24/09/2011

Polícia não vê motivos para culpar pai por ação de garoto


Léo Arcoverde e Folha de S.Paulo
do Agora
A delegada titular do 3º Distrito Policial de São Caetano, Lucy Mastelline Fernandes, afirmou ontem que até o momento não vê motivo para indiciar por homicídio culposo (sem intenção de matar) o pai do menino David, dez anos, que na quinta-feira baleou uma professora na escola municipal Professora Alcina Dantas Feijão, em São Caetano do Sul, e se matou em seguida.
Segundo a delegada, o guarda-civil Milton Evangelista Nogueira, 42 anos, pai de David e dono do revólver usado pelo menino, guardou a arma em um local "adequado".
Para Lucy, ele pode ser indiciado por negligência ou imprudência em relação ao revólver. Se isso acontecer, a delegada acredita que o pai pode receber o perdão judicial, quando o Judiciário reconhece o crime, mas considera que as consequências dele são tão severas que não é necessária a punição.
Até ontem, a polícia não sabia o que motivou o garoto. Também é investigado se ele agiu com premeditação.
Um dia antes, David teria comentado com colegas que mataria Rosileide, disse à polícia uma professora identificada como Priscila.
"Estamos investigando se ele falou mesmo isso", afirmou Lucy. Outra evidência seria o desenho em que David se retratava com armas ao lado de um professor.

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