08/10/2011

Promotoria quer remoção de moradores do Cingapura


Tatiana Santiago
do Agora
O Ministério Público entrou com uma ação civil pública na Justiça pedindo a remoção dos 2.787 moradores do Cingapura Zaki Narchi, no Carandiru, zona norte de São Paulo.
Segundo a promotora Claudia Fedeli, a prefeitura apresentou medidas insuficientes para garantir a segurança do local.
Assim como o shopping Center Norte, o conjunto habitacional foi construído sobre um lixão.
A ação, que pede uma liminar (decisão provisória), está na 10ª Vara da Fazenda Pública e não foi julgada.
A promotora se baseia no laudo da Cetesb (agência ambiental do Estado) que diz existir risco potencial de explosão devido à alta concentração de metano no solo.
Ela também pede que o CEI (Centro de Educação Infantil) Nair Salgado, localizado ao lado do conjunto, seja interditado imediatamente.
Pela ação proposta pela Promotoria, os moradores só voltariam para o Cingapura após a Cetesb atestar que não existe mais risco.
Monitoramento
A Sehab (Secretaria Municipal de Habitação) informou que não tinha sido informada oficialmente sobre a ação judicial até a tarde de ontem e, por isso, não iria se manifestar.
A prefeitura alegou, no entanto, que já faz o monitoramento diário dos 140 apartamentos térreos e da área externa no Cingapura, e que não existe risco de explosão no local.
Anteontem, a administração afirmou que não há perigo na área da creche.
Além disso, a pasta afirma que os drenos serão instalados para minimizar os riscos de vazamento de metano no conjunto.
O plano apresentado pela prefeitura prevê ainda a elaboração de um plano de emergência para o local, com o treinamento, pela Defesa Civil, de moradores do Cingapura.

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