
A bolsa brasileira esteve fechada nesta quarta-feira por conta do feriado de Finados, mas a próxima quinta-feira promete ser um dia bastante movimentado no mercado nacional; ainda mais levando em conta o índice de ADRs (American Depositary Receipts) Brazil Titans 20 Dow Jones, que é negociado na Bolsa de Nova York e reúne os 20 ADRs mais líquidos de empresas brasileiras; o Brazil Titans teve forte queda de 1,67%, a 19.710 pontos, tendo como um dos destaques negativos os ADRs da Petrobras em um dia cheio de dados da economia americana
2 DE NOVEMBRO DE 2016 ÀS 19:11 // RECEBA O 247 NO TELEGRAM 

Infomoney - A bolsa brasileira esteve fechada nesta quarta-feira por conta do feriado de Finados, mas a próxima quinta-feira promete ser um dia bastante movimentado no mercado nacional. Ainda mais levando em conta o índice de ADRs (American Depositary Receipts) Brazil Titans 20 Dow Jones, que é negociado na Bolsa de Nova York e reúne os 20 ADRs mais líquidos de empresas brasileiras. O Brazil Titans teve forte queda de 1,67%, a 19.710 pontos, tendo como um dos destaques negativos os ADRs da Petrobras em um dia cheio de dados da economia americana. Na mínima do dia, o índice teve baixa de mais de 2,5%.
Em destaque, esteve a reunião de política monetária do Fomc (Federal Open Committee Market) que manteve a taxa de juros entre 0,25% e 0,5%. Logo que saiu a decisão, às 16h, as bolsas americanas intensificaram as quedas digerindo a decisão. O comunicado deu mais indicações de algo que já era amplamente esperado pelo mercado: que o Federal Reserve deverá elevar os juros em dezembro, levando em conta os dados mais fortes de emprego e inflação.
Passada a reunião (sem muitas novidades), os investidores passaram então a olhar ainda mais para outras questões que estão abalando o mercado, como é o caso das eleições americanas. Vale destacar que as bolsas mundiais já acompanhavam o movimento da última terça-feira e registravam baixa, após pesquisas mostrarem que a disputa na eleição presidencial nos Estados Unidos está se acirrando a poucos dias da votação em 8 de novembro. A ansiedade de investidores se aprofundou em sessões recentes diante de uma possível vitória de Trump dada a incerteza sobre a postura do candidato republicano em questões relevantes, incluindo política externa, relações comerciais e imigrantes, enquanto Hillary Clinton é vista como uma candidata do status quo.
"Claramente, as preocupações com a política estão tomando conta de tudo, incluindo os dados econômicos ou os aumentos da taxa de juros pelo Fed", disse ao Market Watch Joe Saluzzi, um dos chefes da mesa de negociação de ações da Themis Trading. "Os mercados achavam que sabiam qual seria o resultado da eleição presidencial e tiveram um baque depois que as pesquisas mais recentes viraram o cenário de cabeça para baixo", disse Saluzzi.
Soma-se a isso à forte queda do preço do barril de petróleo em meio aos dados de estoque da commodity nos EUA, revelados hoje às 12h30: os estoques tiveram elevação de 14,4 milhões de barris, muito acima do 1 milhão esperado pelos analistas de mercado. Por outro lado, os estoques de gasolina caíram 2,2 milhões de barris, ante expectativa de queda de 1,1 milhão. Com isso, os papéis da Petrobras (PETR3;PETR4) registraram fortes quedas: os papéis PBR (equivalente às ações ordinárias) caíram 3,34%, a US$ 10,72, e os PBR.A (equivalente às preferenciais) tiveram baixa de 2,93%, a US$ 10,10, mas chegaram a ter queda superior a 5% na mínima do dia. O contrato futuro com vencimento em janeiro de 2017 do WTI teve baixa de 2,44%, enquanto o brent registrou queda de 2,10%, a US$ 47,13 o barril, mas as quedas chegaram a ser superiores a 3% durante a sessão. No radar da estatal, uma decisão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) determinou a suspensão da rescisão do contrato de afretamemento da sonda Vitória 10.000, entre a Schahin e a Petrobras.
Os ADRs da Vale (VALE3;VALE5) também registraram baixa, de 2,54%, a US$ 6,72, em um dia de estabilidade para o preço do minério de ferro; já os papéis das siderúrgicas CSN (CSNA3, US$ 3,05, -3,33%) e Gerdau (GGBR4, US$ 3,12, -3,25%) registraram baixa mais expressiva.
Ativos de bancos como o Itaú (ITUB4, US$ 11,34, -1,43%) e Bradesco (BBDC4, US$ 9,91, -1,05%) também fecharam em baixa. No radar do setor, destaque para a notícia de que a Itaúsa (ITSA4), holding que controla o Itaú Unibanco, que ingressou formalmente nesta terça-feira em processo competitivo de aquisição de participação societária na BR Distribuidora, subsidiária de postos de combustíveis da Petrobras, segundo comunicado enviado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários). Nem mesmo os papéis da Embraer (EMBR3), que tinham resistido na véspera à queda da Bovespa, tiveram alta. Os ativos ERJ caíram 1,60%.
Bolsas europeias
Na Europa, as bolsas fecharam em queda pela oitava sessão seguida, pressionadas pelas eleições nos EUA na próxima semana e a queda da ação da empresa de contêineres de transporte marítimo A.P. Moller-Maersk após balanço aquém do esperado.
Na Europa, as bolsas fecharam em queda pela oitava sessão seguida, pressionadas pelas eleições nos EUA na próxima semana e a queda da ação da empresa de contêineres de transporte marítimo A.P. Moller-Maersk após balanço aquém do esperado.
As ações de bancos figuraram entre as maiores quedas por setor, com recuo de 2,4 por cento e ampliando as perdas da sessão anterior, com bancos italianos e o britânico Standard Chartered entre as maiores baixas.
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