Cremonesi é apontado por testemunhas como elo entre o ex-deputado e prefeitos no emendoduto
Fausto Macedo, de O Estado de S.Paulo
O Ministério Público Estadual vai intimar um personagem emblemático do suposto esquema de venda de emendas parlamentares na Assembleia Legislativa de São Paulo – Eunildo Cremonesi Júnior, ex-assessor parlamentar.
Cremonesi, que seria ligado ao PTB, trabalhou no gabinete do ex-deputado José Antonio Bruno (DEM), o Zé Bruno, entre 2007 e março passado. Ele é apontado como elo de Zé Bruno com prefeitos do interior paulista e com outro político citado no episódio, Fabrício Menezes Marcolino, ex-vereador no município de Nhandeara (SP).
O próprio Zé Bruno lança suspeitas sobre Cremonesi. "Eu descobri que ele estava fazendo isso, ele estava vendendo emendas", declarou o ex-deputado, que exonerou o ex-assessor em 2010. "Eu o exonerei pelo fato de ter desconfiança de que fazia e negociava emendas e isso ia acabar comigo."
Desde que estourou o escândalo do mercado das emendas no Legislativo estadual, Cremonesi anda sumido. Seu nome é indicado em depoimentos oficiais, colhidos pela Corregedoria-Geral da Administração (CGA), órgão diretamente ligado ao governador.
Zé Bruno, hoje guitarrista da Resgate, sua banda, disse que Cremonesi havia trabalhado cerca de 12 anos para o PTB. Um dos endereços que o ex-assessor parlamentar costuma passar é Avenida Nove de Julho, na capital, mesmo prédio onde fica o diretório do PTB.
Desconhecido. Também constam registros de que ele possui duas empresas – uma de peças para impressora com início de atividade em maio de 1993 e outra de vídeo locadora e comercial. No diretório do PTB a informação é que ali "não trabalha nenhum Cremonesi". Na Assembleia, assessores do PTB dizem que não sabem quem é Cremonesi. Ele não foi localizado para falar sobre o caso.
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