O advogado Walter Dias Cordeiro Junior, 46 anos, preso em flagrante sob suspeita de molestar uma jovem de 21 anos dentro de um vagão do metrô de São Paulo, foi solto ontem. Ele estava preso desde a última sexta-feira na carceragem do 31º DP (Vila Carrão).
A SSP (Secretaria de Estado da Segurança Pública) informou que o advogado foi solto ontem, após pagar fiança. O valor pago, no entanto, não foi informado.
Cordeiro Júnior foi desligado dos quadros da Corregedoria-Geral da Administração, órgão da Casa Civil do governo do Estado, após a prisão. Ele desempenhava a função de corregedor desde 2 de fevereiro de 2002.
A reportagem foi à casa dele ontem. Pelo interfone do prédio, o ex-corregedor afirmou: "escreva apenas que sou inocente". Ele disse que não falaria, por recomendação dos advogados.
Segundo o delegado-titular Valdir de Oliveira Rosa, da Delpom (Delegacia de Polícia do Metropolitano), Cordeiro Junior, que estava de terno e gravata, foi preso após "retirar o pênis ereto para fora das calças, comprimindo-o contra as nádegas da jovem, que passou mal e teve um pequeno desmaio".
A agressão, cometida no horário de pico de passageiros do metrô, entre as estações República e Belém, da linha 3-vermelha, teria sido testemunhada por outra passageira e por um rapaz, que acudiram a estudante.
O crime de violência sexual mediante fraude, uma vez comprovado, tem penas de dois a seis anos de reclusão.
Outros casos
Desde janeiro, a Delpom registrou 53 agressões sexuais contra mulheres no metrô. Três foram consideradas "importunações graves".
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