Denúncias de servidores apontam que as irmãs não teriam sido afastadas das funções
Leandro Nogueiraleandro.nogueira@jcruzeiro.com.br
Apesar da liminar judicial que determina a exoneração das duas filhas do prefeito de Salto de Pirapora, Joel David Haddad (PDT), uma delas, Jamile Haddad, permanecia ontem no prédio da Assistência Social, uma das unidades da Secretaria da Promoção Social, exercendo desde 2005 o cargo de confiança (sem concurso público) de diretora municipal da Promoção Social e Habitação. O Cruzeiro do Sul fez imagens de Jamile atrás do balcão de atendimento ao público, às 16 horas de ontem, após receber denúncias de servidores que as irmãs não teriam sido afastadas das funções. Mesmo vendo a foto que flagrou Jamile ao seu lado, uma funcionária da repartição negava que a filha do prefeito estivesse no local.
O veículo de Jamile, um Honda Fit, cor vermelha, estava estacionado no quarteirão seguinte ao prédio da Assistência Social. Um homem o retirou assim que os funcionários públicos desconfiaram da movimentação da reportagem na rua. Momentos depois a própria Jamile passou dirigindo o veículo vermelho de placas idênticas ao que estava estacionado. Até o fechamento da edição nenhum representante da Prefeitura entrou em contato com a reportagem para justificar sua presença da diretora na repartição.
Na Prefeitura, por volta das 17h20, o Cruzeiro do Sul não encontrou ninguém que pudesse se manifestar ou informar o número do telefone de algum responsável para esclarecer se as filhas do prefeito haviam sido ou não exoneradas efetivamente pelo prefeito. Um guarda municipal disse que não tinha como contatar ninguém após o horário de expediente. A mãe de Jamile e ex-esposa do prefeito foi procurada em sua residência, no centro de Salto de Pirapora. Não forneceu o telefone ou endereço de Jamile ou do prefeito e declarou estranhar que a filha tivesse sido fotografada no local, afirmando que ela estava afastada do trabalho na Prefeitura.
Ao ver a imagem de Jamile no interior da sede da Assistência Social, o promotor de Justiça que apresentou a denúncia de nepotismo, Luiz Fernando Guinsberg Pinto, disse que após a publicação da reportagem notificará a Prefeitura para pronunciar sobre o que a profissional que deveria estar exonerada fazia na Assistência Social. Segundo o promotor, até ontem não havia sido anexado ao processo nenhuma das publicações de exonerações, tanto de Jamile como da irmã Jaqueline Haddad. A Prefeitura foi notificada no dia 8 de setembro sobre a decisão da exoneração, sob pena de multa diária de R$ 1 mil, caso desrespeite. A eventual autuação só pode ocorrer após o trânsito em julgado (condenação em última instância), segundo explicou Luiz Fernando Pinto.
Decisão da Justiça
Na segunda-feira da semana passada, dia 5, a Justiça determinou por liminar as exonerações das duas filhas do prefeito, após a acusação de nepotismo, feita pelo Ministério Público (MP). Joel David Haddad já havia recebido a mesma recomendação do MP e teve o prazo de 15 dias para se manifestar, mas conforme o promotor de justiça Luiz Fernando Guinsberg Pinto, o prefeito limitou-se a dizer que o caso seria avaliado.
A partir da decisão da segunda-feira o prefeito pode recorrer, mas com as filhas fora do cargo. Jamile Haddad ocupava a função de diretora municipal da Promoção Social e Habitação e desde agosto do ano passado, Jaqueline Haddad, a de diretora municipal da Administração desde agosto. Nas funções, cada uma delas recebia salários mensais de R$ 4.069,64.
Apesar da liminar judicial que determina a exoneração das duas filhas do prefeito de Salto de Pirapora, Joel David Haddad (PDT), uma delas, Jamile Haddad, permanecia ontem no prédio da Assistência Social, uma das unidades da Secretaria da Promoção Social, exercendo desde 2005 o cargo de confiança (sem concurso público) de diretora municipal da Promoção Social e Habitação. O Cruzeiro do Sul fez imagens de Jamile atrás do balcão de atendimento ao público, às 16 horas de ontem, após receber denúncias de servidores que as irmãs não teriam sido afastadas das funções. Mesmo vendo a foto que flagrou Jamile ao seu lado, uma funcionária da repartição negava que a filha do prefeito estivesse no local.
O veículo de Jamile, um Honda Fit, cor vermelha, estava estacionado no quarteirão seguinte ao prédio da Assistência Social. Um homem o retirou assim que os funcionários públicos desconfiaram da movimentação da reportagem na rua. Momentos depois a própria Jamile passou dirigindo o veículo vermelho de placas idênticas ao que estava estacionado. Até o fechamento da edição nenhum representante da Prefeitura entrou em contato com a reportagem para justificar sua presença da diretora na repartição.
Na Prefeitura, por volta das 17h20, o Cruzeiro do Sul não encontrou ninguém que pudesse se manifestar ou informar o número do telefone de algum responsável para esclarecer se as filhas do prefeito haviam sido ou não exoneradas efetivamente pelo prefeito. Um guarda municipal disse que não tinha como contatar ninguém após o horário de expediente. A mãe de Jamile e ex-esposa do prefeito foi procurada em sua residência, no centro de Salto de Pirapora. Não forneceu o telefone ou endereço de Jamile ou do prefeito e declarou estranhar que a filha tivesse sido fotografada no local, afirmando que ela estava afastada do trabalho na Prefeitura.
Ao ver a imagem de Jamile no interior da sede da Assistência Social, o promotor de Justiça que apresentou a denúncia de nepotismo, Luiz Fernando Guinsberg Pinto, disse que após a publicação da reportagem notificará a Prefeitura para pronunciar sobre o que a profissional que deveria estar exonerada fazia na Assistência Social. Segundo o promotor, até ontem não havia sido anexado ao processo nenhuma das publicações de exonerações, tanto de Jamile como da irmã Jaqueline Haddad. A Prefeitura foi notificada no dia 8 de setembro sobre a decisão da exoneração, sob pena de multa diária de R$ 1 mil, caso desrespeite. A eventual autuação só pode ocorrer após o trânsito em julgado (condenação em última instância), segundo explicou Luiz Fernando Pinto.
Decisão da Justiça
Na segunda-feira da semana passada, dia 5, a Justiça determinou por liminar as exonerações das duas filhas do prefeito, após a acusação de nepotismo, feita pelo Ministério Público (MP). Joel David Haddad já havia recebido a mesma recomendação do MP e teve o prazo de 15 dias para se manifestar, mas conforme o promotor de justiça Luiz Fernando Guinsberg Pinto, o prefeito limitou-se a dizer que o caso seria avaliado.
A partir da decisão da segunda-feira o prefeito pode recorrer, mas com as filhas fora do cargo. Jamile Haddad ocupava a função de diretora municipal da Promoção Social e Habitação e desde agosto do ano passado, Jaqueline Haddad, a de diretora municipal da Administração desde agosto. Nas funções, cada uma delas recebia salários mensais de R$ 4.069,64.
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