02/10/2011

Fraude no CHS segue investigada


Na próxima quarta-feira serão ouvidos os três últimos envolvidos no caso, entre eles o ex-diretor Sidnei Abdala

Pedro Guerra
Agência BOM DIA
Está na reta final a investigação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e de Investigações Criminais) e da Polícia Civil de Sorocaba nas denúncias de fraudes nas licitações e pagamento de plantões a médicos, dentistas, enfermeiros e outros funcionários do CHS (Conjunto Hospitalar em Sorocaba) que não cumpriram o trabalho. De acordo com o promotor  de Justiça Wellington dos Santos Veloso, 85% da denúncia está pronta e a previsão é de que até o dia 15 de outubro ela seja apresentada à justiça.
Na próxima quarta-feira vão ser ouvidas as três últimas pessoas envolvidas no caso, “entre eles está  ex-diretor do CHS, Sidnei Abdala”, disse o promotor ao BOM DIA. O depoimento dele estava marcado para segunda-feira passada, mas Sidnei apresentou atestado médico justificando problemas psiquiátricos. “Estamos esperando ele na quarta-feira”, comentou Wellington.
De acordo com o promotor, o advogado do ex-diretor garantiu  que ele vai prestar depoimento. “Nós estamos dando a oportunidade para eles prestar esclarecimentos.”
Indireta / Caso Sidney e as outras duas pessoas não compareceram na quarta-feira, elas serão  indiciadas de forma indireta. “Nós estamos na reta final desta primeira fase e devemos apresentar a denúncia ainda  na primeira quinzena de outubro”, acredita Wellington.
Para o promotor é preciso encerrar logo essa fase. “Só estamos esperando a perícia de alguns documentos e também quebra de sigilo bancário, mas toda hora aparece um fato novo ou alguma informação.
Ouvidos  / Na segunda-feira passada foram ouvidas 10 pessoas e a promotoria considerou que quatro estão aptas a atuar como  testemunhas de acusação no momento caso o processo seja instaurado e os acusados sejam levados a julgamento. As outras seis pessoas ouvidas acabaram sendo indiciados, ou seja, de alguma forma forma envolvidas com as fraudes que estão sendo investigadas. Todas as seis pessoas são empresários que mantêm ou já tiveram contrato de prestação de serviços no CHS por meio de licitação que podem ser consideradas fraudulentas.

Segunda fase / O promotor  Wellington dos Santos Veloso explicou  que as investigações não vão acabar com a entrega da denúncia: “Ainda vamos ter a segunda fase onde será apurado se houve outras fraudes no CHS”. Segundo o promotor, “primeiramente vamos acabar com essa investigação de licitação e horas-extras pagas, mas não cumpridas, mas temos bons indícios para investigar se houve outros problemas, de natureza diversa dessas”, na unidade local do Conjunto Hospitalar de Sorocaba.
O promotor não revelou se a Polícia e o Gaeco (que atuaram juntos na investigação da licitação e horas-extras) já está apurando alguma denúncia feita relacionada a outras questões ilegais do CHS.
Na operação 12 pessoas foram presas
12 pessoas foram presas no dia 16 de junho passado durante a Operação Hipócrates (o pai da medicina) que investiga denúncia de fraudes em licitações e pagameTCnto irregular por horas-extras não feitas por médicos, dentistas, enfermeiros e outros funcionários. Entre essas doze pessoas estava o diretor do CHS, médico Heitor Consani, que é funcionária do conjunto há mais de uma década, mas estava como diretor há apenas 4 meses.
R$ 100
milhões. Este é o cálculo de prejuízo que as fraudes podem ter dado aos cofres públicos na avaliação dos peritos da Polícia Civil e Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e de Investigações Criminais)
Acusados responderão por quatro crimes
Os acusados deverão ser denunciados à justiça pelos crimes de: formação de quadrilha, uso de documento falso, peculato (furto ou apropriação de bens ou valores públicos) e estelionato (obtenção de vantagem ilícita mediante fraude ou logro).

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