15/09/2011

Estado de greve


Metalúrgicos paralisam fábricas, funcionários dos Correios interrompem atividades e vem mais por aí
Metalúrgicos param os serviços na Metalac e se manifestam pelo reajuste salarial de 10%: descontentes, eles ameaçam nova ação na segunda-feira 

Colaboração/Adriane SouzaMetalúrgicos param os serviços na Metalac e se manifestam pelo reajuste salarial de 10%: descontentes, eles ameaçam nova ação na segunda-feira
Tatiane Patron
Agência BOM DIA
Cinco categorias estão em estado de greve em Sorocaba e isso pode afetar diretamente a população. Estão parados os funcionários dos Correios, médicos pediatras e trabalhadores do setor têxtil. Na próxima semana também ameaçam parar os metalúrgicos e os bancários. Enquanto isso, os serviços utilizados pelos cidadãos e prestados por esses funcionários ficarão parados.
O Sindicato  dos Metalúrgicos de Sorocaba e região está mobilizando a categoria desde  1º de setembro. Nesta quarta-feira (14), os funcionários das fabricantes de autopeças Dana e Edsha cruzaram os braços. Já na Metalac, cerca de 200 trabalhadores fizeram uma manifestação das 6h às 9h. A reivindicação é pelo reajuste salarial acima de 10%, mas a classe patronal oferece 8,5%. O piso é de R$ 1 mil.
Domingo, às 9h, na sede do sindicato, na rua Júlio Hanser, 140, Lageado, haverá assembleia para que a categoria debata as propostas. Se não forem votadas, os 44 mil metalúrgicos prometem entrar em greve a partir de segunda-feira.
O Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) não quis se pronunciar sobre qual deve ser o prejuízo das indústrias caso a ameça se concretize.
Bancários / Os bancários também devem interromper os serviços a partir de quinta-feira da próxima semana. A categoria pede reajuste  de 12,38%, sendo 5% de ganho real.
Na terça-feira haverá a rodada de negociação quando serão debatidos assuntos como emprego, saúde, segurança e remuneração. Caso não sejam atendidos, os bancos estarão com as portas fechadas na quinta-feira.
Serviços simples e rotineiros, como o recebimento de boletos bancários não estarão disponíveis. O Sindicato dos Bancários de Sorocaba e região informa que há quatro mil trabalhadores nos 40 municípios que atende. Metade é de Sorocaba.
No ano passado a paralisação durou 15 dias, gerando protestos de clientes que formavam longas filas principalmente em frente as agências da região central.
Correios / Cerca de 50% dos trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos estão sem trabalhar  desde nesta quarta-feira (14). A entrega de correspondência deve atrasar nos próximos dias. A carga horária da categoria é de oito horas diárias e o piso salarial é de R$ 807. São cerca de 300 carteiros em Sorocaba. A solicitação é aumento de R$ 400 e reposição da inflação em 7,16%.
Médicos / Os médicos pediatras que fazem parte de convênios não atenderão até esta sexta-feira (16). A mobilização é em prol da qualidade do atendimento médico por meio dos planos de saúde.
A Sociedade Médica de Sorocaba ressalta que atendimentos de urgência e emergência estão sendo prestados normalmente.
Têxteis / Outros 300 funcionários da Cianê, indústria têxtil, estão sem trabalhar  há uma semana. O motivo é a falta de pagamento e de matéria-prima para produção.
Médicos param
Nos próximos dias, também aderem à greve os especialistas em cardiologia (16 a 19), ortopedia e traumatologia (19 e 20), pneumologia e tisiologia (21 a 23) e cirurgia plástica (28 a 30). Todos atendem por convênios.
Motivo
A intenção é ressaltar as condições de trabalho  no sistema privado de saúde e a diferença nos reajustes dos valores das consultas com as mensalidades e faturamento do setor.
129%
é o lucro das operadoras em 7 anos
Pouco reajuste
Já as consultas tiveram alta de apenas 44%.

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