Ele fez tratamento para depressão e disse que professora o difamava
Jornal Cruzeiro do Sul
Marcelo Roma
marcelo.roma@jcruzeiro.com.br
Um crime inesperado e trágico tirou a vida de mãe e filha que moravam na Vila Jardini. A professora Rosana Rodrigues da Silva, 57 anos, e sua mãe Iolanda Porfírio da Silva, 86, foram mortas a tiros na sala da casa, às 15h15 de ontem. O acusado confesso do duplo homicídio é o funcionário público Luiz Alberto da Silva, 27, ex-vizinho das vítimas e que trabalhava como auxiliar administrativo no Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae). Em 2010, ele fez tratamento psiquiátrico contra depressão, mas não prosseguiu.
Luiz concordou em falar com repórteres na delegacia do plantão sul. Disse que a professora o difamava e que não se arrepende de tê-la matado. Só lamentou ter matado também a mãe dela, que segundo ele foi por impulso. "Ela falou um monte de coisa de mim, do tempo que eu era da polícia, me desprezando, me diminuindo, dizendo que eu sou vagabundo". Luiz trabalhou na Polícia Militar como soldado temporário em 2009.
Ontem à tarde, ele caminhava pela cidade e quando começou a chover decidiu ir matar a professora, na rua João Pessoa, 877. Por causa da chuva, pensou que os tiros não fosse ouvidos. "Fiquei andando pela cidade (ele estava de férias) e no período da tarde choveu. Daí veio o pensamento de ir à casa dela."
"Efetuei os disparos"
Para invadir a casa das vítimas, Luiz entrou no terreno da antiga casa em que morava com os pais, número 889, e pulou o muro lateral na parte dos fundos. "Pulei o muro, entrei na sala e efetuei os disparos", contou o funcionário público com relativa calma. Sobre a arma, disse que comprou no Paraguai.
Os corpos das duas mulheres foram encontradas pela polícia na sala. Rosana estava caída diante do sofá e Iolanda atrás da televisão, como se estivesse tentando se proteger dos tiros. Havia muito sangue. Foi o próprio Luiz quem ligou para a Polícia Militar (190) avisando do crime. "Matei duas pessoas e vou me entregar", disse ele no telefone.
O cabo Frank Garcia foi um dos primeiros a chegar ao lugar do crime e encontrou Luiz pulando o muro para sair da casa. Ele pode ter desistido de se entregar. "Fui eu mesmo", disse ao ser preso. Luiz afirmou aos repórteres, no entanto, que não pretendia fugir, pois isso traria problemas para ele e a família.
Recarregou arma
O criminoso levou balas extras para o revólver. Teria feito um total de 11 disparos, recarregando a arma. As duas mulheres foram atingidas na cabeça e em outras partes do corpo. Rosana dava aulas particulares de inglês e português e era bastante conhecida no bairro. A amiga Vânia Leite Guazelli se emocionou com a morte dela e da mãe. "Eram pessoas boas e que ajudavam quem precisava", segundo Vânia.
Problemas entre Luiz e Rosana levaram os pais dele tomar a decisão de se mudar. Luiz morava no bairro Wanel Ville e disse que planejava o crime, mas não sabia quando ocorreria. Segundo ele, não houve relacionamento entre ele e a professora a não ser o de vizinhos. Afirmou que era difamado e perseguido por Rosana. "Ela invadiu meu computador, me filmou dentro de casa". Luiz disse que Rosana implicava com o jeito dele de ser.
No final do ano passado, o funcionário público agrediu a professora na rua, quando ainda morava na Vila Jardini. Houve registro na polícia. Luiz disse que nesse dia perdeu a cabeça e foi para cima da vizinha. Ele disse que interrompeu o tratamento contra depressão que começou a fazer em 2010. Nas horas de folga, costumava ficar muito tempo na internet. O delegado Romeu Lara Júnior o prendeu em flagrante pelo duplo homicídio.
marcelo.roma@jcruzeiro.com.br
Um crime inesperado e trágico tirou a vida de mãe e filha que moravam na Vila Jardini. A professora Rosana Rodrigues da Silva, 57 anos, e sua mãe Iolanda Porfírio da Silva, 86, foram mortas a tiros na sala da casa, às 15h15 de ontem. O acusado confesso do duplo homicídio é o funcionário público Luiz Alberto da Silva, 27, ex-vizinho das vítimas e que trabalhava como auxiliar administrativo no Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae). Em 2010, ele fez tratamento psiquiátrico contra depressão, mas não prosseguiu.
Luiz concordou em falar com repórteres na delegacia do plantão sul. Disse que a professora o difamava e que não se arrepende de tê-la matado. Só lamentou ter matado também a mãe dela, que segundo ele foi por impulso. "Ela falou um monte de coisa de mim, do tempo que eu era da polícia, me desprezando, me diminuindo, dizendo que eu sou vagabundo". Luiz trabalhou na Polícia Militar como soldado temporário em 2009.
Ontem à tarde, ele caminhava pela cidade e quando começou a chover decidiu ir matar a professora, na rua João Pessoa, 877. Por causa da chuva, pensou que os tiros não fosse ouvidos. "Fiquei andando pela cidade (ele estava de férias) e no período da tarde choveu. Daí veio o pensamento de ir à casa dela."
"Efetuei os disparos"
Para invadir a casa das vítimas, Luiz entrou no terreno da antiga casa em que morava com os pais, número 889, e pulou o muro lateral na parte dos fundos. "Pulei o muro, entrei na sala e efetuei os disparos", contou o funcionário público com relativa calma. Sobre a arma, disse que comprou no Paraguai.
Os corpos das duas mulheres foram encontradas pela polícia na sala. Rosana estava caída diante do sofá e Iolanda atrás da televisão, como se estivesse tentando se proteger dos tiros. Havia muito sangue. Foi o próprio Luiz quem ligou para a Polícia Militar (190) avisando do crime. "Matei duas pessoas e vou me entregar", disse ele no telefone.
O cabo Frank Garcia foi um dos primeiros a chegar ao lugar do crime e encontrou Luiz pulando o muro para sair da casa. Ele pode ter desistido de se entregar. "Fui eu mesmo", disse ao ser preso. Luiz afirmou aos repórteres, no entanto, que não pretendia fugir, pois isso traria problemas para ele e a família.
Recarregou arma
O criminoso levou balas extras para o revólver. Teria feito um total de 11 disparos, recarregando a arma. As duas mulheres foram atingidas na cabeça e em outras partes do corpo. Rosana dava aulas particulares de inglês e português e era bastante conhecida no bairro. A amiga Vânia Leite Guazelli se emocionou com a morte dela e da mãe. "Eram pessoas boas e que ajudavam quem precisava", segundo Vânia.
Problemas entre Luiz e Rosana levaram os pais dele tomar a decisão de se mudar. Luiz morava no bairro Wanel Ville e disse que planejava o crime, mas não sabia quando ocorreria. Segundo ele, não houve relacionamento entre ele e a professora a não ser o de vizinhos. Afirmou que era difamado e perseguido por Rosana. "Ela invadiu meu computador, me filmou dentro de casa". Luiz disse que Rosana implicava com o jeito dele de ser.
No final do ano passado, o funcionário público agrediu a professora na rua, quando ainda morava na Vila Jardini. Houve registro na polícia. Luiz disse que nesse dia perdeu a cabeça e foi para cima da vizinha. Ele disse que interrompeu o tratamento contra depressão que começou a fazer em 2010. Nas horas de folga, costumava ficar muito tempo na internet. O delegado Romeu Lara Júnior o prendeu em flagrante pelo duplo homicídio.
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