do Jornal da Estância
A Dom Paulo Evaristo Arns,
durante os tempos terríveis da ditadura militar foi a voz dos sem voz...
Este artigo não é para defender bandidos, mas para impedir que jovens
que cometem deslizes na vida não sugados pelo inferno das cadeias e lá dentro
sejam instruídos para pertencerem ao exercito do crime.Trata-los como animais
não ressocializa e só ajuda o PCC.
Constantemente se ouve falar em
fugas da cadeia pública em
São Roque e o medo se instala na cidade. Segundo matéria do
jornal Cruzeiro do Sul a prisão teria capacidade de 45 presos e teria hoje
aproximadamente 145, ou seja, 2,5 vezes a sua capacidade. Todas as quintas
feiras se formam filas enormes para visitas dos infelizes ali postos. Vemos os
familiares levando pacotes para os presos seriam roupas e material de higiene.
O jornal Estado de São Paulo publicou denuncia que os familiares estão arcando
com custos excessivos visto que gastam até dois mil por mês para comprar papel higiênico, camisa e material de higiene
que deveria ser fornecido pelo governo estadual. A matéria cita caso de um
presídio da capital que o governo comprou meio metro de papel higiênico por ano
para cada preso.
Em muitos presídios a falta de
humanidade do governo estadual é a oportunidade perfeita para que o PCC ganhe
novos adeptos a cada dia, visto que faz o papel do Estado e fornece papel
higiênico, camisa e outros materiais de higiene pessoal. Infelizmente só percebemos
isso quando ocorre uma rebelião ou uma série de atentados como em 2006.
O governo paulista como faz na
educação, onde transformo a escola em depósito de crianças para poder
economizar recursos e transferir o ônus da formação para a sociedade. Agora faz
o mesmo na prisão e cada vez mais fortalece o crime organizado.
Em são roque não é diferente e
basta fazer uma pesquisa no site do governo paulista para descobrir que a única
coisa que o Estado fornece é alimentação, cujo custo do novo contrato assinado
em dezembro de 2010 chega a R$ 760 mil por 15 meses, feitas as contas se
descobre que há 170 presos na cadeia. Além disto, o gasto com alimentação dos
presos pulou quase 30% entre 2008 e 2010, saltando de R$ 391 mil para R$ 512
mil. Agora em 2011, cada vez mais lotada a cadeia deve ter gasto com
alimentação de R$ 615 mil, ou seja, um crescimento em três anos de 57%.
O governo paulista transfere
presos de outras cidade para a nossa cadeia e pouco dá a São Roque, lembro que
até julho nenhum centavo foi transferido para investimentos para a cidade e o
mesmo ocorre em Mairinque, onde se pretende instalar um presídio.
Deste modo, quando seres humanos são
tratados piores que animais, pensa-se que o governador do Estado de São Paulo,
com grande formação cristã deveria agir com um bom samaritano, mas infelizmente
age como um doutor da lei que prega uma coisa e faz outra. Lembro que o inferno
de Dante promovido nas cadeias públicas por omissão do governo paulista só
ajuda o PCC e outras organizações criminosas e permitem com que o exercito do
crime só cresça e com ele a violência.
Podemos até mudar a cadeia de
lugar, mas mais do que isto deve-se lutar para alterar a omissão criminosa do
governo paulista.
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