Giuliano Bonamim
giuliano.bonamim@jcruzeiro.com.br
O conjunto de 28 propostas voltadas à melhoria do atendimento e das condições dos internos dos hospitais psiquiátricos de Sorocaba foi apresentado ontem na Câmara de Vereadores. Os itens constam no relatório da comissão, formada há oito meses, para fazer um levantamento da situação dos quatro estabelecimentos de saúde da cidade. O documento é composto por 23 páginas e será entregue na próxima semana às entidades competentes. Entre elas estão a Secretaria Municipal de Saúde, a Diretoria Regional de Saúde, a direção administrativa dos hospitais psiquiátricos de Sorocaba, o Conselho Municipal de Saúde, a Secretaria Estadual de Saúde, o Ministério da Saúde e a Secretaria Nacional dos Direitos Humanos.
A lista de propostas inclui a adequação da estrutura física e funcional da rede de saúde mental e dos hospitais psiquiátricos de Sorocaba. Outra sugestão é obrigar os estabelecimentos a ter um limite mínimo de funcionários para o desempenho de diversas funções. A manutenção de um prontuário único, organizado, em dia e legível para assegurar a evolução do tratamento dos pacientes também consta no relatório. A ideia também é criar um Centro de Atenção Psicossocial (Caps) infantil, na proporção de um estabelecimento para cada 100 mil habitantes.
As sugestões prosseguem com a integração da Secretaria Municipal de Cultura ao processo da reforma psiquiátrica na cidade, com o objetivo de oferecer atividades às unidades hospitalares e às redes substitutivas. A segurança dos pacientes e dos funcionários também não foi esquecida, tanto que foi proposto a instalação de um sistema de monitoramento com câmeras nas áreas de entrada e saída dos hospitais psiquiátricos. O presidente da comissão, vereador Izídio de Brito (PT), reafirma que o relatório não tem o poder de acusar e apontar culpados. "O nosso objetivo foi levantar o maior número de informações e apresentá-las à sociedade para que as providências sejam tomadas pelos órgãos competentes", diz.
A iniciativa de formar a comissão teve como base um estudo do Fórum da Luta Antimanicomial de Sorocaba (Flamas). Segundo esse relatório, baseado em levantamento junto ao Datasus (banco de dados do SUS) e ao Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), a média de óbitos na região é de 16,5 mortes para cada 100 leitos psiquiátricos, enquanto a média nos dois maiores hospitais psiquiátricos do Estado não passa de sete óbitos para cada 100 leitos.
O grupo dos quatro hospitais psiquiátricos de Sorocaba, por meio de sua assessoria de comunicação, informou que pretende aguardar a entrega oficial do relatório para analisar o conteúdo do documento. A coordenadora técnica do Jardim das Acácias, Sandra Mescoki Sarti, diz que a entidade tem buscado melhorias em sua estrutura. O próximo passo é a aquisição de uma casa para montar uma residência terapêutica somente para idosos.
giuliano.bonamim@jcruzeiro.com.br
O conjunto de 28 propostas voltadas à melhoria do atendimento e das condições dos internos dos hospitais psiquiátricos de Sorocaba foi apresentado ontem na Câmara de Vereadores. Os itens constam no relatório da comissão, formada há oito meses, para fazer um levantamento da situação dos quatro estabelecimentos de saúde da cidade. O documento é composto por 23 páginas e será entregue na próxima semana às entidades competentes. Entre elas estão a Secretaria Municipal de Saúde, a Diretoria Regional de Saúde, a direção administrativa dos hospitais psiquiátricos de Sorocaba, o Conselho Municipal de Saúde, a Secretaria Estadual de Saúde, o Ministério da Saúde e a Secretaria Nacional dos Direitos Humanos.
A lista de propostas inclui a adequação da estrutura física e funcional da rede de saúde mental e dos hospitais psiquiátricos de Sorocaba. Outra sugestão é obrigar os estabelecimentos a ter um limite mínimo de funcionários para o desempenho de diversas funções. A manutenção de um prontuário único, organizado, em dia e legível para assegurar a evolução do tratamento dos pacientes também consta no relatório. A ideia também é criar um Centro de Atenção Psicossocial (Caps) infantil, na proporção de um estabelecimento para cada 100 mil habitantes.
As sugestões prosseguem com a integração da Secretaria Municipal de Cultura ao processo da reforma psiquiátrica na cidade, com o objetivo de oferecer atividades às unidades hospitalares e às redes substitutivas. A segurança dos pacientes e dos funcionários também não foi esquecida, tanto que foi proposto a instalação de um sistema de monitoramento com câmeras nas áreas de entrada e saída dos hospitais psiquiátricos. O presidente da comissão, vereador Izídio de Brito (PT), reafirma que o relatório não tem o poder de acusar e apontar culpados. "O nosso objetivo foi levantar o maior número de informações e apresentá-las à sociedade para que as providências sejam tomadas pelos órgãos competentes", diz.
A iniciativa de formar a comissão teve como base um estudo do Fórum da Luta Antimanicomial de Sorocaba (Flamas). Segundo esse relatório, baseado em levantamento junto ao Datasus (banco de dados do SUS) e ao Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), a média de óbitos na região é de 16,5 mortes para cada 100 leitos psiquiátricos, enquanto a média nos dois maiores hospitais psiquiátricos do Estado não passa de sete óbitos para cada 100 leitos.
O grupo dos quatro hospitais psiquiátricos de Sorocaba, por meio de sua assessoria de comunicação, informou que pretende aguardar a entrega oficial do relatório para analisar o conteúdo do documento. A coordenadora técnica do Jardim das Acácias, Sandra Mescoki Sarti, diz que a entidade tem buscado melhorias em sua estrutura. O próximo passo é a aquisição de uma casa para montar uma residência terapêutica somente para idosos.
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