247 - O jornalista Mário Magalhães afirma que "a conspiração comandada por suspeitos e acusados dos crimes mais cabeludos derrubou uma mulher inocente, contra quem inexiste indício de ter se apropriado de bens públicos", enquanto "o capo do conluio no parlamento, o correntista Eduardo Cunha, permanece protegido por seu mandato na Câmara". Para ele, o julgamento foi "farsesco" e evidenciou que a presidente não cometeu crime de responsabilidade.
"Impeachment sem crime de responsabilidade constitui golpe de Estado, com ou sem blindados e tropas nas ruas. Governo ruim não configura crime de responsabilidade. Deve ser derrotado pelos cidadãos, em eleições diretas. Um colégio de 81 senadores violentou a soberania do voto popular. Em 2014, 54.501.118 brasileiros sufragaram Dilma. Assume de vez o Planalto quem não se elegeu presidente, e sim vice. O missivista Michel Temer encabeça um governo de enrolados na Operação Lava Jato, sem ministra, sem ministro negro, com venda de patrimônio nacional e intenção de fulminar conquistas dos pobres. O governo Temer nasce irrevogavelmente ilegítimo. O golpe vagabundíssimo de 2016 é mais um na história do país. O golpe de 2016 é o maior retrocesso da democracia brasileira nos últimos 52 anos. Frustrou-se a esperança de que prevaleceria a vontade expressa nas urnas. No lugar das diretas, indireta", diz.
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