Segundo a presidente, manifestantes 'não pediram volta ao passado, e sim um avanço para um futuro de mais direitos, mais democracia e mais conquistas sociais'
Fernando Gallo - O Estado de S. Paulo
A presidente Dilma Rousseff afirmou em um vídeo de boas-vindas aos participantes do XIX Foro de São Paulo que seu governo e o PT "entenderam rapidamente o recado das ruas", em referência às mobilizações sociais que ocorrem em todo o país desde junho, e disse que os protestos são "parte indissociável do processo de ascensão social" brasileiro. Ela declarou ainda que eles "não pediram volta ao passado, e sim um avanço para um futuro de mais direitos, mais democracia e mais conquistas sociais".
O Foro reúne organizações latino-americanas e caribenhas de esquerda, a maior parte delas partidos políticos. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa do evento. Mil cento e dezoito pessoas se credenciaram para participar do encontro, que vem ocorrendo ao longo da semana.
Dilma sustentou que os participantes chegam ao Brasil "em um momento em que o País viveu e ainda vive mobilizações sociais importantes", e disse que os brasileiros demandam melhoria de políticas públicas na educação, na saúde, no transporte e na segurança. "Brasileiros e brasileiras, especialmente os jovens, foram às ruas demandando a melhoria das políticas públicas e mudanças que contribuam para dar uma maior representatividade e credibilidade a governos e partidos", declarou a presidente em sua saudação de quatro minutos.
A presidente convidou-os a ver "com seus próprios olhos o Brasil de hoje". "Um Brasil de que nos orgulhamos e que vamos continuar mudando", disse.
Dilma defendeu os governos de esquerda na América Latina e do Caribe e disse que eles "formularam projetos e alternativas que estão mudando a realidade do continente". Ela afirmou que no centro desses projetos esta a redução "das históricas e ultrajantes desigualdades que durante séculos corroeram nossas sociedades".
Ela declarou também que esses governos tem levados a cabo um modelo de desenvolvimento econômico "capaz de estimular o crescimento, mantendo a inflação sob controle e o equilíbrio fiscal". Disse que todos os "condutores das grandes transformações em nossa região chegaram aos governos de nossos países por meio de eleições absolutamente livres, democráticas e com ampla participação popular".
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