247 - Um áudio anexado a um dos processos da Lava Jato no STF revela uma espécie de mercado de delação premiada.
Na gravação, Alexandre Margotto, ex-sócio do corretor de valores Lúcio Bolonha Funaro, acusado de ser operador do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pede dinheiro para não dar depoimentos contra Funaro.
"Eu quero estar do lado do Lúcio e que ele não me desampare financeiramente nem juridicamente. Mas eu já quero cem pau agora, R$ 100 mil", diz ele, segundo reportagem de Aguirre Talento e Marcio Falcão.
Funaro foi preso sob acusação de ser operador de Cunha em um esquema de corrupção na Caixa Econômica, denunciado pelo ex-vice da Caixa Fábio Cleto.
O interlocutor identificado como Bob pergunta a Margotto o que ele poderia falar sobre a disputa entre Funaro e o grupo Schahin. "Não depor contra ele já é um grande favor. Eu sei toda a história do Schahin", diz Margotto, que afirma que Funaro "comprou um juiz que eu arrumei".
Em um outro caso, ocorrido em novembro, o ex-senador Delcídio do Amaral (ex-PT-MS) foi preso após ser gravado oferecendo dinheiro para impedir a delação do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró – leia
aqui.
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