A suspeita é que haveria um clube no complexo, onde seriam realizados eventos, perturbando aos pacientes
Jornal Cruzeiro do Sul
Leila Gapy
leila.gapy@jcruzeiro.com.br
A Câmara dos Vereadores de Sorocaba deve votar amanhã, terça-feira, o requerimento 2.358/11, que sugere a abertura de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) para investigar denúncia de festas no Conjunto Hospitalar de Sorocaba (CHS). O documento é de autoria do presidente do Legislativo, o vereador Marinho Marte (PPS), que sugere que ao menos três vereadores componham a equipe para visitar e apurar a suspeita da existência de um clube no centro do complexo, onde haveriam festas com som alto e bebidas alcóolicas, com perturbação da tranquilidade dos pacientes. O Estado desmentiu a denúncia, mas assumiu ser vizinho da Atlética da Pontifícia Universidade Católica (PUC). A Universidade, por sua vez, disse que não promove festa nas suas dependências, mas afirmou que averiguará a denúncia.
"Eu acho isso um absurdo. Hospital é lugar de silêncio, de respeito. Queremos apurar essa denúncia, conhecer as dependências todas do hospital e da universidade. Se for verdade, que há um clube lá dentro, teremos que resolver a situação. Não dá para aceitar", disse Marinho Marte na quinta-feira passada, durante a sessão no Legislativo, quando apresentou a proposta. O parlamentar se disse confiante na criação da Comissão. "Assim que a equipe for formada nós vamos marcar com a direção do Conjunto para visitar suas dependências e saber o que realmente está acontecendo", falou o vereador, que distribuiu cópias do requerimento para os colegas durante a última sessão. A sugestão de criação da Comissão foi motivada por uma carta-denúncia assinada pelo sorocabano José Aparecido Duarte, que é servidor público estadual.
No documento ele descreve que esteve no CHS no último dia 26 de outubro, por volta das 20h, para acompanhar o paciente Gilberto da Costa, internado no quarto 426 do hospital Leonor Mendes de Barros, pertencente ao Conjunto. Na ocasião, segundo Duarte, um som alto somado a muitas vozes chamou sua atenção, foi quando localizou uma "festança" em plena quarta-feira à noite, no meio do CHS, entre a Faculdade de Medicina, o Hospital Regional e o Leonor. Ainda de acordo com o servidor, junto dos funcionários do Conjunto soube que as festas acontecem, por vezes, durante toda a semana e quase sempre seguem até o amanhecer. "Além do som altíssimo, pude observar que as pessoas que frequentavam a referida festa, consumiam bebidas alcoólicas, dançavam e gritavam muito, sem qualquer respeito pelas pessoas que estavam internadas no Complexo", escreveu ele.
No documento, o sorocabano ainda anexou fotos das fachadas dos supostos clubes internos. "Ao ler atentamente a denúncia descrita pelo cidadão, não foi possível ignorar. Nós temos que fazer a nossa parte", disse Marinho Marte. Já a Secretaria Estadual de Saúde informou, por meio de nota, que a denúncia não procede. O órgão afirmou que "o CHS é vizinho à Atlética da PUC, espaço que não pertence ao hospital e onde são realizadas festas dos estudantes da universidade. A direção do CHS se coloca à disposição do presidente da Câmara para eventuais esclarecimentos", diz a nota. A Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde (FCMS) da PUC-SP informou, por sua vez, também por escrito, que não promove festas. Porém, devido à denúncia, destacou que a universidade averiguará o fato e tomará as medidas cabíveis. A nota foi assinada pelo diretor da Faculdade, o médico José Eduardo Martinez.
leila.gapy@jcruzeiro.com.br
A Câmara dos Vereadores de Sorocaba deve votar amanhã, terça-feira, o requerimento 2.358/11, que sugere a abertura de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) para investigar denúncia de festas no Conjunto Hospitalar de Sorocaba (CHS). O documento é de autoria do presidente do Legislativo, o vereador Marinho Marte (PPS), que sugere que ao menos três vereadores componham a equipe para visitar e apurar a suspeita da existência de um clube no centro do complexo, onde haveriam festas com som alto e bebidas alcóolicas, com perturbação da tranquilidade dos pacientes. O Estado desmentiu a denúncia, mas assumiu ser vizinho da Atlética da Pontifícia Universidade Católica (PUC). A Universidade, por sua vez, disse que não promove festa nas suas dependências, mas afirmou que averiguará a denúncia.
"Eu acho isso um absurdo. Hospital é lugar de silêncio, de respeito. Queremos apurar essa denúncia, conhecer as dependências todas do hospital e da universidade. Se for verdade, que há um clube lá dentro, teremos que resolver a situação. Não dá para aceitar", disse Marinho Marte na quinta-feira passada, durante a sessão no Legislativo, quando apresentou a proposta. O parlamentar se disse confiante na criação da Comissão. "Assim que a equipe for formada nós vamos marcar com a direção do Conjunto para visitar suas dependências e saber o que realmente está acontecendo", falou o vereador, que distribuiu cópias do requerimento para os colegas durante a última sessão. A sugestão de criação da Comissão foi motivada por uma carta-denúncia assinada pelo sorocabano José Aparecido Duarte, que é servidor público estadual.
No documento ele descreve que esteve no CHS no último dia 26 de outubro, por volta das 20h, para acompanhar o paciente Gilberto da Costa, internado no quarto 426 do hospital Leonor Mendes de Barros, pertencente ao Conjunto. Na ocasião, segundo Duarte, um som alto somado a muitas vozes chamou sua atenção, foi quando localizou uma "festança" em plena quarta-feira à noite, no meio do CHS, entre a Faculdade de Medicina, o Hospital Regional e o Leonor. Ainda de acordo com o servidor, junto dos funcionários do Conjunto soube que as festas acontecem, por vezes, durante toda a semana e quase sempre seguem até o amanhecer. "Além do som altíssimo, pude observar que as pessoas que frequentavam a referida festa, consumiam bebidas alcoólicas, dançavam e gritavam muito, sem qualquer respeito pelas pessoas que estavam internadas no Complexo", escreveu ele.
No documento, o sorocabano ainda anexou fotos das fachadas dos supostos clubes internos. "Ao ler atentamente a denúncia descrita pelo cidadão, não foi possível ignorar. Nós temos que fazer a nossa parte", disse Marinho Marte. Já a Secretaria Estadual de Saúde informou, por meio de nota, que a denúncia não procede. O órgão afirmou que "o CHS é vizinho à Atlética da PUC, espaço que não pertence ao hospital e onde são realizadas festas dos estudantes da universidade. A direção do CHS se coloca à disposição do presidente da Câmara para eventuais esclarecimentos", diz a nota. A Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde (FCMS) da PUC-SP informou, por sua vez, também por escrito, que não promove festas. Porém, devido à denúncia, destacou que a universidade averiguará o fato e tomará as medidas cabíveis. A nota foi assinada pelo diretor da Faculdade, o médico José Eduardo Martinez.
Nenhum comentário:
Postar um comentário