Avanço em duas décadas inclui expansão da coleta e
tratamento de esgoto, mas Tietê ainda parece morto na Região Metropolitana
Com 1,2 milhão de adesões a um abaixo-assinado - a
maior mobilização por uma causa ambiental na América Latina até hoje -, a
campanha de despoluição do Rio Tietê liderada pela então Rádio Nova Eldorado AM sensibilizou o governo estadual a dar início ao projeto de limpar o
curso d'água mais famoso de São Paulo. Após 20 anos, várias ações surtiram
efeito, como o aumento da coleta e tratamento de esgoto, reduzindo a mancha de
poluição numa extensão de 160 quilômetros.
Os moradores da Região Metropolitana, porém, ainda
não conseguem visualizar avanços na despoluição do rio - sua cor continua
negra, a água não se movimenta e o cheiro ainda incomoda. Segundo a Sabesp, a
melhora na qualidade da água ficará perceptível até 2015, quando 30 quilômetros
de rio que cortam a metrópole passarão a ter vida aquática e outros 30
quilômetros deixarão de ter odor desagradável. A previsão é de que, até 2020, o
rio inteiro deixará de ser fétido e 160 quilômetros do Tietê na Região
Metropolitana poderão abrigar peixes. Para o geógrafo Wagner Ribeiro, a
população deve fazer a sua parte, parando de usar o rio como depósito de lixo e
fiscalizando promessas e prazos do governo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário