Folha de S.Paulo
O programa que pode ajudar a resolver o problema da queda frequente de árvores na época das chuvas em São Paulo só avaliou a saúde de menos de 2% delas. Ou seja, 17 mil dos quase 1 milhão de exemplares em vias públicas. Desses 17 mil exemplares analisados, cerca de 2.000 (11%) foram removidos por apresentarem risco de queda.
Ontem, na avenida Giovanni Gronchi (zona sul), uma mulher teve de ser socorrida pelos bombeiros após um grande galho de árvore cair sobre o para-brisa de seu carro. Ela sofreu escoriações leves.
O acidente ocorreu em mais um dia em que voltou a chover durante a tarde.
A combinação da falta de informações sobre as árvores e dias chuvosos preocupa. E, se continuar nesse ritmo, a prefeitura levará mais de 50 anos para checar todas elas.
Só em 2010, 970 árvores vieram ao chão, segundo o Corpo de Bombeiros.
Embora o programa, batizado de Identidade Verde, tenha avançado pouco, os primeiros dados já mostram que a saúde das árvores vai mal. Impermeabilização, canteiro cimentado e poda malfeita --que abrem caminho para cupins e fungos-- estão entre os problemas que levam as árvores a cair em dias de chuva e vento.
Segundo Sônia Ortega, agrônoma da prefeitura, o Identidade Verde é de longo prazo. Os 140 os agrônomos da prefeitura já foram treinados. Em 2011, eles atenderam 48 mil pedidos e fizeram 15 mil ações de manejo preventivo.
Além das 2.000 remoções, o programa ampliou 546 canteiros, podou 6.521 árvores e plantou 402 exemplares.
Nenhum comentário:
Postar um comentário