Gustavo Uribe, da Agência Estado, e Fernando Gallo, de O Estado de S.Paulo - SÃO PAULO
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), cobrou publicamente nesta quarta-feira, 5, explicações do deputado estadual Roque Barbiere (PTB) sobre as denúncias de venda de emendas ao Orçamento do Executivo. “E eu entendo que ele (Barbiere) tem o dever, como homem público, de apontar o que sabe.”
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Ernesto Rodrigues/AE - 04.10.2011
Para Barbiere, "cada um tem um preço" na Alesp
Na terça-feira, 4, o parlamentar, que faz parte da base governista, comparou a atividade da Assembleia Legislativa à de um “camelódromo” e alegou que teria alertado o secretário de Planejamento, Emanuel Fernandes, e a subsecretária de Assuntos Parlamentares da Casa Civil, Rosmary Corrêa, conhecida como “delegada Rose”, sobre possíveis irregularidades na destinação das verbas do governo liberadas por emendas.
“Ele (Barbiere) não citou um caso para ninguém. Pode entrevistar a delegada Rose ou o secretário Emanuel Fernandes”, disse Alckmin. O governador reafirmou que as informações sobre as emendas liberadas já foram publicadas pelo governo do Estado na internet. “E tudo está transparente”, disse.
Alckmin (PSDB) também informou que a Corregedoria-Geral da Administração (CGA) encaminhará ao Ministério Público as conclusões da investigação sobre suposto esquema de recebimento de propina envolvendo o ex-deputado estadual José Antonio Bruno (DEM).
Duas testemunhas afirmaram à corregedoria terem presenciado o pagamento de propina em troca de emendas parlamentares no gabinete do então deputado, conhecido como Zé Bruno, na Assembleia Legislativa.
“O caso do ex-deputado José Bruno já está sendo averiguado pela corregedoria do Estado antes da convocação do deputado Roque Barbiere”, afirmou. “O caso está sendo averiguado com rapidez e rigor e será encaminhado ao Ministério Público.” Mas não definiu prazo.
Em agosto, Barbiere disse a um site de Araçatuba que entre 25% e 30% de seus colegas estariam ganhando dinheiro por meio da venda de emendas. O teor da entrevista foi revelado no dia 23 de setembro pelo Estado. Após a reportagem, o Ministério Público Estadual abriu inquérito para apurar o caso
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