes, suscetíveis aos abusos dentro de casa. No ambiente doméstico, o autor está próximo. Geralmente é padrasto, vizinho, pai ou outro parente, como indicam os inquéritos instaurados este ano pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), que trata de crimes sexuais. Nem sempre a vítima sofre lesão. Com a mudança na legislação, em agosto de 2009, o que antes era atentado violento ao pudor passou a ser classificado também como estupro. A vítima portanto pode ser do sexo feminino ou masculino.
No primeiro semestre houve 85 casos de estupro na cidade, conforme a Secretaria da Segurança Pública (SSP). Em julho, que ainda será acrescentado à estatística pela DDM, foram sete vítimas adultas e sete adolescentes ou crianças. Mas considerando o semestre (janeiro a junho), foram 50 vítimas menores de 18 anos e 35 maiores, conforme dados da DDM. Dos 85 crimes, 74 são de autoria conhecida, em que os acusados estão presos ou respondem ao processo em liberdade.
A delegada Ana Luiza Salomone ressalta que nem todos os casos de violência sexual são denunciados à polícia, por meio de boletim de ocorrência. Para ela, ainda há uma "subnotificação". Por ignorância, medo ou outros motivos, as vítimas (ou mães no caso de menores de 18 anos) preferem não procurar a polícia. "É uma questão cultural e educacional." Ana Luiza lembra que muitas vezes os estupros em vulneráveis (crianças e adolescentes) chegam ao conhecimento da polícia por intermédio de professores, vizinhos ou por parentes mais distantes, como tios, avós ou primos. "A mãe prefere não acreditar no que a criança diz. Com isso, a violência sexual continua. É um ciclo que precisa ser interrompido", observa a delegada.
A criança ou adolescente muda o comportamento. Pode ficar quieta, retraída, chorar ou, por outro lado, apresentar-se agressiva, agitada. Não são apenas homens os autores de abusos sexuais. De acordo com a delegada, é raro, mas mulheres também praticam esse tipo de crime. Já houve caso de uma madrasta que molestou um menino. A quantidade de crimes sexuais não é alarmante em Sorocaba, considerando a população e em relação a outros municípios, diz Ana Luiza. Nos últimos três meses, a reportagem não teve acesso aos boletins de ocorrência de estupros registrados nos dois plantões policiais - por critério da Polícia Civil - e portanto não pôde noticiá-los, mesmo preservando nome, endereço e outras informações para não identificar a vítima.
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