Fernando Gallo, de O Estado de S.Paulo, e Fabio Serapião, do Jornal da Tarde
O deputado Major Olímpio (PDT) promete levar ao Conselho de Ética da Assembleia, em depoimento marcado para hoje, o nome de uma dirigente de entidade que lhe relatou o uso de “artifícios criminosos” por deputados para exigir parte do valor das emendas que concedem. Segundo ele, a mulher tem trânsito em diversas áreas do governo estadual.
“É a pessoa que acabou me ensinado que parlamentares, mesmo em primeiro ano de mandato, tinham direito a emenda parlamentar. Uma pessoa que dirige uma entidade extremamente séria”, relatou Olímpio ao Estado. “E tem um grande trânsito em várias áreas do governo. É uma pessoa que goza da extrema confiança do próprio governador de São Paulo. Daí eu achar tão importante o depoimento dela.”
Essa dirigente lhe teria contado que mais de um deputado se ofereceu para conceder-lhe emendas desde que, como contrapartida, ajudasse outra entidade, ainda sem os requisitos legais para receber dinheiro do Estado.
“Ela me relatou que um dos artifícios usados por parlamentares, no plural, era sempre dizer que dariam uma emenda, mas tinham outra entidade que também precisa de igual apoio, mas ainda não estava completamente regularizada para a realização de um convênio. E que o deputado gostaria muito de ajudar, mas a entidade que estava fazendo o convênio prestaria contas do total”, contou Olímpio, para concluir: “Isso é uma forma, logicamente, criminosa de exigir parte das emendas”.
Olímpio sustenta que, quando a dirigente da entidade lhe informou do suposto esquema, não disse quais deputados teriam pedido parte da verba. Mas afirma que o Conselho de Ética deveria ouvi-la. Por esse motivo, ele deve apresentar hoje requerimento para que ela seja convidada a depor.
“Na oportunidade ela não quis citar nomes, o que não significa que não possa fazê-lo amanhã dentro de uma apuração oficial e sob eventuais garantias que a Assembleia e o poder público poderiam dar para ela nesse momento”, ressaltou.
Barbiere. Olímpio afirmou que, diante da manifestação do deputado Roque Barbiere (PTB) – pivô das acusações sobre venda de emendas parlamentares na Assembleia –, se sentiu na “obrigação de trazer esse tipo de informação e até de nominar a dirigente para que seja convidada a comparecer na comissão de Ética ou em uma CPI”. “Essa forma de atuação pode ajudar, e muito, a descobrir os eventuais autores desses crimes”, justificou.
Barbiere. Olímpio afirmou que, diante da manifestação do deputado Roque Barbiere (PTB) – pivô das acusações sobre venda de emendas parlamentares na Assembleia –, se sentiu na “obrigação de trazer esse tipo de informação e até de nominar a dirigente para que seja convidada a comparecer na comissão de Ética ou em uma CPI”. “Essa forma de atuação pode ajudar, e muito, a descobrir os eventuais autores desses crimes”, justificou.
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