04/10/2011

Eliam Bianchi "Chumbinho" é pré-candidato a prefeito pelo PT em São Roque



do jornal da estância
Em nossa última entrevista sobre os possíveis pré-candidatos a sucessão do Prefeito Efaneu ouvimos Eliam Bianchi, o “Chumbinho”, 45 anos, economista, sócio diretor da Rede Bom Lugar, membro do PT desde 1988.  Chumbinho é um dos possíveis pré-candidatos pelo Partido dos Trabalhadores de São Roque. 
Acompanhe a entrevista.
JE – O sr. é pré-candidato a sucessão do Prefeito Efaneu?
Chumbinho – Sim. Aproveito para agradecer a oportunidade dada pelo Jornal da Estância, e também quero informar que no meu partido há mais dois membro que pleiteiam esta vaga.  Hoje nós vivemos um momento político satisfatório com os últimos oito anos do Governo Lula e também a eleição da Presidenta Dilma, onde junto com os nossos deputados federais e estaduais conseguimos elevar significativamente a votação do Partido dos Trabalhadores em São Roque.  Nos sabemos que a cidade é extremamente conservadora e que abre os seus olhos para os avanços que vêm acontecendo em nosso País. E nas instâncias partidárias nos convidaram para estarmos encarando esse dasáfio.  E é neste contexto de alternância com avanço que me coloco a disposição do povo sanroquense para essa empreitada, que vem a cada dia ganhando corpo entre os que me conhecem e o reconhecimento dos que estão conhecendo nossa propositura.
JE – Qual a avaliação que o sr. faz do Governo Efaneu?
Chumbinho – A primeira avaliação que eu faço é que o governo que está aí há quinze anos, com toda facilidade de relação com o Governo Estadual, poderia estar melhor, terminando o mandato com uma aprovação elevada, com uma performance de transformação da cidade notada por todos os munícipes, porém a gente vê que não é o que está acontecendo.  Outra nuance deste governo que eu aponto refere-se ao modo de governar, pois o governo trata a cidade como se fosse uma empresa.  O que nem sempre prioriza o que o cidadão espera do seu Prefeito.  Não adianta nada mostrar saldo financeiro positivo em conta, e por outro lado a cidade viver a falta de médicos na Santa Casa, a falta de remédios nos Postos de Saúde, o transporte escolar ser realizado por carros velhos colocando em risco a integridade de nossas crianças, as creches com falta de vagas, enfim, tantos problemas que se utilizarmos todo o saldo existente, ainda ficaria existindo o problema.  Então nós temos uma concepção moderna em política que exige um forte estudo dentro da gestão que vai realizar um planejamento municipal que se encaixe nos orçamentos federais e estaduais.  Aí é que está a diferença de uma cidade próspera.  Hoje o orçamento de nossa Prefeitura que não é pequeno até, é consumido em sua maior parte com quadro funcional.
JE – O que o Sr. faria diferente?
Chumbinho – Bem, diferente, acho que essencialmente o modo de conviver com a população. Isso já tive a oportunidade de conversar com o Sr. Prefeito explanando este ponto de vista.  Nós somos do mesmo setor de trabalho, oriundos de supermercados é até para sobresairmos neste ramo é fundamental o contato com as pessoas.  E numa prefeitura você tem que dar voz a este povo, é isso que pauto como uma diferença básica.  A minha própria origem partidária também exige a atenção aos anseios da população no que tange essa governabilidade.  Agora administrativamente acredito num governo colegiado, secretários com espírito público, sub-prefeituras nos principais bairros como, São João Novo, Maylasky, Canguera, Carmo e Saboó. Valorização do servidor público, capacitando este funcionário com cursos extra curriculares, buscando implantar aqui o que deu certo em outros municípios governado pelo PT.Eu acho que São Roque precisa de um choque de gestão principalmente no campo social, pois vejo uma dívida muito grande neste setor. 
JE – Em edição anterior o Prefeito Efaneu afirmou que seriam necessários de vinte a trinta anos para se consolidar o desenvolvimento da cidade.  Como o Sr. avalia esta questão?
Chumbinho – Bem acho que ele foi um pouco infeliz em fixar um prazo de vinte anos, já que o mundo moderno as coisas acontecem muito rapidamente.  Há vinte anos tinhamos poucas linhas de telefones fixos e praticamente não sabiamos o que era celular, nem imaginavamos que seria internet banda larga, e hoje falamos num aparelho celular com internet móvel e acessível a toda população.  Cá para nós a Prefeitura deve se mobilizar na implantação de uma pré-escola em período integral, para que a mãe possa trabalhar sem preocupação.  Ministrar o ensino básico com qualidade, criar condições para que esse aluno conclua o ensino superior, instalando faculdades no município ou facilitando o transporte deste indivíduo para as cidades vizinhas.  Só esse ciclo na educação já dá um salto no desenvolvimento.  Se junto a essa medidas na área educacional investirmos em saneamento básico, coleta seletiva de lixo, uma rede de saúde adequada com a implantação do médico de família já vamos ter um grande avanço.  Além do que, temos medir o desenvolvimento na cidade, não é pelos donos desta cidade e sim pela satisfação de seus moradores, para que esse cidadão tenha todas as suas necessidades atendidas na própria cidade. Pois a partir de então teremos um população educada, preparada para o trabalho, sem o alto custo de pagar um plano de saúde particular.  Somos uma cidade privilegiada por estarmos tão próximos da capital, e atendidos por duas das maiores rodovias do País. 
JE – Numa eventual vitória, quais seriam seus principais projetos?
Chumbinho – Falar em projeto é uma coisa muito abrangente.  Pois temos muita coisa para implantar em uma cidade, principalmente no âmbito social.  Na educação começariamos pela instalação de creches que suprissem a defasagem de vagas hoje existentes.  Para isso poderiamos utilizar recursos existentes a nível de Governo Federal.  Essas creches seriam instaladas de forma que não provocassem um grande deslocamento das mães, pois só esse deslocamentos já cria um trânsito na própria cidade.  A escola em período integral hoje já está se tornando um processo natural, visto que o Governo Federal vem implantando esta mudança gradual.  Meu compromisso é de desenvolver esta implantação em nossa cidade num período mais breve possível. Na saúde temos que comemorar a implantação da hemosiálise que está chegando junto com a UTI, mas mesmo assim temos muitos problemas nesta área.  Por ser um polo comercial com grande influência sobre os municípios vizinhos poderamos estar lutando pela implantação de um hospital regional que não é nada fora da realidade.  Não podemos esquecer do alto índice de mortalidade infantil apontado pelo governo estadual que colocou nossa cidade entre as últimas do ranking, e esse é um ponto de bastante relevância, por que em pleno século XXI é inconcebível vir numa cidade que apresenta uma taxa de mortalidade infantil de 20,8 a cada mil nascidos vivos.  Na segurança temos assistido uma avalanche de furtos de veículos, roubos de chácaras, casas e não vemos nenhuma ação do Poder Público para resolver esta situação. Até hoje a Guarda Municipal aguarda uma reestruturação de função e cargos e seu reaparelhamento.  Existe inclusive a disponibilidade de recursos federais que poderiam bancar esta mudança.  Outro ponto, é o defícit habitacional de mais de 2500 moradias.  Não podemos compactuar com um modelo que gasta uma fortuna para a compra de um terreno para a instalação de um Centro de Treinamento de uma equipe de futebol e em contrapartida não gasta um centavo na construção de moradia popular.  E esse deficit habitacional pode ser resolvido com a implantação de projetos do Governo Federal e Estadual basta ter vontade política para isso. Pelo menos vamos tentar reduzir esse número.
JE – Como o Sr. vê o direcionamento do turismo para determinadas áreas em detrimento do centro da cidade?
Chumbinho – O turismo em São Roque vive hoje do Sky ou do roteiro do vinho.  Que nada mais é que um roteiro de alimentação.  Não atraímos o turista para passar um dia na cidade e sim para simplismente almoçar, e essa concepção tem que ser melhorada, até porque o centro da cidade carece de viver esse turismo.  Sentimos a insatisfação do comerciante da área central, por não estarem inseridos neste processo. O que falta é um plano de turismo desenvolvido pelo Poder Público em parceria com a sociedade civil que contemple a cidade como um todo. Resgatar a saga do vinho, incentivar o artesão local no desenvolvimento de técnicas que melhorem o seu produto, e principalmente preparar a população para receber o turista, e isso deveria começar com ações na própria escola, conscientizando o aluno da vocação turística do municípío.  Enquanto não for desenvolvido uma política para o setor continuaremos a ter sub renda do turismo.
JE – Como o Sr. vê as coligações no processo eleitoral?
Chumbinho – Coligações hoje passa a ser uma obrigação partidária.  Pois ninguém vence uma eleição sozinho.  E uma coligação deve ser feita em cima de propostas de Governo e nunca de loteamento de cargos.  Uma chapa de vereadores fortes e fator primordial para a eleição de qualquer prefeito.  Temos que acabar com os partidos de gaveta, ou seja aqueles que são usados só em época eleitoral.
JE – Qual a mensagem que o Sr. deixa para o eleitor de São Roque?
Chumbinho – A minha mensagem é de muito otimismo.  Nas caminhadas que tenho feito, sempre coloco para a população que lutamos por uma cidade igualitária, com uma administração voltada para os anseios do povo, transparente, com justiça social e para todos. A cidade deve ser tratada como uma só, sem privilegiar esta ou aquela região.  Estamos pautando com seriedade essa forma de fazer política, que é como eu digo essa forma de ser PT. 

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