04/10/2011

O outro lado do 11 de setembro


do jornal da estância

Quero aqui analisar os atentados de 11 de setembro como um reflexo da atuação dos Estados Unidos no mundo nos últimos 60 anos. Vamos a um pequeno histórico dessa ação, para que possamos fazer com que o leitor entenda o porquê do título da matéria.
Na Segunda Guerra Mundial que começou em 1939, os americanos vinham fortalecendo sua economia, fragilizada com a quebra da bolsa em 1929. Os Estados Unidos só vão entrar no conflito em 1941, depois que o Japão ataca a base naval de Pearl Harbor, no Hawai. Em 06 de agosto de 1945, quando o Japão já estava quase derrotado pelas forças americanas, os EUA lançaram a primeira bomba atômica em Hiroshima vitimando só na sua explosão mais de 140000 pessoas.  Três dias depois lançam uma segunda bomba em Nagasaki matando mais de 80000 pessoas. A isto devemos acrescentar as outras mortes que aconteceram a seguir nas regiões afetadas pelas explosões. Até hoje pessoas nascem com os reflexos da ação cometida há 66 anos atrás.
Em 1964 os Estados Unidos entram definitivamente na Guerra do Vietnã causando a morte de mais de 1 milhão de vietnamitas e 58000 americanos.  Quem não se lembra das cenas terríveis provocadas pelo uso de napalm (bombas incendiárias) lançadas contra populações civis durante o conflito.  Será que o mundo se esqueceu das fotos em que crianças correm por uma estrada e são queimadas vivas?
Também podemos citar a ação desastrada na baia dos Porcos em Cuba tentando manter o regime tirânico de Fulgencio Batista derrubado por Fidel Castro em 1959.
Os Estados Unidos nunca se preocuparam com Democracia e sim em defender sempre seus interesses em escala global.
Por aí passa as incursões no Afeganistão, Irã, Iraque e o apoio e conluio com as ditaduras mais sangrentas que se instalaram nos últimos 60 anos.
Não podemos esquecer da intromissão da CIA na derrubada de regimes democráticos, eleitos pela vontade soberana do povo na América Latina, e neste contexto podemos citar Chile, Bolívia, Peru, Argentina, Colômbia, Venezuela, Uruguai, Paraguai e Brasil.
O apoio sistemático a causa de Israel em detrimento do Estado Palestino e outras nações do mundo Árabe.  Para isso basta acompanhar o uso de seu poder de veto no Conselho de Segurança da ONU.
Esse pequeno esboço feito acima é para mostrar de forma superficial a reação que toda ação por menor que seja, causa no processo político das civilizações.
Quem perpetrou o ataque de 11 de setembro estranhamente já tinha servido aos interesses americanos em algum período da história, e inclusive tinha sido financiado para defender a “causa” americana no Oriente Médio.
O leitor pode perguntar, mas quanta insensibilidade do redator?  Claro que lamentamos profundamente as quase três mil vitimas do 11 de Setembro, pois somos contra a violência e a favor da paz.  Mas não podemos em função de uma tragédia simplesmente esquecer os fatos históricos que levaram a ela.  Infelizmente inocentes pagaram com a vida pela reação a ações que sempre visaram o interesse de grandes companhias, grandes grupos, enfim o Capital.
 Não pense o leitor que não estamos sujeitos a novos 11 de Setembro, estamos sim, pois na visão daqueles que mandam na economia global só se visa atrair novos mercados, e a sobreposição aos mais fracos para continuar com seu sonho imperialista.

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