do jornal da estância
Em nossa última entrevista sobre os possíveis pré-candidatos
a sucessão do Prefeito Efaneu ouvimos Eliam Bianchi, o “Chumbinho”, 45 anos,
economista, sócio diretor da Rede Bom Lugar, membro do PT desde 1988. Chumbinho é um dos possíveis pré-candidatos
pelo Partido dos Trabalhadores de São Roque.
Acompanhe a entrevista.
JE – O sr. é
pré-candidato a sucessão do Prefeito Efaneu?
Chumbinho – Sim.
Aproveito para agradecer a oportunidade dada pelo Jornal da Estância, e também
quero informar que no meu partido há mais dois membro que pleiteiam esta
vaga. Hoje nós vivemos um momento
político satisfatório com os últimos oito anos do Governo Lula e também a
eleição da Presidenta Dilma, onde junto com os nossos deputados federais e
estaduais conseguimos elevar significativamente a votação do Partido dos
Trabalhadores em São Roque. Nos sabemos que a cidade é extremamente
conservadora e que abre os seus olhos para os avanços que vêm acontecendo em nosso País. E
nas instâncias partidárias nos convidaram para estarmos encarando esse
dasáfio. E é neste contexto de
alternância com avanço que me coloco a disposição do povo sanroquense para essa
empreitada, que vem a cada dia ganhando corpo entre os que me conhecem e o
reconhecimento dos que estão conhecendo nossa propositura.
JE – Qual a
avaliação que o sr. faz do Governo Efaneu?
Chumbinho – A
primeira avaliação que eu faço é que o governo que está aí há quinze anos, com
toda facilidade de relação com o Governo Estadual, poderia estar melhor,
terminando o mandato com uma aprovação elevada, com uma performance de
transformação da cidade notada por todos os munícipes, porém a gente vê que não
é o que está acontecendo. Outra nuance
deste governo que eu aponto refere-se ao modo de governar, pois o governo trata
a cidade como se fosse uma empresa. O
que nem sempre prioriza o que o cidadão espera do seu Prefeito. Não adianta nada mostrar saldo financeiro
positivo em conta, e por outro lado a cidade viver a falta de médicos na Santa
Casa, a falta de remédios nos Postos de Saúde, o transporte escolar ser
realizado por carros velhos colocando em risco a integridade de nossas crianças,
as creches com falta de vagas, enfim, tantos problemas que se utilizarmos todo
o saldo existente, ainda ficaria existindo o problema. Então nós temos uma concepção moderna em
política que exige um forte estudo dentro da gestão que vai realizar um planejamento
municipal que se encaixe nos orçamentos federais e estaduais. Aí é que está a diferença de uma cidade
próspera. Hoje o orçamento de nossa
Prefeitura que não é pequeno até, é consumido em sua maior parte com quadro
funcional.
JE – O que o Sr.
faria diferente?
Chumbinho – Bem,
diferente, acho que essencialmente o modo de conviver com a população. Isso já
tive a oportunidade de conversar com o Sr. Prefeito explanando este ponto de
vista. Nós somos do mesmo setor de
trabalho, oriundos de supermercados é até para sobresairmos neste ramo é
fundamental o contato com as pessoas. E
numa prefeitura você tem que dar voz a este povo, é isso que pauto como uma
diferença básica. A minha própria origem
partidária também exige a atenção aos anseios da população no que tange essa
governabilidade. Agora
administrativamente acredito num governo colegiado, secretários com espírito
público, sub-prefeituras nos principais bairros como, São João Novo, Maylasky,
Canguera, Carmo e Saboó. Valorização do servidor público, capacitando este
funcionário com cursos extra curriculares, buscando implantar aqui o que deu
certo em outros municípios governado pelo PT.Eu acho que São Roque precisa de
um choque de gestão principalmente no campo social, pois vejo uma dívida muito
grande neste setor.
JE – Em edição
anterior o Prefeito Efaneu afirmou que seriam necessários de vinte a trinta
anos para se consolidar o desenvolvimento da cidade. Como o Sr. avalia esta questão?
Chumbinho – Bem
acho que ele foi um pouco infeliz em fixar um prazo de vinte anos, já que o
mundo moderno as coisas acontecem muito rapidamente. Há vinte anos tinhamos poucas linhas de
telefones fixos e praticamente não sabiamos o que era celular, nem imaginavamos
que seria internet banda larga, e hoje falamos num aparelho celular com
internet móvel e acessível a toda população.
Cá para nós a Prefeitura deve se mobilizar na implantação de uma
pré-escola em período integral, para que a mãe possa trabalhar sem preocupação. Ministrar o ensino básico com qualidade, criar
condições para que esse aluno conclua o ensino superior, instalando faculdades
no município ou facilitando o transporte deste indivíduo para as cidades
vizinhas. Só esse ciclo na educação já
dá um salto no desenvolvimento. Se junto
a essa medidas na área educacional investirmos em saneamento básico, coleta
seletiva de lixo, uma rede de saúde adequada com a implantação do médico de
família já vamos ter um grande avanço.
Além do que, temos medir o desenvolvimento na cidade, não é pelos donos
desta cidade e sim pela satisfação de seus moradores, para que esse cidadão
tenha todas as suas necessidades atendidas na própria cidade. Pois a partir de
então teremos um população educada, preparada para o trabalho, sem o alto custo
de pagar um plano de saúde particular.
Somos uma cidade privilegiada por estarmos tão próximos da capital, e
atendidos por duas das maiores rodovias do País.
JE – Numa
eventual vitória, quais seriam seus principais projetos?
Chumbinho – Falar
em projeto é uma coisa muito abrangente.
Pois temos muita coisa para implantar em uma cidade, principalmente no
âmbito social. Na educação começariamos
pela instalação de creches que suprissem a defasagem de vagas hoje existentes. Para isso poderiamos utilizar recursos
existentes a nível de Governo Federal.
Essas creches seriam instaladas de forma que não provocassem um grande
deslocamento das mães, pois só esse deslocamentos já cria um trânsito na
própria cidade. A escola em período
integral hoje já está se tornando um processo natural, visto que o Governo
Federal vem implantando esta mudança gradual.
Meu compromisso é de desenvolver esta implantação em nossa cidade num
período mais breve possível. Na saúde temos que comemorar a implantação da
hemosiálise que está chegando junto com a UTI, mas mesmo assim temos muitos
problemas nesta área. Por ser um polo
comercial com grande influência sobre os municípios vizinhos poderamos estar
lutando pela implantação de um hospital regional que não é nada fora da realidade. Não podemos esquecer do alto índice de
mortalidade infantil apontado pelo governo estadual que colocou nossa cidade
entre as últimas do ranking, e esse é um ponto de bastante relevância, por que
em pleno século XXI é inconcebível vir numa cidade que apresenta uma taxa de
mortalidade infantil de 20,8
a cada mil nascidos vivos. Na segurança temos assistido uma avalanche de
furtos de veículos, roubos de chácaras, casas e não vemos nenhuma ação do Poder
Público para resolver esta situação. Até hoje a Guarda Municipal aguarda uma
reestruturação de função e cargos e seu reaparelhamento. Existe inclusive a disponibilidade de
recursos federais que poderiam bancar esta mudança. Outro ponto, é o defícit habitacional de mais
de 2500 moradias. Não podemos compactuar
com um modelo que gasta uma fortuna para a compra de um terreno para a
instalação de um Centro de Treinamento de uma equipe de futebol e em
contrapartida não gasta um centavo na construção de moradia popular. E esse deficit habitacional pode ser
resolvido com a implantação de projetos do Governo Federal e Estadual basta ter
vontade política para isso. Pelo menos vamos tentar reduzir esse número.
JE – Como o Sr.
vê o direcionamento do turismo para determinadas áreas em detrimento do centro
da cidade?
Chumbinho – O
turismo em São Roque
vive hoje do Sky ou do roteiro do vinho.
Que nada mais é que um roteiro de alimentação. Não atraímos o turista para passar um dia na
cidade e sim para simplismente almoçar, e essa concepção tem que ser melhorada,
até porque o centro da cidade carece de viver esse turismo. Sentimos a insatisfação do comerciante da
área central, por não estarem inseridos neste processo. O que falta é um plano
de turismo desenvolvido pelo Poder Público em parceria com a sociedade civil
que contemple a cidade como um todo. Resgatar a saga do vinho, incentivar o
artesão local no desenvolvimento de técnicas que melhorem o seu produto, e
principalmente preparar a população para receber o turista, e isso deveria
começar com ações na própria escola, conscientizando o aluno da vocação
turística do municípío. Enquanto não for
desenvolvido uma política para o setor continuaremos a ter sub renda do
turismo.
JE – Como o Sr.
vê as coligações no processo eleitoral?
Chumbinho – Coligações
hoje passa a ser uma obrigação partidária.
Pois ninguém vence uma eleição sozinho.
E uma coligação deve ser feita em cima de propostas de Governo e nunca
de loteamento de cargos. Uma chapa de
vereadores fortes e fator primordial para a eleição de qualquer prefeito. Temos que acabar com os partidos de gaveta,
ou seja aqueles que são usados só em época eleitoral.
JE – Qual a
mensagem que o Sr. deixa para o eleitor de São Roque?
Chumbinho – A
minha mensagem é de muito otimismo. Nas
caminhadas que tenho feito, sempre coloco para a população que lutamos por uma
cidade igualitária, com uma administração voltada para os anseios do povo,
transparente, com justiça social e para todos. A cidade deve ser tratada como
uma só, sem privilegiar esta ou aquela região.
Estamos pautando com seriedade essa forma de fazer política, que é como
eu digo essa forma de ser PT.
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