01/10/2011

MPF denuncia 15 por fraude na Receita Federal



Marcelo Roma
marcelo.roma@jcruzeiro.com.br

O Ministério Público Federal (MPF) denunciou à Justiça 15 pessoas por fraude em fiscalizações da Receita Federal. Os crimes são corrupção passiva, lavagem de dinheiro, advocacia administrativa, evasão de divisas, violação de sigilo funcional, usurpação de função pública e formação de quadrilha. Dos 15 denunciados, oito são auditores fiscais da Receita Federal em Osasco.

A Polícia Federal prendeu seis auditores e mais três pessoas na Operação Paraíso Fiscal, no dia 4 de agosto. Em Sorocaba, a PF prendeu o contador Carlos Dias Chaves, ex-presidente do diretório municipal do Partido Humanista da Solidariedade (PHS). Na investigação que durou nove meses, ele seria o doleiro ligado ao grupo.

A denúncia da Procuradoria da República porém não cita o nome de Carlos Dias. Ele ficou preso no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Sorocaba e atualmente está em liberdade. A reportagem manteve contato ontem com a assessoria de comunicação do MPF a fim de verificar se não havia mais acusação contra o contador e a resposta é de que seu nome não consta da denúncia, mas continua como investigado.

Os auditores fiscais são acusados de causar prejuízos estimados em R$ 2 bilhões aos cofres públicos, nos últimos dez anos. Eles receberiam propina para não cobrar impostos e também liberariam créditos tributários. As quantias seriam de R$ 100 mil a R$ 600 mil. O processo tramita na 2ª Vara Federal Especializada em Crimes Financeiros e Lavagem de Dinheiro da Justiça Federal de São Paulo.

Os oito auditores são Antônio Ramos Cardoso, Alaor de Paulo Honório, Kazuko Tane, José Geraldo Martins Ferreira, Fábio de Arruda Martins, Rogério Cesar Sasso, João Francisco Nogueira Eisenmann e José Cassoni Rodrigues Gonçalves. A família de José Cassoni manteria contas em bancos dos Estados Unidos, Itália, Mônaco e Uruguai.

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