do jornal da estância
Quero aqui analisar os atentados de 11 de setembro como um
reflexo da atuação dos Estados Unidos no mundo nos últimos 60 anos. Vamos a um
pequeno histórico dessa ação, para que possamos fazer com que o leitor entenda
o porquê do título da matéria.
Na Segunda Guerra Mundial que começou em 1939, os americanos
vinham fortalecendo sua economia, fragilizada com a quebra da bolsa em 1929. Os
Estados Unidos só vão entrar no conflito em 1941, depois que o Japão ataca a
base naval de Pearl Harbor, no Hawai. Em 06 de agosto de 1945, quando o Japão
já estava quase derrotado pelas forças americanas, os EUA lançaram a primeira
bomba atômica em Hiroshima vitimando só na sua explosão mais de 140000 pessoas. Três dias depois lançam uma segunda bomba em
Nagasaki matando mais de 80000 pessoas. A isto devemos acrescentar as outras
mortes que aconteceram a seguir nas regiões afetadas pelas explosões. Até hoje
pessoas nascem com os reflexos da ação cometida há 66 anos atrás.
Em 1964 os Estados Unidos entram definitivamente na Guerra
do Vietnã causando a morte de mais de 1 milhão de vietnamitas e 58000
americanos. Quem não se lembra das cenas
terríveis provocadas pelo uso de napalm (bombas incendiárias) lançadas contra
populações civis durante o conflito.
Será que o mundo se esqueceu das fotos em que crianças correm por uma
estrada e são queimadas vivas?
Também podemos citar a ação desastrada na baia dos Porcos em
Cuba tentando manter o regime tirânico de Fulgencio Batista derrubado por Fidel
Castro em 1959.
Os Estados Unidos nunca se preocuparam com Democracia e sim
em defender sempre seus interesses em escala global.
Por aí passa as incursões no Afeganistão, Irã, Iraque e o
apoio e conluio com as ditaduras mais sangrentas que se instalaram nos últimos
60 anos.
Não podemos esquecer da intromissão da CIA na derrubada de
regimes democráticos, eleitos pela vontade soberana do povo na América Latina,
e neste contexto podemos citar Chile, Bolívia, Peru, Argentina, Colômbia,
Venezuela, Uruguai, Paraguai e Brasil.
O apoio sistemático a causa de Israel em detrimento do
Estado Palestino e outras nações do mundo Árabe. Para isso basta acompanhar o uso de seu poder
de veto no Conselho de Segurança da ONU.
Esse pequeno esboço feito acima é para mostrar de forma
superficial a reação que toda ação por menor que seja, causa no processo
político das civilizações.
Quem perpetrou o ataque de 11 de setembro estranhamente já
tinha servido aos interesses americanos em algum período da história, e
inclusive tinha sido financiado para defender a “causa” americana no Oriente
Médio.
O leitor pode perguntar, mas quanta insensibilidade do
redator? Claro que lamentamos
profundamente as quase três mil vitimas do 11 de Setembro, pois somos contra a
violência e a favor da paz. Mas não
podemos em função de uma tragédia simplesmente esquecer os fatos históricos que
levaram a ela. Infelizmente inocentes
pagaram com a vida pela reação a ações que sempre visaram o interesse de
grandes companhias, grandes grupos, enfim o Capital.
Não pense o leitor
que não estamos sujeitos a novos 11 de Setembro, estamos sim, pois na visão
daqueles que mandam na economia global só se visa atrair novos mercados, e a sobreposição
aos mais fracos para continuar com seu sonho imperialista.
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